A última semana apresentou uma dinâmica distinta das anteriores, com Small Caps no Brasil e Commodities se destacando positivamente. As bolsas nos EUA continuaram a mostrar uma boa performance, impulsionadas pela queda dos juros de longo prazo, refletindo dados econômicos mais fracos da economia norte-americana. No Brasil, o Ibovespa (IBOV) superou o desempenho de outros países emergentes e do mundo, posicionando-se apenas atrás da Europa e das bolsas de tecnologia nos EUA. Este cenário ressalta o impacto significativo da taxa de juros nos EUA nas decisões de alocação em países emergentes.
Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)
Desempenho do Real (BRL)
O Real brasileiro (BRL) registrou uma valorização de 0,47% em relação ao dólar na última semana. Movimento foi influenciado por dados mais fracos relacionadas a economia americana.
Curva de Juros
Na última semana, houve um movimento de fechamento da curva de juros, indicando que o mercado está antecipando menores taxas de juros nos próximos anos. Esse ajuste foi influenciado pela agenda macroeconômica, tanto no Brasil quanto nos EUA. Localmente, os dados do IPCA-15 e do PIB vieram melhores do que as expectativas, enquanto nos EUA, o PCE e os indicadores de atividade econômica mais fracos reforçaram a perspectiva de queda nas taxas de juros.
Veja o calendário econômico para a próxima semana.
Para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM), o mercado financeiro está antecipando uma série de cortes na taxa Selic. As expectativas atuais indicam reduções de 0,50 ponto percentual para as reuniões de março e maio. Já para a reunião de junho, existe uma divisão de opiniões entre um corte de 0,50 ponto percentual e um mais moderado, de 0,25 ponto percentual. Prevê-se que a partir de agosto, o ritmo de cortes na taxa Selic diminua, estabilizando-se em 0,25 ponto percentual.
Essas projeções sugerem que a taxa Selic possa terminar o ano de 2024 em 9,50% ao ano, mesmo patamar de precificação da semana anterior.
Fluxo Investidor Estrangeiro
Entre 22 e 28 de fevereiro, o mercado de ações brasileiro observou uma mudança na dinâmica de investimentos, com uma entrada de quase R$ 176 milhões por parte dos investidores estrangeiros. Essa movimentação amenizou a saída acumulada no ano, que ainda totaliza quase R$ 18 bilhões, refletindo uma postura cautelosa desses investidores diante do mercado brasileiro. Tal cautela é motivada pela alta dos yields nos EUA e pela situação complexa na economia chinesa.
Investidores institucionais, por outro lado, registraram uma saída de R$ 2,3 bilhões, contrastando com a continuação da entrada de capital por parte das pessoas físicas, que adicionaram R$ 534 milhões ao mercado na mesma semana. Com isso, o saldo anual do investidor institucional diminuiu para aproximadamente R$ 1,2 bilhões, enquanto o investidor pessoa física se destaca como o principal comprador do ano, com um saldo positivo acumulado de R$ 7,4 bilhões e uma entrada de R$ 3,4 bilhões somente em fevereiro.