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Publicado em 21 de Junho às 15:41:01

Expresso Bolsa Semanal: COPOM manteve e foi unânime; Ações Brasil como destaque negativo

Apesar do desempenho positivo do VIX (Índice do Medo), indicando maior volatilidade e receio por parte dos investidores, a semana foi positiva para a maioria das ações globais, principalmente nos mercados emergentes e nos índices que representam ações da “velha economia”, como o Dow Jones. Ainda assim, os ativos brasileiros apresentaram uma performance abaixo da média global, especialmente as ações de menor capitalização, que só não tiveram um desempenho pior do que as bolsas chinesas nesta semana. Semana esta marcada principalmente pela decisão de política monetária no Brasil e em algumas regiões do mundo.

Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)

Desempenho do Real (BRL)

O Real (BRL) registrou uma desvalorização de 1,11% em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) bem abaixo da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes. O desempenho só não foi pior do que o do iene japonês, que foi influenciado recentemente por decisões do BOJ.

Curva de Juros

O mercado de juros nesta semana foi impactado pelo noticiário político, especialmente no que diz respeito às decisões de política fiscal, e pela decisão do COPOM, que manteve a Selic inalterada em decisão unânime. Apesar da decisão, que inicialmente agradou o mercado, as dúvidas sobre a futura composição do COPOM e a situação fiscal ainda pesam no humor do investidor, que optou por permanecer em uma postura mais conservadora.

Nas últimas semanas, houve uma inflexão nas perspectivas do mercado, que começaram a precificar um movimento de alta da Selic nas próximas reuniões do COPOM. Hoje, temos um mercado que começa a estimar uma alta de juros já na próxima reunião de agosto, embora ainda não seja um cenário de grande probabilidade. Para a reunião de setembro, a maioria já espera uma alta de 0,25 p.p., com a possibilidade de o mesmo movimento se repetir nas próximas reuniões até o final do ano. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 11% ao ano, mesmo patamar previsto na semana anterior.

Fluxo Investidor Estrangeiro

Entre os dias 13 e 19 de junho, o mercado de ações brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro de R$ 61 milhões, diminuindo a retração acumulada para R$ 43 bilhões no ano. Apesar da pequena entrada, esse movimento ainda reforça o sentimento de cautela do investidor global frente aos fundamentos do Brasil. No mês de junho, temos uma saída de R$ 7,1 bilhões, sendo até o momento o sexto mês consecutivo de saída.

Em relação aos investidores institucionais, houve uma saída de R$ 1,1 bilhão, e as pessoas físicas compraram R$ 560 milhões. O saldo anual para os investidores institucionais baixou para uma entrada de R$ 5,2 bilhões, com acumulado positivo em junho de R$ 2,1 bilhões. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 22 bilhões, com R$ 2,8 bilhões de entrada em junho, sendo o sexto mês consecutivo de entrada de recursos na B3.

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