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Publicado em 23 de Agosto às 16:00:00

Expresso Bolsa Semanal: EUA iniciarão corte de juros em setembro

A semana, destacada pela participação de Jerome Powell, presidente do Fed, no simpósio de Jackson Hole, foi positiva para os mercados globais, com destaque para os ativos brasileiros, que tiveram mais uma semana de valorização, apesar do leve recuo do Real (BRL) frente ao dólar. Durante o evento, Powell confirmou que os juros nos EUA começarão a cair em setembro, como já era esperado pelos mercados. No entanto, ele deixou em aberto a magnitude do corte, afirmando que a decisão entre 25 ou 50 pontos-base dependerá dos próximos dados econômicos.

Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)

Desempenho do Real (BRL)

O Real (BRL) registrou uma desvalorização de -0,20% em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) bem abaixo da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.

Curva de Juros

A semana foi marcada por uma queda (fechamento) na parte mais curta da curva de juros, influenciada pelos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, durante o encontro de Jackson Hole. Powell afirmou que chegou o momento de ajustar a política monetária e que há confiança crescente de que a inflação está caminhando para 2%. Ele também mencionou que não considera bem-vindo um arrefecimento adicional do mercado de trabalho.

Por outro lado, na parte longa da curva houve uma alta (abertura), os juros foram impactados pelas declarações recentes dos dirigentes do BCB. Gabriel Galípolo reforçou a posição do diretor Diogo Guillen, destacando que o balanço de riscos não deve ser interpretado como um guidance. Galípolo também afirmou que não está sancionando expectativas e projeções para a política monetária. Além disso, a pressão no câmbio contribuiu para que a curva de juros ganhasse inclinação.

Após a última decisão do COPOM, o mercado reformulou suas expectativas sobre a condução da Selic até o final do ano. Atualmente, o mercado precifica mais três altas de juros até o final do ano, com incrementos de 0,25 p.p ou 0,50 p.p. nas próximas três reuniões. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 11,50% ao ano, mesmo patamar previsto na semana anterior.

Fluxo Investidor Estrangeiro

Entre os dias 15 e 21 de agosto, o mercado de ações brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro de R$ 4,3 bilhões, reduzindo a saída acumulada para R$ 29,9 bilhões no ano. Este movimento acaba sendo influenciado pela expectativa de queda dos juros nos EUA e redução dos ruídos relacionados a condução de política fiscal no país. Em relação aos investidores institucionais, houve uma saída de R$ 4,4 bilhões, enquanto as pessoas físicas venderam R$ 2,1 bilhões. O saldo anual para os investidores institucionais indica uma saída de R$ 16,3 bilhões, com um acumulado negativo em agosto de R$ 11,4 bilhões. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 20,3 bilhões, com R$ 3,2 bilhões de saída em agosto. Se confirmada, essa saída do pessoa física seria a primeira desde dezembro do passado em linha com a bolsa brasileira buscando a máxima histórica.

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