Conclusão. Não achamos que os dados de produção de Setembro/22 tenha sido ruins… entretanto, não acrescentam nenhuma novidade à tese da empresa que, vale lembrar, é pautada no expressivo crescimento da sua produção. Neste mês, a principal ressalva permanece por conta da produção do Polo Macau, que ainda está longe do seu pico de produção alcançado em Maio/22. No mais, gostamos da performance operacional dos demais polos, que seguem performando razoavelmente bem à despeito de contratempos pontuais (algo que observamos com normalidade em nesse tipo de negócio). Do lado positivo, citamos a evolução da produção do Polo Rio Ventura e Peroá, que seguem expandindo a sua produção em ritmo razoável. Vale mencionar que ainda restam a consolidação de ativos que representam mais de 50% do total das reservas da empresa, como o Campo de Papa-Terra (esperado para acontecer ainda em 2022) e o Polo Potiguar (Março/23), o que deve incrementar ainda mais a produção da empresa. Seguimos com a recomendação de compra para RRRP3 por achar um case excessivamente descontado, com crescimento esperado de produção muito interessante e em meio a preços de petróleo estruturalmente mais elevados devido à restrições na oferta.
Produção: Neutro! Em nossa leitura, a produção alcançada neste mês pela 3R é Neutra para tese da 3R. Essencialmente, produção de setembro/22 ficou praticamente em linha com a produção do mês passado, alcançando 16,4k bpd (vs 16,2k bpd em agosto/22 e 8,9k bpd em Jan/22). Nosso principal ponto de atenção neste trimestre veio do Polo Macau, que segue com uma produção muito aquém do seu pico de produção alcançado em Março/22. Uma vez mais, apesar da performance em termos absolutos, tais dados devem ser analisados mais à fundo em termos relativos em seus pontos positivos e negativos.
Polo Macau: Produção do Polo Macau alcançou 5,9k bpd no mês de Setembro/22, demonstrando um ligeiro incremento em relação a Agosto (5,8k bpd), mas ainda abaixo do pico apresentado em Março/22 (7,4k bpd), quando o ativo começou a apresentar problemas em sua produção. A recuperação é observável, mas em ritmo muito lento e a produção segue muito aquém daquilo que o Polo já alcançou. Como mencionamos em notas passadas, a queda da produção foi explicada devido a queda do fornecimento de energia em um dos sub clusters do Polo Potiguar. Tal evento afetou o processo de produção, medição e rateio da produção. Evidentemente, a notícia não é positiva. Porém, adversidades ao longo do processo de redesenvolvimento não são incomuns – desde que resolvidos em tempo razoável, evidentemente.
Grande destaque do Mês: Polo Rio Ventura. Rio Ventura segue o seu processo de “mudança de patamar” em termos de produção, fechando o mês de Setembro/22 produzindo 2,5k bpd (vs 1,9k bpd em Agosto/22). O Polo Recôncavo (que emergiu como destaque no mês passado), depois de alcançar o pico de produção de 4,3k bpd em setembro, a produção neste mês foi de uma pequena queda, ficando em 3,7k bpd.
A produção de tais Polos evoluiram muito bem. Rio Ventura “mudou de patamar”, com a produção alcançando 1,9k bpd (vs. 1,5k bpd em Jul/22 e 1k bpd em Jan/22). Já a produção do Polo Recôncavo ficou em 4,3k bpd (vs. 4,0k bpd em Jul/22 e 3,7k bpd em mai/22, mês em que o ativo foi consolidado). De acordo com a nota, a “produção do Polo foi reduzida devido ao fechamento temporário e redução de vazão de alguns poços para melhorias e ampliação do sistema de processamento, estocagem e escoamento da produção” – como mencionamos anteriormente, algo que observamos com naturalidade nesse case.
Consolidação de Ativos: Polo Peroá & Fazenda Belém. Mês passado, a empresa finalmente consolidou tais ativos após a aprovação da ANP. Peroá e Fazenda Belém contribuiram com 2,8k e 657bpd, respectivamente. Se considerarmos o bom track record da empresa no redesenvolvimento dos seus ativos atuais, esperamos ter boas notícias no que diz respeito ao crescimento da produção.
