Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta sexta-feira, 5 de setembro.
Resumo do dia
A quinta-feira trouxe alívio à B3. O Ibovespa avançou 0,81%, aos 140.993 pontos, em sintonia com Wall Street, enquanto investidores aguardam o Payroll de agosto, que deve orientar os próximos passos do Fed. A curva de juros cedeu até 3,5 pontos e o dólar recuou a R$5,48, refletindo expectativa de corte de juros nos EUA.
No noticiário corporativo, Banco do Brasil estudou planos de contingência diante do risco de sanções americanas, enquanto Cosan confirmou sondagens de potenciais investidores. Raízen encerrou a joint venture Grupo Nós e segue no radar de Itaúsa, BTG e grupos japoneses. Embraer anunciou venda de quatro Super Tucanos ao Panamá. Entre ações, Yduqs, Cogna e Cosan lideraram as altas; Weg, GPA e Brava ficaram na ponta oposta.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa avançou 0,81%, aos 140.993 pontos, impulsionado pela quase unanimidade das apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro após novos sinais de desaquecimento do mercado de trabalho nos EUA.
Juros futuros: Fecharam em leve queda, especialmente na ponta longa, seguindo o movimento externo com a proximidade da reunião do Fed.
Mundo: Bolsas externas sobem com o otimismo de que o relatório de empregos desta sexta-feira abrirá caminho para que o Fed retome os cortes de juros.
Minério de ferro: Minério de ferro caminha para seu primeiro ganho semanal consecutivo desde julho com expectativas de retomada da produção na China.
Petróleo: Petróleo opera de lado, após quedas recentes, antes de reunião da Opep+ no domingo que pode aprovar outro aumento na oferta.
Destaques
Prio (PRIO3) | Dados de Produção Ago/25 – Peregrino não ajudou!
O que aconteceu? A PRIO reportou uma produção consolidada de 91,9k bpde em agosto de 2025, representando uma queda de 8,8% em relação a julho/25, quando havia produzido 100,8k bpde.
Economia
Por José Marcio Camargo
Política monetária americana em uma encruzilhada
Os dados do mercado de trabalho americano que serão divulgados hoje serão importantes para a decisão do Fomc sobre a taxa básica de juros no país.
As principais notícias do dia 05/09/25
🌎 Macro 06/09/2025
Payroll frustra e reforça apostas de corte antecipado pelo Fed
O que aconteceu? O Payroll dos EUA mostrou criação de apenas 22 mil vagas em agosto, muito abaixo da previsão de 75 mil, sinalizando perda de tração do mercado de trabalho. A taxa de desemprego ficou em 4,3%, em linha com o consenso, enquanto os salários avançaram 0,3% no mês e 3,7% em 12 meses, exatamente como esperado. O dado, considerado o mais aguardado pelo mercado neste ano, reforça a visão de arrefecimento da atividade, aumentando as apostas de que o Fed possa cortar juros mais cedo. (BLS e Genial)
🏦 Bancos
Master possui poucas opções e FGC pode ser forçado a honrar CDBs
O que aconteceu? Após o BC barrar a venda de 58% do Master ao BRB, a instituição controlada por Daniel Vorcaro ficou sem alternativas claras e pode caminhar para uma intervenção. A chance de reapresentar a operação ou encontrar novo comprador em poucos dias é considerada remota. Em caso de intervenção, o BC afastaria os administradores e nomearia um interventor, que acionaria o FGC para honrar os depósitos, incluindo os CDBs emitidos pelo banco. O risco é de um custo bilionário recair sobre o sistema financeiro, já que o FGC é formado por contribuições das instituições associadas. (Valor e Genial)
🏦 Bancos
BBAS3 | Banco do Brasil prepara plano de contingência em meio a risco de sanções dos EUA
O que aconteceu? O Banco do Brasil estuda planos de contingência diante do risco de sanções adicionais dos EUA relacionadas à Lei Magnitsky, que já atingiu o ministro Alexandre de Moraes, cliente do banco. Entre as medidas avaliadas estão a consulta a escritórios de advocacia americanos, desvio de parte das transações em dólar para outras filiais no exterior e a possível transferência de contas de ministros do STF para outros bancos públicos, como BASA e BNB. O BB afirmou ter “compromisso absoluto com as leis brasileiras e internacionais”, mas a discussão interna reflete a gravidade do cenário. Fontes destacam que multas por violações de sanções podem ser bilionárias, como nos casos de BNP Paribas e Standard Chartered, e colocariam em risco funding internacional e reputação institucional. (CNN e Genial)
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 22,00
📡 Telecomunicaçã
OIBR3 | Oi volta ao prejuízo e dívida dispara
O que aconteceu? A Oi registrou prejuízo líquido de R$ 835 milhões no 2T25, revertendo o lucro de R$ 15 milhões do mesmo período de 2024. A receita consolidada caiu 67,7%, para R$ 684 milhões, refletindo a redução de escala após a venda de ativos. O EBITDA de rotina ficou negativo em R$ 91 milhões, com margem de –14,3%. A dívida líquida subiu 50,9% em 12 meses, atingindo R$ 10 bilhões, enquanto as despesas com pessoal recuaram 19%, para R$ 349 milhões. Oi Soluções respondeu por 50% da receita, confirmando seu papel estratégico. (Oi e Genial)
⚡ Energia & Biocombustíveis
RAIZ4 | Raízen encerra parceria com a FEMSA e deixa Oxxo
O que aconteceu? A Raízen e a FEMSA decidiram encerrar a joint venture Grupo Nós, criada em 2019 para integrar as lojas de conveniência Shell e a rede Oxxo no Brasil. Pelo acordo, a Raízen ficará com 1.256 lojas Shell, operando via franquias nos postos da marca, enquanto a FEMSA assumirá 100% da operação Oxxo, incluindo 611 lojas e o centro de distribuição em Cajamar (SP). A troca foi feita em ativos, sem pagamento financeiro, e ainda depende de aprovação do Cade. (Valor e Genial)
🍔 Fast Food
ZAMP3 | Gestoras desafiam free float na OPA
O que aconteceu? Gestoras de recursos protocolaram pedido à CVM para que as ações detidas pela Restaurant Brands International (RBI) não sejam consideradas no cálculo do free float na OPA da Zamp. A oferta de fechamento de capital precisa da adesão de dois terços dos papéis em circulação. Caso a CVM acate o pedido, a exclusão da fatia da RBI — cerca de 6% do capital — dificulta ainda mais o sucesso da operação. (Valor e Genial)
✈️ Aeroespacial
EMBR3 | Panamá fecha contrato por quatro caças Super Tucano
O que aconteceu? A Embraer assinou um contrato com o Panamá para a venda de quatro aeronaves A-29 Super Tucano ao Serviço Aeronaval Nacional (SENAN), segundo fontes especializadas. O valor do acordo não foi divulgado oficialmente, mas em abril, o governo panamenho indicou que a operação poderia totalizar cerca de US$ 78,2 milhões. Com essa aquisição, o Panamá se torna o oitavo país latino-americano a operar o Super Tucano, consolidando sua presença entre as plataformas líderes da região.
Opinião Genial: Este contrato amplia o alcance internacional da Embraer na América Latina. O ingresso do Panamá fortalece sua carteira de clientes regionais.
