A semana pré-FOMC foi marcada por um desempenho positivo nas bolsas globais e uma diminuição da aversão ao risco, com o mercado se ajustando à expectativa para a decisão de política monetária da próxima semana. O destaque positivo ficou por conta das ações de tecnologia, beneficiadas pelo movimento de queda nos juros dos EUA. Já os ativos brasileiros também registraram alta, mas com menor intensidade, devido à expectativa de uma possível alta da Selic na próxima decisão do Copom.
Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)
Desempenho do Real (BRL)
O Real (BRL) registrou uma valorização de 0,89% em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) acima da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.
Curva de Juros
Os juros futuros recuaram nesta semana com o aumento das apostas em um corte mais agressivo por parte do Fed. A curva americana já precifica cerca de 40% de chance de uma redução de 0,50 ponto percentual na reunião da próxima quarta-feira. Esse movimento abre espaço para uma possível valorização do real, impulsionada pelo diferencial de juros entre os dois países, especialmente com a esperada alta de 0,25 ponto percentual pelo Copom, também na próxima quarta-feira.
Atualmente, o mercado precifica mais três altas de juros até o final do ano, com incrementos de 0,25 p.p ou 0,50 p.p. nas próximas três reuniões. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 11,50% ao ano, mesmo patamar previsto na semana anterior.
Fluxo Investidor Estrangeiro
Entre os dias 04 de setembro e 11 de setembro, o mercado de ações brasileiro registrou uma saída de capital estrangeiro de R$ 2 bilhões, levando a uma saída acumulada no ano de R$ 29,1 bilhões. Em relação aos investidores institucionais, houve uma entrada de R$ 664 milhões, enquanto as pessoas físicas compraram R$ 794 milhões. O saldo anual dos institucionais mostra uma saída de R$ 21,7 bilhões, com um acumulado negativo em setembro de R$ 305 milhões. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 21,4 bilhões, com R$ 1,4 bilhão de entrada no mês de setembro.