Ibovespa é o principal índice de ações negociadas na B3, reunindo as empresas mais negociados do mercado de capitais brasileiro. Criado em 1968, consolidou-se como referência para investidores ao redor do mundo. De acordo com as regras da B3, a cada quatro meses o índice passa por uma reavaliação, em que novas empresas podem entrar ou sair caso não cumpram as regras de exigência para permanência. Hoje, o Ibovespa é composto por ações e units de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios descritos na sua metodologia, correspondendo a cerca de 85% do número de negócios e do volume financeiro do nosso mercado de capitais. Nos últimos meses, a B3 tem discutido com participantes do mercado a possibilidade da inclusão de BDRs em sua composição.
1ª e 2ª Prévias: o que foi indicado
Antes da definição da próxima carteira teórico do Ibovespa, a B3 faz a divulgação de três previas durante o mês que antecede a alteração. Sendo assim, o que foi divulgado até o momento:
1ª prévia em 01/12/2021: Porto Seguro (PSSA3) e Positivo Tecnologia (POSI3) foram incluídas, nenhuma ação foi excluída.
2ª prévia em 16/12/2021: CSN Mineração (CMIN3) foi incluída, Positivo Tecnologia (POSI3) indicada na 1ª prévia foi mantida e Porto Seguro (PSSA3), indicada na 1ª prévia foi excluída.
Por que essas mudanças ocorrem? A resposta para isso vem do fato de que o que determina a entrada e saída de uma ação do Ibovespa é o seu volume de negócios. Ou seja, até o último “minuto” uma ação pode entrar ou sair se satisfazer as regras de entrada/saída do Ibovespa que contempla todo o período de 12 meses antes até a mudança. Assim, nossas estimativas podem mudar a depender se uma ação foi muito ou pouco negociada depois da divulgação do nosso relatório. Veja aqui o que acreditávamos antes da divulgação da primeira prévia: Ibovespa em 2022 (1ª Prévia)
3R, CSN Mineração, CESP, e Positivo entram, GetNet sai
Em breve, a B3 irá divulgar a última prévia sobre a nova composição do Ibovespa referente a carteira teórica que será vigente entre janeiro a abril de 2022. De acordo com nosso estudo, estimamos a entrada de quatro novas ações no Ibovespa e a saída de uma. 3R, CSN Mineração, CESP, e Positivo entram, GetNet sai.
Critérios de Inclusão
Segundo a Metodologia do Índice Bovespa (Ibovespa), disponível no site da B3, serão selecionados para compor o Ibovespa os ativos que atendam cumulativamente aos critérios abaixo:
- Estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 85% (oitenta e cinco por cento) do somatório total desses indicadores.
- Ter presença em pregão de 95% (noventa e cinco por cento) no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
- Ter participação em termos de volume financeiro maior ou igual a 0,1% (zero vírgula um por cento), no mercado a vista (lote-padrão), no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
- Não ser classificado como Penny Stock.
Critérios de Exclusão
- Deixarem de atender a dois dos critérios de inclusão acima indicados.
- Estiverem entre os ativos que, em ordem decrescente de IN, estejam classificados acima dos 90% (noventa por cento) do total no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
- Sejam classificados como Penny Stock.
- Durante a vigência da carteira passem a ser listados em situação especial.
Nosso modelo de previsão
Seguindo as regras de inclusão e exclusão propostas pelo B3, desenvolvemos um modelo de avaliação para identificar potenciais entradas e saídas do índice. O modelo leva em consideração dados sobre volume financeiro, quantidade de negócios, índice de negociabilidade e informações sobre situações especiais de cada uma das empresas negociadas na B3.
Diversificação setorial
Caso nossas expectativas sejam confirmadas, o Ibovespa passaria de uma composição com 92 empresas para 95 empresas. Sendo esse o maior número de empresas pertencentes ao índice, proporcionando maior diversificação setorial e menor dependência de um grupo seleto de empresas que se concentram hoje em empresas ligadas à commodities (Vale e Petrobras) e o setor bancário.