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Publicado em 29 de Outubro às 15:00:00

Estratégia em Ação – Outubro de 2025

O Ibovespa é negociado a 8,5x P/L projetado, abaixo da média de 10,6x. Mesmo sem Petrobras e Vale, o múltiplo sobe para 10,6x, ainda inferior à média histórica. Small Caps estão a 9,5x, bem abaixo do padrão de 13,8x, enquanto exportadoras operam a 8,5x, ante 11,2x.

O Earnings Yield segue menor, refletindo menor prêmio de risco, enquanto os juros reais acima de 7% exigem mais seletividade. Apesar da assimetria menor e fluxo estrangeiro negativo, ainda vemos boas oportunidades em Small Caps.

Valuations

Ibovespa está sendo negociado a 8,5x P/L projetado para os próximos 12 meses, vs média histórica de 10,6x.

Agora, se considerarmos as ações do Ibovespa (excluindo Petrobras e Vale), o índice está sendo negociando a 10,6x P/L, projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (12x).

Ações de empresas ligadas a economia doméstica estão sendo negociadas a 9,7x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (10,3x).

Quando levarmos em consideração apenas as empresas exportadoras, tais ações estão sendo negociadas a 8,5x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (11,2x).

As empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 9,5x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (13,8x).

Já as Mid-Large Caps estão sendo negociadas a 8,4x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (10,1x).

Earnings yield

Earnings Yield da bolsa brasileira segue baixo da sua média dos últimos seis meses, indicando que a atratividade relativa das ações, sobre essa ótica, está menor. Esse indicador compara o lucro das empresas com o retorno de um título público atrelado à inflação, funcionando como uma medida do prêmio de risco do mercado acionário, que agora vem se estreitando.

Enquanto isso, os juros reais no Brasil permanecem acima de 7%, no nível mais alto da última década. Esse patamar reflete a deterioração fiscal e a percepção de maior incerteza econômica, fatores que aumentam o custo de financiamento do país.

O ambiente exige maior seletividade na escolha dos ativos, mas que ainda oferece oportunidades relevantes para quem busca empresas com potencial de valorização.

Efeito Selic no valuation das Small Caps

Preço/Lucro (PE) projetado por setor

Desempenho em 2025

Em 2025, o Brasil continua se destacando pela boa performance de seus ativos, acompanhando o ritmo positivo das bolsas do Chile, Colômbia e do México. No panorama setorial, apenas o segmento industrial tem ficado atrás do Ibovespa. Já os setores imobiliário, de utilities e financeiro seguem em evidência, sustentando o avanço do mercado local e ajudando a consolidar a bolsa brasileira entre as de melhor desempenho da região.

Assimetria: Índices próximos de 2 desvio padrão acima da média

Os principais índices do mercado brasileiro estão sendo negociados entre a média dos últimos seis meses e o segundo desvio padrão. Esse nível técnico indica que ainda há espaço para valorização, porém com limitações.

Para quem está pensando em entrar agora, o momento exige cautela, já que a assimetria do mercado está mais negativa. O potencial de retorno começa a diminuir em relação ao risco assumido. Já para os investidores que já estão posicionados, a recomendação é de manter as posições, ou buscar uma realização parcial para posições muito lucrativas.

Para quem investe com horizonte de longo prazo, as empresas de menor capitalização seguem oferecendo as melhores assimetrias e oportunidades de valorização, segundo analistas.

Fluxo Investidor B3

Em setembro, até o dia 27, o mercado acionário brasileiro apresenta fluxos mistos entre os diferentes perfis de investidores. Os estrangeiros registram saída líquida de R$ 2,8 bilhão no mês. No acumulado de 2025, o saldo dessa categoria segue positivo em R$ 23,7 bilhões.

Entre os investidores institucionais o cenário é o mesmo, porém, com menor intensidade: há uma saída líquida de quase R$ 66 milhões em outubro, elevando o resgate acumulado do ano para R$ 41,1 bilhões. Se confirmado, o resultado consolida uma tendência em que, nos últimos 12 meses, não se verificou nenhuma entrada líquida mensal desse grupo.

Já os investidores pessoa física também tiveram participação positiva em outubro, com entrada de R$ 1,4 bilhão. O saldo de 2025 segue positivo em R$ 7,3 bilhões.

Defensivo / Agressivo – (beta)

BTC – Aluguel de Ações

Tabela de Múltiplos e dados operacionais

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