Em junho, a Produção Industrial avançou 4,1% m/m na comparação mensal, vindo melhor que a mediana das projeções de mercado (2,5% m/m, Broadcast+), de modo que, reverte a queda observada nos dois meses anteriores. O resultado no mês refletiu a expansão disseminada do setor, visto que todas as quatro grandes categorias e 16 das 25 atividades pesquisadas cresceram no mês, com destaque para a produção de Bens de Consumo (6,8% m/m).
Com este resultado, a indústria se encontra 2,8% acima do nível pré-pandemia (fev/20), refletindo a combinação entre a Indústria Extrativa e da Transformação que se encontram 6,8% e 2,2%, respectivamente, acima deste patamar. Além disso, a atividade industrial se encontra 18,8% abaixo do patamar recorde da série histórica (mai/11) e deixa um carrego estatístico de 2,2% para o terceiro trimestre e de 3,1% para o ano.
Entre as atividades pesquisadas, os destaques vão para Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0% m/m), acumulando 6,2% de alta nas últimas duas leituras, Produtos químicos (6,5% m/m), Produtos alimentícios (2,7% m/m), interrompendo dois meses consecutivos de queda na produção, e Industria extrativa (2,5% m/m) que apresentaram desempenhos positivos no mês. Por outro lado, Outros equipamentos de transporte (-5,5% m/m) exerceu o principal impacto em junho de 2024 e interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 4,8%. Além disso, Impressão e reprodução de gravações (-9,1% m/m) e Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,7% m/m) também apresentaram resultados negativos.
De maneira geral, tal resultado corrobora nosso cenário de resiliência de atividade econômica. Nesse sentido, a produção industrial está 2,8% acima do patamar pré-pandemia e a média móvel trimestral avança 0,7% em relação ao trimestre encerrado no mês anterior. Entre as contribuições, vale destacar o crescimento de 2,7% m/m de produtos alimentícios, influenciado pela alta na produção de produtos importantes, como açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves, e o avanço de 2,5% da indústria extrativa, impulsionado pelos dois produtos de maior importância: minério de ferro e petróleo. Dessa forma, seguimos projetando crescimento do PIB de 2,2% no ano e de 0,2% t/t no segundo trimestre de 2024.
