A semana foi positiva para os principais ativos de risco, com destaque para aqueles impulsionados pelo “Trump Trade”, como Bitcoin e ações de empresas de tecnologia nos EUA, em resposta à vitória de Trump e sua volta à Casa Branca em 2025. Além disso, o período contou com decisões de política monetária em várias regiões do mundo, o que adicionou volatilidade ao cenário global. No mercado local, o dólar e os juros tiveram um bom desempenho, sustentados pela expectativa do anúncio de um pacote de corte de gastos por parte do governo.
Nesta semana, os mercados globais foram influenciados por eventos significativos:
- Eleições nos EUA: Donald Trump foi eleito presidente, superando Kamala Harris. Sua vitória gerou expectativas de políticas econômicas pró-mercado, conhecidas como “Trump Trade”, impulsionando setores como energia e defesa.
- Decisão do FOMC: O Federal Reserve reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, situando-a entre 4,50% e 4,75%, visando estimular a economia.
- Decisão do COPOM: O Comitê de Política Monetária elevou a Selic para 11,25% ao ano, buscando conter pressões inflacionárias.
- Pacote de Corte de Gastos no Brasil: O governo federal discutiu medidas para reduzir despesas obrigatórias, com anúncio previsto para breve, visando equilibrar as contas públicas.
Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)
Desempenho do Real (BRL)
O Real (BRL) registrou uma valorização de 1,87% em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) que ficou bem acima da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.
Curva de Juros
A curva de juros fechou em queda nesta semana, refletindo as expectativas positivas do mercado em relação a possíveis medidas para controle dos gastos públicos. Os mercados locais também reagiram de forma otimista após a decisão do FOMC de reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, como já era esperado. Em seu comunicado, o Fed afirmou que os riscos para alcançar suas metas econômicas estão próximos do equilíbrio, o que contribuiu para fortalecer o sentimento positivo nos mercados.
Após a última decisão do Copom, que elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, o mercado agora estima mais uma alta de juros até o final do ano. As expectativas estão divididas entre um aumento de 0,50 ponto e de 0,75 ponto percentual para a última reunião do Copom em 2024. Com base nessas projeções, espera-se que a Selic encerre o ano de 2024 entre 11,75% e 12% ao ano, um ajuste em relação às estimativas da semana anterior. Para 2025, a previsão permanece inalterada, com a taxa Selic projetada para encerrar o ano em 13,75%.
Na última decisão, o Copom deixou claro que, caso o governo não sinalize algum ajuste fiscal, o próximo aumento poderá ser de 0,75 ponto percentual.
Fluxo Investidor Estrangeiro
Entre os dias 31 de outubro e 06 de novembro, o mercado de ações brasileiro registrou uma saída de capital estrangeiro de R$ 219 milhões, elevando a saída acumulada no ano para R$ 30,7 bilhões. Os investidores institucionais também reduziram suas posições, com uma saída de R$ 69 milhões, enquanto os investidores pessoa física realizaram vendas no valor de R$ 14 milhões no mesmo período. O baixo volume negociado chama atenção e pode ser explicado pela cautela do mercado antes do resultado das eleições americanas.
No acumulado do ano, o saldo dos investidores institucionais segue negativo, com uma saída total de R$ 24,9 bilhões. Em novembro, o saldo dos institucionais também ficou negativo, com R$ 111 milhões em saídas até o momento. Já os investidores pessoa física mantêm um saldo positivo de R$ 24,1 bilhões no ano, embora tenham vendido R$ 312 milhões no mês de novembro.