Em semana de decisão do FOMC, bolsas americanas, com exceção de Dow Jones, apresentaram desempenho positivo, em contraste ao desempenho de outras regiões no mundo, como China, Brasil e emergentes no geral. A semana ainda contou com uma valorização do dólar global e queda dos rendimentos dos juros nos EUA, sinalizando uma semana em que o investidor adotou uma postura mais conservadora.
Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)
Desempenho do Real (BRL)
O Real (BRL) registrou uma desvalorização de 0,71% em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) abaixo da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes. O desempenho só não foi pior do que o do peso colombiano e chileno.
Curva de Juros
JUROS FUTUROS caem com yields dos treasuries nos EUA, em meio ao sentimento negativo de risco nas bolsas e moedas no exterior. Mercado de juro tem alívio limitado após as pressões recentes em meio a comentários de ministros sobre propostas para conter gastos, de que o governo quer rever gasto primário e cortar privilégios. A poucos dias do Copom, que deve manter a Selic estável, segundo precificação da curva.
Diferente do cenário que tínhamos anteriormente, houve uma inflexão nas perspectivas do mercado que começaram a precificar um movimento de alta da Selic nas próximas reuniões do COPOM. Espera-se uma manutenção dos juros até a reunião de agosto em 10,5% ao ano, e a partir da reunião de setembro, o mercado começou a estimar duas elevações da Selic em 0,25% cada. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 11% ao ano, mesmo patamar previsto na semana anterior.
Fluxo Investidor Estrangeiro
Entre os dias 6 e 12 de junho, o mercado de ações brasileiro registrou uma saída de capital estrangeiro de R$ 5,7 bilhões, aumentando a retração acumulada para R$ 43,1 bilhões no ano. Esse movimento reforça o sentimento de cautela do investidor global frente aos fundamentos do Brasil. No mês de junho, temos uma saída de R$ 7,2 bilhões, sendo até o momento o sexto mês consecutivo de saída.
Em relação aos investidores institucionais, houve uma entrada de R$ 3,1 bilhões, e as pessoas físicas compraram R$ 600 milhões. O saldo anual para os investidores institucionais subiu para R$ 6,3 bilhões, com uma entrada acumulada em junho de R$ 3,1 bilhões. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 21,5 bilhões, com R$ 2,2 bilhões de entrada em junho, sendo o sexto mês consecutivo de entrada de recursos na B3.