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Publicado em 21 de Janeiro às 14:39:15

Expresso Bolsa Semanal: IBOV decolando; correções nas bolsas internacionais

Semana negativa para principais bolsas globais, principalmente ações americanas que foram impactadas por um início de temporada de balanços mais turbulento e de olho na reunião do FOMC (Comitê de Política Monetária) que acontece na semana que vem. A volatilidade foi a marca registrada dessa semana, com VIX subindo quase 30%. Além disso, commodities apresentaram boa performance com mercado buscando alocação em empresas menos sensíveis a uma subida da taxa de juros nos EUA e proteção em commodities energéticas e alimentícias. Sinalização de estímulos pela China também corroboraram para o movimento de alta das commodities metálicas. No Brasil, nossa bolsa teve um desempenho superior aos seus pares globais influenciada pelo fluxo de investidor estrangeiro e local em busca de ações depreciadas e ligadas à commodities.

BRASIL: Mudança de narrativas?

Depois de muito tempo o mercado de ações brasileiro reagiu positivamente com bom desempenho das mais diversas classes de ativos e setores mesmo com um cenário global adverso. O bom desempenho semanal passa uma mensagem positiva, a de que boa parte do cenário negativo esperado para 2022, em partes, já estaria precificado com Ibovespa entre 105K e 110K pontos. Entendemos que seria muito cedo para ficarmos mais otimistas em relação ao mercado de ações no Brasil em relação aos desafios esperados este ano, mas acreditamos que nesse patamar, tanto o investidor estrangeiro quanto o local atuaram na compra de ações mesmo de setores que ainda estão pressionados pelo contexto macroeconômico (Construção Civil, Varejo e Small Caps).

Em termos estratégicos, acreditamos que uma carteira de ações hoje ainda deve ter como alocação principal, ações de valor (value) e ligadas a commodities, bem como grandes bancos. Esse posicionamento estratégico é o que irá proporcionar uma proteção caso nós tenhamos uma recuperação ainda maior do Ibovespa em 2022 ao mesmo tempo que podem servir como suporte para um cenário desafiador sobre a ótica de fundamentos locais (Fiscal e Político). Commodities e bancos oferecem correlação ao Ibovespa e ainda sim estão dentre as classes de ativos mais recomendadas no contexto global.

Também vemos como interessante aumentarmos de maneira cautelosa nossa exposição em setores que estão com preços muito atrativos e que foram influenciados recentemente pela ponta longa da curva de juros. Entendemos que seria muito cedo para ficarmos mais otimistas em relação ao mercado de ações no Brasil diante dos desafios esperados para 2022, mas acreditamos que nesse patamar tanto investidor estrangeiro e local atuaram na compra de ações mesmo de setores que ainda estão pressionados pelo contexto macroeconômico (Construção Civil, Varejo e Small Caps).

EUA: Mercados passam por correções

Até o início da tarde dessa sexta-feira, o índice S&P 500 apresentava uma queda de 6,5% em relação ao pico no início de janeiro. Esse já pode ser considerado o maior movimento de correção em comparação com as quedas ocorridas durante todo o ano de 2021. A recente liquidação continua concentrada em ações de tecnologia dos EUA. O índice NASDAQ entrou em território de correção, caindo mais de 10% em relação ao seu pico, que, aliás, foi atingido em novembro do ano passado.

Bolsas americanas estavam precificadas a perfeição e o início turbulento da temporada de balanços mostra que um cenário de menor crescimento de lucros em conjunto com um processo de subida de juros nos EUA podem provocar correções até mesmo nos mercados americanos. Acreditamos no bom desempenho da economia americana em 2022, porém, em termos de estratégia estamos preferindo ações de valor (value), geradores de caixa e ligadas à commodities.

China: será que agora vai?

Como em dezembro, o PBoC inesperadamente baixou uma de suas principais taxas de referência, além das mais diversas sinalizações de incentivos de crédito para empresas e pessoas físicas. Essa busca por uma normalização do crescimento econômico da China contribuiu para uma boa performance das commodities energéticas e industriais.

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