Conclusão
Achamos o evento como positivo para os cases de privatização relacionados ao estado de Minas Gerais – Copasa e Cemig, principalmente. A iniciativa de remover a obrigação da realização de referendos para aprovação do projeto lei somados a questão da redução dos votos mínimos para aprovação dos projetos deve trazer uma grande celeridade aos projetos assim que submetidos. Vale lembrar que outros estados já aprovaram leis semelhantes para viabilizar suas privatizações (exemplo do estado do Rio Grande do Sul e a privatização da CEEE e Corsan). De acordo com algumas análises de sensibilidade, tanto a Cemig quanto a Copasa ainda possuem potencial de valorização relevante para ser destravado a medida que as privatizações se materializem. Apesar dos pesares, é importante mencionar que ainda falta uma estrada razoável para materialização de tal valorização à medida que tais projetos de privatização sequer foram submetidos.
Os fatos
No dia de hoje, o governo do estado de Minas Gerais enviou a assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma proposta de emenda de constitucional com o objetivo de remover a obrigação do estado realizar um referendo em relação a privatização de estatais. Além disso, a proposta também reduz o número de votos mínimos para aprovação de tais projetos de maioria qualificada (2/3 dos votos totais da assembleia) para maioria simples (50% + 1 voto). Como mencionamos em nosso parágrafo introdutório, o projeto ainda precisa ser votado para que os projetos de privatização venham a ser apresentados em um outro momento.
Evento positivo para Cemig e Copasa
Em relação a Cemig, fizemos um exercício com análise de sensibilidade para estimarmos o preço-justo da empresa. Para maiores informações, clique aqui. Em relação a Copasa, podemos perceber um potencial de valorização de ~100% a depender do múltiplo que o mercado deve resolver pagar no ativo em meio a um processo competitivo.
