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Publicado em 12 de Julho às 15:00:00

Expresso Bolsa Semanal: Brasil se destaca mais uma vez; Queda dos juros nos EUA

Mais uma semana de destaque para os ativos brasileiros que, assim como outras bolsas globais, foram favorecidos pelo movimento de queda dos yields nos EUA. A semana teve como destaque a agenda macroeconômica no Brasil e nos EUA, que trouxe números mostrando uma dinâmica benigna para a inflação. O desempenho só não foi melhor por conta do desempenho negativo das commodities, influenciado negativamente pelos dados macroeconômicos chineses. O noticiário doméstico com menor ruído também foi fundamental para a valorização do real frente ao dólar.

Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)

Desempenho do Real (BRL)

O Real (BRL) registrou uma valorização de 0,44 % em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) um pouco da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.

Curva de Juros

A semana foi de fechamento da curva de juros, influenciada pela agenda macroeconômica no Brasil e nos EUA. Dentre os fatores negativos, que influenciaram um movimento de alta na curva de juros, tivemos os dados de vendas no varejo e volume de serviços, que surpreenderam positivamente o mercado.

Por outro lado, houve um peso maior dos dados de inflação ao consumidor, tanto no Brasil quanto nos EUA, que apresentaram uma dinâmica bastante construtiva, levando o mercado a precificar com quase 100% de convicção um início de afrouxamento monetário no mês de setembro. Fora do radar macro, a diminuição dos ruídos vindos do noticiário de Brasília também contribuiu para o movimento de queda.

Diante do stress recente no âmbito fiscal e político, o mercado de juros passou por uma mudança significativa de expectativas para o final do ano. Hoje, estima-se que o BCB tenha necessidade de subir os juros, com probabilidade maior do que 50% na reunião de novembro. Para a reunião de dezembro, também é precificado mais uma alta de 0,25 p.p.. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 11% ao ano, mesmo patamar previsto na semana anterior.

Fluxo Investidor Estrangeiro

Entre os dias 3 de julho e 10 de julho, o mercado de ações brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro de R$ 1,4 bilhão, diminuindo a retração acumulada para R$ 37,2 bilhões no ano. Essa recuperação e retomada pelo investidor estrangeiro decorre de uma expectativa de cortes nas taxas de juros nos EUA a partir de setembro e um ambiente com menores ruídos políticos. No mês de julho, temos uma entrada de R$ 2,9 bilhões. Se essa entrada for confirmada no mês, seria a primeira desde dezembro do ano passado.

Em relação aos investidores institucionais, houve uma saída de R$ 2,2 bilhões, e as pessoas físicas compraram R$ 291 milhões. O saldo anual para os investidores institucionais baixou para uma saída de R$ 2,3 bilhões, com acumulado negativo em julho de R$ 4 bilhões. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 22,9 bilhões, com R$ 139 milhões de entrada em junho.

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