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Publicado em 16 de Agosto às 15:30:00

Expresso Bolsa Semanal: Ibovespa na máxima histórica

A semana foi bastante positiva para as ações globais, impulsionada por expectativas mais benignas em torno da desaceleração da economia americana, uma vez que a alta probabilidade de recessão nos EUA foi afastada. Com isso, o cenário de “Goldilocks” retornou ao mercado, favorecendo a valorização de setores mais sensíveis aos juros, como tecnologia e inteligência artificial.

Aqui no Brasil, fomos beneficiados por essa expectativa de queda de juros nos EUA, pela sinalização de que Gabriel Galípolo será indicado para a presidência do Banco Central na próxima semana, e por uma temporada de balanços bastante positiva para as empresas ligadas à economia doméstica. Esse cenário também foi reforçado pelo retorno do investidor estrangeiro ao mercado brasileiro.

Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)

Desempenho do Real (BRL)

O Real (BRL) registrou uma valorização de 0,60% em relação ao Dólar nessa semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total (considerando a diferença de preços mais juros) acima da média se comparado a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.

Curva de Juros

A semana foi marcada por alta nos juros futuros de vencimentos mais curtos e baixa nos vencimentos mais longos. A parte mais curta da curva já precifica uma alta de 30 pontos base na Selic em setembro, o que indica uma chance ainda minoritária de que o aperto monetário comece com uma elevação de 0,50pp. Esse movimento ocorre em meio às declarações de Lula, que afirmou que seu indicado para comandar o Banco Central precisa ter coragem para aumentar os juros, se necessário. Gabriel Galípolo, atual diretor do BC, poderá ser anunciado nas próximas semanas como o novo presidente da instituição, segundo o G1. Roberto Campos Neto reafirmou que o BC poderá elevar a taxa básica se for preciso. Além disso, o IBC-Br acima de todas as estimativas também favorece essas apostas.

Após a última decisão do COPOM, o mercado reformulou suas expectativas sobre a condução da Selic até o final do ano. Atualmente, o mercado precifica pelo menos mais três altas de juros até o final do ano, com incrementos de 0,25 p.p ou 0,50 p.p. nas próximas três reuniões. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 11,50% ao ano, 0,25 p.p acima do previsto na semana anterior.

Fluxo Investidor Estrangeiro

Entre os dias 8 e 14 de agosto, o mercado de ações brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro de R$ 2,8 bilhões, reduzindo a saída acumulada para R$ 34,2 bilhões no ano. Este movimento acaba sendo influenciado pela expectativa de queda dos juros nos EUA e redução dos ruídos relacionados a condução de política fiscal no país. Em relação aos investidores institucionais, houve uma saída de R$ 5,2 bilhões, enquanto as pessoas físicas venderam R$ 1,1 bilhão. O saldo anual para os investidores institucionais indica uma saída anual de R$ 11,9 bilhões, com um acumulado negativo em agosto de R$ 7 bilhões. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 22,4 bilhões, com R$ 1,1 bilhão de saída em agosto. Se confirmada, essa saída do pessoa física seria a primeira desde dezembro do passado em linha com a bolsa brasileira buscando a máxima histórica.

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