Avaliação dos Resultados
FLEURY (FLRY3): Receita bilionária (de novo)! Fleury provou sua resiliência no seu modelo de negócios. Nesse trimestre, a companhia mostrou pro mercado que a receita advinda dos testes de Covid-19, que impulsionou fortemente a receita no 4T20, teve a menor representatividade desde o início da pandemia e começa a ser substituída por receitas de novas avenidas de negócios e de caráter permanente. No primeiro resultado sob o comando da nova CEO, Jeane Tsutsui, a companhia reforça seu comprometimento com a transformação digital e tecnológica, assim como a entrada em novas praças. Nossa visão sobre a empresa se torna mais otimista a partir desse resultado.
LOCALIZA (RENT3): Depois do show de resultados dos seus concorrentes, a Localiza apresentou resultado sem muito brilho. O forte avanço dos indicadores operacionais e financeiros ano contra ano se deve a uma base de comparação muito fraca (2T20), pois foi o trimestre mais impactado pelas locadoras na pandemia. A empresa foi a mais prejudicada pela redução de oferta de carros 0km no mercado e viu sua frota total diminuir a/a, tendo que vender veículos aquém de sua capacidade e aumentar a idade média da frota para não deixar a demanda desatendida resultando em custos mais elevados de manutenção e prejudicando o nível de serviço.
Fleury (FLRY3): Receita medalha de ouro
Fleury reverteu o prejuízo apresentado no 2T20 para um lucro de R$65 milhões no 2T21, abaixo de nossas expectativas. A surpresa do trimestre vem relacionada com a receita bruta, que renovou o recorde ao atingir R$1 bilhão, implicando um aumento de 104% na comparação anual.
Pontos Positivos
- Crescimento da receita advinda fora do core, o que representou 4,1% da receita bruta;
- Saúde iD já é responsável pelo atendimento de 14,5% das vidas totais. No mesmo período do ano passado a representatividade era de 1,3%;
- Parceria feita com a Smiles traz a possibilidade de elevar a base do Saúde iD de 7 milhões para 25 milhões de vidas.
Pontos Negativos
- Ticket médio de exame teve uma ligeira queda de 3,4% em relação ao 2T20, atingindo R$54,7.
Localiza (RENT3): Quem ri por último nem sempre ri melhor
A Localiza foi a última empresa de locação de veículos a apresentar seus resultados referente ao 2T21. Como dito anteriormente, esse resultado veio sem muito brilho e ficou abaixo de seus concorrentes. Com uma base de comparação mais fraca (2T20), a empresa conseguiu evoluir seus indicadores, mas com alguns números em linha com a nossa projeção (receita líquida) e outro levemente superior (EBITDA e lucro líquido), diferente dos seus competidores, que apresentaram resultados mais positivos. A frota total reduziu 5,9% a/a sendo uma queda de 7,7% no RAC (rent a car) e um crescimento de apenas 0,4% no GTF (gestão de frotas), demonstrando uma maior dificuldade da empresa em um cenário de restrição de oferta de carros 0km. Como resultado desse cenário, a companhia teve que reduzir seu ritmo de vendas de veículos para conseguir atender a crescente demanda por serviço de locação, ocasionando em um aumento da idade média da frota, que gera aumento dos custos de manutenção, piora na qualidade do serviço e um efeito negativo na margem EBITDA da divisão de seminovos por conta da menor alavancagem operacional.
Pontos Positivos
- Maior tarifa média do RAC em um trimestre, crescendo 53,3% a/a e 2,8% t/t;
- Melhora do resultado financeiro.
Pontos Negativos
- Redução da frota total;
- Aumento do custo com a frota;
- Aumento da idade média da frota do RAC de 6,3% t/t e 41,1% a/a;
- Margem EBITDA de Seminovos abaixo de seus concorrentes .