Valuations
Ibovespa está sendo negociado a 8,6x P/L projetado para os próximos 12 meses, vs média histórica de 10,6x.
Agora, se considerarmos as ações do Ibovespa (excluindo Petrobras e Vale), o índice está sendo negociando a 10,7x P/L, projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (12x).
Ações de empresas ligadas a economia doméstica estão sendo negociadas a 10x P/L projetado para os próximos 12 meses, próximo da sua média histórica (10,3x).
Quando levarmos em consideração apenas as empresas exportadoras, tais ações estão sendo negociadas a 8,2x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (11,3x).
As empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 10,1x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (13,9x).
Já as Mid-Large Caps estão sendo negociadas a 8,4x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica (10,2x).
Earnings yield
Pela primeira vez desde 2021, o Earning Yield da bolsa brasileira voltou para baixo da sua média dos últimos seis meses, indicando que a atratividade relativa das ações, sobre essa ótica, está menor. Esse indicador compara o lucro das empresas com o retorno de um título público atrelado à inflação, funcionando como uma medida do prêmio de risco do mercado acionário, que agora vem se estreitando.
Enquanto isso, os juros reais no Brasil permanecem acima de 7%, no nível mais alto da última década. Esse patamar reflete a deterioração fiscal e a percepção de maior incerteza econômica, fatores que aumentam o custo de financiamento do país.
O ambiente exige maior seletividade na escolha dos ativos, mas que ainda oferece oportunidades relevantes para quem busca empresas com potencial de valorização.
Efeito Selic no valuation das Small Caps
Preço/Lucro (PE) projetado por setor

Desempenho em 2025
Em 2025, o Brasil continua se destacando pela boa performance de seus ativos, acompanhando o ritmo positivo das bolsas do Chile, Colômbia e do México. No panorama setorial, apenas o segmento industrial tem ficado atrás do Ibovespa. Já os setores imobiliário, de utilities e financeiro seguem em evidência, sustentando o avanço do mercado local e ajudando a consolidar a bolsa brasileira entre as de melhor desempenho da região.
Assimetria: Índices próximos de 2 desvio padrão acima da média
Os principais índices do mercado brasileiro estão sendo negociados entre a média dos últimos seis meses e o segundo desvio padrão. Esse nível técnico indica que ainda há pouco espaço para valorização.
Para quem está pensando em entrar agora, o momento exige cautela, já que a assimetria do mercado está mais negativa. O potencial de retorno começa a diminuir em relação ao risco assumido. Já para os investidores que já estão posicionados, a recomendação é de manter as posições, ou buscar uma realização parcial para posições muito lucrativas.
Fluxo Investidor B3
Em setembro, até o dia 22, o mercado acionário brasileiro apresenta fluxos mistos entre os diferentes perfis de investidores. Os estrangeiros registram entrada líquida de R$ 1,8 bilhão no mês, segunda entrada consecutiva. No acumulado de 2025, o saldo dessa categoria segue positivo em R$ 23,1 bilhões.
Entre os investidores institucionais, o cenário é oposto: há uma saída líquida de quase R$ 6 bilhões em setembro, elevando o resgate acumulado do ano para R$ 37,8 bilhões. Se confirmado, o resultado consolida uma tendência em que, nos últimos 12 meses, não se verificou nenhuma entrada líquida mensal desse grupo.
Já os investidores pessoa física também tiveram participação negativa em setembro, com saída de R$ 1,2 bilhão. Ainda assim, o saldo de 2025 permanece positivo em R$ 4,9 bilhões.