A semana, marcada por feriados nos Estados Unidos e no Brasil, teve um impacto negativo nos ativos locais. Isso se deu devido às perspectivas de taxas de juros mais elevadas nos países desenvolvidos e a persistência de um cenário macroeconômico desafiador na China. Especificamente, a curva de juros, especialmente nos vencimentos mais longos, afetou o desempenho dos ativos domésticos. Esse impacto foi resultado não apenas do aumento dos yields nos Estados Unidos, mas também da precificação das incertezas em relação ao cenário fiscal local.
Maiores Altas e Baixas (Ibovespa)
Acompanhe os principais dados sobre o mercado de ações no Brasil através rastreador de ações.
Curva de Juros
A curva de juros de curto prazo no Brasil diminuiu as expectativas implícitas de que o Banco Central aceleraria o ritmo de redução das taxas de juros ainda este ano. A possibilidade de um corte de 0,75 pontos percentuais em setembro e novembro praticamente desapareceu, de acordo com as operações de mercado. Na próxima semana, os investidores estarão atentos ao índice oficial IPCA, que deve mostrar uma leve aceleração da inflação. Esse possível aumento na inflação pode levar o Banco Central a adotar uma abordagem mais cautelosa, especialmente após o PIB do segundo trimestre ter superado as expectativas, levando os analistas a revisarem suas projeções de crescimento para 2023. No cenário internacional, o índice ISM nos Estados Unidos superou as expectativas, o que reforçou a visão de que o Federal Reserve manterá as taxas de juros elevadas por um período prolongado.
Veja o calendário econômico para a próxima semana.
Fluxo Investidor Estrangeiro
Entre os dias 30 de agosto e 5 de setembro, a B3 apresentou um fluxo de saída pelos investidores estrangeiros, enquanto os locais, houve destaque para a entrada no primeiro dia de setembro de mais de R$ 1 bilhão pelo pessoa física, que nesses 5 pregões teve saldo positivo de R$ 375 mil. Apesar de uma desaceleração no ritmo dessas saídas em comparação com períodos anteriores, o cenário de retiradas pelo investidor estrangeiro ainda se manteve. Até o dia 5 de setembro, a posição líquida do investidor estrangeiro na B3 ficou em R$ 10,4 bilhões. Em contraste, ao final de julho, essa posição estava em R$ 24,2 bilhões. Isso representa uma drástica redução de mais de 50% em apenas um mês.
