Esperamos que a Multiplan continue apresentando resultados sólidos, sustentados pelo crescimento na linha de aluguéis, projetado em 7% a/a. Esse desempenho reflete a manutenção de custos de ocupação em níveis relativamente confortáveis e a recuperação de um IGP-DI positivo, que influencia diretamente o reajuste dos contratos de locação. Ainda assim, o efeito do crescimento mais acentuado desse índice no último trimestre do ano deverá ser diluído ao longo dos próximos períodos. A receita também será impulsionada pela venda de terrenos estratégicos concluída no trimestre, o que deve resultar em um crescimento anual de aproximadamente 25%. Ressaltamos que não foram incluídos os números relacionados à venda da participação no Jundiaí Shopping neste trimestre, e consideramos o impacto negativo não-caixa de R$ 55 milhões, decorrente da linearização de receitas, nos resultados projetados.
No mais também esperamos um impacto forte na linha de resultado financeiro devido ao aumento da taxa de juros no final do ano passado e ao crescimento da dívida líquida em aproximadamente R$ 2bn, como efeito da recompra e cancelamento das ações da OTPP pela companhia, conforme comentamos neste link.
Mesmo com resultados mais fortes, estamos reduzindo nosso preço-alvo de R$ 36,00 para R$ 33,00, impactado muito negativamente por novos parâmetros macroeconômicos que elevaram significativamente o custo de capital no país. Do lado positivo, apesar de esperarmos uma queda no FFO nominal da companhia para 2025 (se reduzindo para R$ 1,15b), ainda esperamos ver um crescimento de FFO/ação de ~3%, passando de R$ 2,30/ação para R$ 2,37/ação, e implicando em um P/FFO 2025E de 9,5x.
