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Publicado em 14 de Março às 16:00:00

Composição do Ibovespa em 2024: 3 entradas e nenhuma saída

O Ibovespa, índice mais importante do mercado de ações brasileiro, reúne as empresas com maior volume de negociação na B3, a bolsa de valores do Brasil. Desde sua criação em 1968, ele se estabeleceu como um indicador chave para investidores ao redor do mundo, refletindo as tendências e a saúde do mercado de capitais brasileiro.

A composição do Ibovespa é revisada pela B3 a cada quatro meses. Durante essas reavaliações, novas empresas podem ser incluídas no índice, enquanto outras podem ser excluídas se não cumprirem os critérios definidos. Esses critérios são parte da metodologia do Ibovespa, que visa garantir que o índice represente de forma fidedigna o desempenho do mercado.

Atualmente, o Ibovespa é composto por ações e units de empresas listadas na B3. Este conjunto de ativos abrange aproximadamente 85% do número total de negócios e do volume financeiro movimentado no mercado de capitais brasileiro. Isso faz do Ibovespa um termômetro essencial para entender as dinâmicas do mercado acionário do Brasil.

VIVA3, POMO4 e AURE3 entram; nenhuma exclusão

Com o início de abril se aproximando, a B3 se prepara para divulgar a primeira das três prévias sobre a nova composição do Ibovespa, válida de maio a agosto de 2024. A expectativa é que Vivara (VIVA3), Marcopolo (POMO4) e Auren Energia (AURE3) sejam as novas inclusões na carteira teórica do índice. Interessantemente, não se prevê a exclusão de nenhuma das ações atualmente presentes no Ibovespa. A primeira prévia, agendada para 1° de abril, deve marcar o anúncio de Vivara (VIVA3) e SmartFit (SMFT3), embora SmartFit não seja esperada para manter-se nas divulgações subsequentes. Já na segunda prévia, em 16 de abril, a projeção é incluir Vivara (VIVA3) e Auren Energia (AURE3), culminando na terceira prévia, no dia 2 de maio, com a composição final apresentando Vivara (VIVA3), Marcopolo (POMO4) e Auren Energia (AURE3), consolidando as expectativas do mercado para a atualização do principal índice da bolsa brasileira.

Critérios de Inclusão

Segundo a Metodologia do Índice Bovespa (Ibovespa), disponível no site da B3, serão selecionados para compor o Ibovespa os ativos que atendam cumulativamente aos critérios abaixo.

  1. Estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 85% (oitenta e cinco por cento) do somatório total desses indicadores.
  2. Ter presença em pregão de 95% (noventa e cinco por cento) no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
  3. Ter participação em termos de volume financeiro maior ou igual a 0,1% (zero vírgula um por cento), no mercado a vista (lote-padrão), no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
  4. Não ser classificado como Penny Stock.

Critérios de Exclusão

  1. Deixarem de atender a dois dos critérios de inclusão acima indicados.
  2. Estiverem entre os ativos que, em ordem decrescente de IN, estejam classificados acima dos 90% (noventa por cento) do total no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
  3. Sejam classificados como Penny Stock.
  4. Durante a vigência da carteira passem a ser listados em situação especial.

Nosso modelo de previsão

Seguindo as regras de inclusão e exclusão propostas pelo B3, desenvolvemos um modelo de avaliação para identificar potenciais entradas e saídas do índice. O modelo leva em consideração dados sobre volume financeiro, quantidade de negócios, índice de negociabilidade e informações sobre situações especiais de cada uma

Participação no Índice

Se as previsões se confirmarem, o Ibovespa passará a ter 89 empresas em sua composição, um aumento em relação às atuais 86. De acordo com a análise, espera-se que as ações da Vale (VALE3), Vivara (VIVA3), Marcopolo (POMO4), Auren Energia (AURE3) e Equatorial (EQTL3) apresentem o maior aumento de participação no índice. Por outro lado, empresas como Vivo (VIVT3), Itaú (ITUB4), Suzano (SUZB3), BR Foods (BRFS3) e Eletrobras (ELET3) deverão ter uma participação reduzida na nova configuração do Ibovespa. Essas mudanças na composição do índice refletem as variações no desempenho e na valorização das empresas no mercado de capitais.

Baixe nossa planilha completa sobre a nova composição do IBOV

Relevância nas mudanças da Carteira Teórica do Ibovespa

É fundamental que o investidor acompanhe as mudanças nas carteiras teóricas de índices, já que a indústria de fundos passivos, que replica essas carteiras, exerce grande influência sobre as precificações de ações no mercado, principalmente aquelas com menor liquidez.

O Ibovespa é composto por empresas com grande volume de negociação na B3. Isso significa que, mesmo que os fundamentos de uma ação se deteriorem, a expectativa de que ela possa entrar no Ibovespa pode gerar uma pressão positiva nos preços, já que os fundos passivos serão “obrigados” a comprá-la, independentemente de seus fundamentos.

Nosso time realizou um estudo sobre como esse processo pode afetar a precificação de uma ação e se isso pode gerar oportunidades de investimento de curto prazo. Confira a seguir!

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