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Publicado em 17 de Agosto às 11:36:15

IRB (IRBR3): 2T21 – Prejuízo de R$ 207m. Segue surpreendendo, para o lado negativo

Avaliação dos Resultados

Em um ano que esperávamos uma melhora gradual dos resultados de forma mais consistente, o IRB continua apresentar números voláteis com o 2T21 entregando mais um prejuízo de R$ 207m. Os resultados de curto prazo do IRB devem continuar voláteis por conta da restruturação que continua impactando a empresa – custos com carteiras passadas (runoff) e processo de limpeza (reunderwritring). Apesar de uma perspectiva de melhora gradual, essa volatilidade deve continuar a atrapalhar os resultados desse ano. Com uma rentabilidade ainda aquém, reiteramos nosso MANTER em IRBR3.  

Sofrendo com a sinistralidade

O IRB reportou um prejuízo de R$ 207m, aquém das expectativas do mercado de um prejuízo de R$ 10m e da nossa projeção de um lucro pequeno de R$ 12m. O principal impacto no resultado continua vindo das despesas com sinistros que continuam em patamares elevadíssimos, mas também, nesse trimestre, a empresa reportou indicies de despesas altas relacionadas a impostos e outros custos. 

Pontos Positivos

  • Geração de Caixa. Apesar do prejuízo contábil, a companhia estima uma geração de caixa operacional de R$ 352m, maior resultado desde o início dos escândalos que abalaram a empresa no 1T20. 
  • Mudanças Regulatórias. O regulador (Susep) publicou mudanças regulatórias que irão beneficiar o IRB. A empresa não estima nenhum efeito direto em seu resultado econômico, mas uma redução gradual dos custos financeiros. São elas: (1) Eliminação da margem de liquidez de 20% do capital de risco, com a empresa podendo definir internamente os mecanismos de gestão e mensuração do risco de liquidez;  (2) Possibilidade de aumento dos ativos aptos dados em garantia para cobertura das provisões técnicas nas operações internacionais. 

Pontos Negativos

  • Prejuízo. Com resultados ainda voláteis por conta de resquícios do processo de restruturação, a companhia ainda continua a postar prejuízo. As despesas com sinistralidade continuam sendo o principal fator das perdas, subindo 58% t/t e elevando o índice de sinistralidade a um patamar alto de 95,7%.  
  • Receita Fraca. Os prêmios emitidos da companhia continuam rodando a patamares fracos, provavelmente perdendo participação de mercado, muito por conta da desaceleração dos prêmios internacionais. Prêmios totais emitidos caíram 15% a/a, com o Brasil subindo 6,6% a/a não o suficiente para compensar a queda acentuada de 33% a/a nos prêmios no exterior.  
  • Outros Despesas. O índice de despesas com impostos subiu por conta de um impacto negativo não-recorrente de R$ 17,5m com provisões judiciais de impostos.  
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