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Publicado em 12 de Abril às 15:00:00

Expresso Bolsa Semanal: Índice do Medo retorna, Abertura dos juros globais, Bancos decepcionam nos EUA

A semana encerra-se em alta tensão para as principais bolsas globais, com o VIX reacendendo das cinzas após meses em níveis que sinalizam apetite por ativos de risco. Taxa de juros nos EUA, Dólar Index (DXY), bolsas de emergentes e commodities foram os destaques positivos da semana, enquanto o Brasil ficou para trás mais uma vez. A agenda macroeconômica americana impactou negativamente as expectativas do mercado sobre a trajetória dos juros nos EUA, com dados de inflação acima do esperado. Simultaneamente, iniciou-se a temporada de balanços nos EUA, onde os resultados do setor bancário vieram abaixo das expectativas, contribuindo para a tensão nos mercados.

Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)

Desempenho do Real (BRL)

O Real (BRL) registrou uma desvalorização de -0,50% em relação ao Dólar nesta semana. Comparativamente, a moeda brasileira apresentou um desempenho total inferior (considerando a diferença de preços mais juros) em comparação a outras moedas globais, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.

Curva de Juros

Esta semana, houve uma abertura da curva de juros, impactada por dados macroeconômicos tanto locais quanto americanos. No Brasil, um relatório robusto sobre vendas no varejo impulsionou uma visão positiva, mesmo diante de um IPCA que veio abaixo do esperado. Nos Estados Unidos, o dado mais relevante da semana, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), superou as expectativas, reduzindo as chances de três cortes de juros neste ano. Atualmente, o mercado está prevendo dois cortes de juros até o final de 2024.

As expectativas para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) indicam cortes na taxa Selic, com o mercado financeiro antecipando uma redução de 0,50 ponto percentual na reunião de maio. Para junho, a previsão é de um corte de 0,25 ponto percentual. A partir de agosto, as expectativas se dividem entre um possível corte adicional de 0,25 ponto percentual e a manutenção da taxa de juros. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic possa encerrar 2024 em 10% ao ano, um aumento em relação a semana passada quando era estimada uma Selic em 9,75%.

Fluxo Investidor Estrangeiro

Entre 4 e 10 de abril, o mercado de ações brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro de R$ 485 milhões, reduzindo a retração acumulada para R$ 24,7 bilhões no ano. Este movimento reflete a cautela dos investidores em relação ao mercado brasileiro, especialmente em uma semana que foi influenciado para dados macroeconômicos nos EUA.

Os investidores institucionais registraram uma saída de R$ 628 milhões, e as pessoas físicas uma entrada de R$ 1,2 bilhão. Assim, o saldo anual para os investidores institucionais é positivo em R$ 696 milhões, com um decréscimo de R$ 853 milhões em abril. Para os investidores pessoa física, o saldo acumulado no ano está em R$ 14,1 bilhões, com R$ 1,5 bilhão adicionados em abril.

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