A semana foi positiva para os principais índices globais, enquanto as taxas de juros nos EUA e o Índice do Medo (VIX) apresentaram performances negativas. Esse contraste reflete o apetite por risco do investidor em um ano marcado por desafios e significativas mudanças nas expectativas sobre a política monetária que o Fed adotaria em 2024. No Brasil, houve o encerramento da temporada de balanços do 1T24, e o mercado ajustou suas expectativas sobre a Selic terminal para este ano após ata do COPOM.
Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)
Curva de Juros
A semana foi marcada por um fechamento da curva de juros na parte mais curta, com o mercado precificando uma Selic terminal mais alta para 2024. Esse movimento reflete as declarações mais hawkish dos membros do Fed. Por outro lado, observou-se uma abertura na curva de juros na parte longa, reação ao mercado após a divulgação da ata do Copom. Essa ata trouxe maior tranquilidade para os investidores, que na semana anterior estavam preocupados com a possibilidade de futuras decisões do Copom serem menos técnicas e mais influenciadas pelo governo, após a saída de Campos Neto.
As expectativas para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) variam entre a manutenção e mais um corte na taxa Selic de 0,25 ponto percentual na reunião de junho. No entanto, diferente da semana passada, hoje o mercado inclina-se para a hipótese de não ocorrerem mais cortes da Selic neste ano. Com base nessas projeções, estima-se que a taxa Selic encerre 2024 em 10,50% ao ano, um patamar acima do previsto na semana anterior, quando se esperava uma Selic terminal de 10,25%.
