O índice Bovespa fechou em queda de -0,78% aos 112.007 pontos após começar o dia no positivo mas reverter com a divulgação da prévia da inflação de fevereiro, medida pelo IPCA-15, que avançou 0,99% superando o consenso de 0,85%. Essa foi a maior taxa para um mês de fevereiro desde 2016, quando ficou em 1,42%, segundo o IBGE.
Ainda segundo o IBGE, a maior influência de alta veio de educação, com a alta das mensalidades de escolas e faculdades, além dos materiais escolares. A inflação do segmento ficou em 5,64% na prévia do mês, sendo responsável por 0,32 ponto percentual do IPCA-15 de fevereiro.
Os mercados também sofreram com novos capítulos da tensão Rússia e Ucrânia, em meio à decreto da Ucrânia de estado de emergência, pedindo que seus cidadãos na Rússia deixem o país, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev.
Por aqui, as maiores altas do dia ficaram para as ações da Eletrobras (ELET6;ELET3), com alta de 3,27% e 2,14%, respectivamente, seguidas pela Cemig (CMIG4). As maiores baixas ficaram com 3R Petroleum (RRRP3) e Inter (BIDI11) que caíram, respectivamente, 12,47% e 12,12%, seguidas pela CVC (CVCB3), que caiu 6,31%. As ações da 3R e do Inter despencam após a divulgação dos resultados 4T21 virem abaixo das expectativas.
Nesta quarta-feira (23), o dólar continuou rumo a desvalorização e caiu 0,95%, a R$ 5,003 na compra e R$ 5,004 na venda. É a primeira vez que a cotação da moeda fecha a R$ 5 desde junho do ano passado. Analistas apontam que a alta do preço das commodities é um dos principais motivos para a valorização do real, uma vez que matérias-primas são cotadas em dólar no mercado internacional e países exportadores de commodities, como o Brasil, recebem mais divisas pelas vendas externas, o que aumenta a oferta de dólares no país e consequentemente ajuda na valorização do real.