Uma pesquisa realizada pelo Bank Of America (BofA) mostra que 57% dos gestores consultados prevem que o IBOV pode terminar 2022 acima dos 120 mil pontos. Outros 30% apontam que o índice pode superar os 130 mil pontos.
Ainda, a pesquisa aponta que, apesar do “otimismo”, boa parte dos gestores ainda buscam proteção nas ações antes das eleições presidenciais e apenas 23% dos entrevistados estão aumentando a exposição.
O risco político continua sendo citado como a maior preocupação, seguido por receios em relação ao aumento de juros nos EUA, que o mercado já precifica acontecer em março e deve seguir até o fim do ano, com previsões de 4 a 5 alterações de alta nas taxas de juros.
Outras previsões, segundo a pesquisa, apontam para uma alta de juros no Brasil que deve finalizar o ano entre 12% e 12,75% e um dólar entre R$ 5,10 e R$ 5,40.
Previsões da Genial
Por aqui seguimos mais cautelosos em relação ao Ibovespa e nosso estrategista de ações, Filipe Villegas, aponta que o IBOV pode terminar o ano em 117.400 pontos.
“Muito cedo para cantarmos vitória pois os desafios continuam”, aponta Villegas. De um lado, houve o retorno das atividades em Brasília e com ela a pressão por maiores gatos públicos em um ano eleitoral deve aumentar. Diferente do ano passado, agora estamos sem o cinto de segurança, também conhecido como Teto dos Gastos e entendemos que o mercado irá monitorar de perto as contas públicas do governo, reagindo a cada novo dado.
Lá fora, a depender como os ativos irão se comportar, mesmo com preços atrativos aqui no Brasil, não devemos ficar completamente blindados a um aumento da volatilidade e uma redução da liquidez global, o que pode e deve afetar a bolsa brasileira. Portanto as intenções do Fed serão de suma importância.
A reação dos ativos aqui no Brasil, mesmo diante de um cenário negativo, passa a mensagem de que já colocamos no preço das ações brasileiras um cenário bastante negativo, e que pode passar uma sensação de conforto para o investidor em busca de oportunidades no mercado local.
Do lado macro, nossos economistas apontam para uma Selic em 12,5% e o dólar em R$ 5,60 no final do ano. Preparamos um relatório macro com todas as expectativas para 2022 que você pode conferir aqui.
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