Home > Análises de Mercado > Resultado Trimestral 2T21: E-Commerce – Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Americanas e Americanas (LAME4/AMER3)

Publicado em 13 de Agosto às 05:14:56

Resultado Trimestral 2T21: E-Commerce – Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Americanas e Americanas (LAME4/AMER3)

Avaliação de Resultados

Magazine Luiza (MGLU3): A magalu reportou o resultado do 2T21 acima do consenso e de nossas estimativas. Assim como em Via, o destaque fica para o aumento de vendas, registrando um crescimento expressivo do GMV (Volume bruto de vendas) de 60% a/a. Destacamos ainda a boa performance do e-commerce (+46% a/a), que quase atingiu a marca dos R$ 10 bilhões, com R$ 3b advindos do marketplace, número histórico para a companhia. Por último, ainda destacamos o crescimento de 209% a/a do EBITDA, resultante do forte aumento de vendas, bem como a redução das despesas operacionais, implicando no ganho de 2,6 p.p de margem EBITDA.

Lojas Americanas e Americanas (LAME4 e AMER3): A Lojas Americanas reportou seu primeiro resultado com o novo ticker. Assim como seus pares, observamos um aumento nas vendas, porém em grau menor, registrando um crescimento do GMV de 32,6% a/a. A primeira vista, o EBITDA de R$ 1,1 bilhões impressiona, implicando em uma valorização de 45,0% a/a. Entretanto, quando retiramos os efeitos não recorrente, chegamos no EBITDA ajustado de R$ 652,7 milhões, resultando em uma desvalorização de 11,6% a/a, com perda de 5,2p.p de margem.

Confira um vídeo rápido sobre os balanços.

Magazine Luiza (MGLU3): Time grande não cai…

A magalu reportou números sólidos no trimestre. O crescimento do GMV de 60% para R$ 13,7 bilhões veio em cima de uma forte base comparativa no 2T20, em que haviam apresentado um aumento de 139% a/a. Essa valorização foi um reflexo do aumento no e-commerce (46,4% a/a) e de 111,6% nas lojas físicas, número alto, considerando que parte de suas lojas físicas estavam fechadas em abril devido ao alto número de casos de Covid. Em relação ao marketplace, com 90k sellers cadastrados na plataforma, observamos um crescimento a/a de 63,3%, com fortes ganhos de marketshare, impulsionado pela boa performance do superapp, com 32 milhões de usuários ativos mensais. Do lado operacional, destacamos ainda a redução das despesas, que atingiram um dos menores percentuais históricos (20,6% da receita líquida). Com o forte crescimento de vendas, aliado à eficiência operacional da Magalu, o EBITDA reportado atingiu R$ 455 milhões, implicando em uma valorização a/a de 209%. Com todas as melhorias operacionais, a Magalu conseguiu reverter o prejuízo de R$ 62 milhões no 2T20, para um lucro líquido de R$ 96 milhões no 2T21, superando as nossas estimativas e as do mercado.

Pontos Positivos 

  • Ganho consistente de participação de mercado: GMV total cresceu 60% a/a, atingindo R$ 13,7 bilhões, reflexo do aumento de 46,4% no e-commerce total e de 111,6% nas lojas físicas.
  • E-Commerce em ritmo acelerado: Com destaque para o crescimento do marketplace de 63,3% a/a, impulsionado pelo aumento do número de clientes ativos, bem como o maior número de vendedores na plataforma.
  • Despesas atingindo um dos menores patamares históricos: Representando 20,6% da receita líquida neste tri, uma redução de 2,5 p.p comparado ao 2T20.
  • Fintech: Crescimento de 19,5% no número de cartões de crédito, que totalizaram 6 milhões em junho. Destacamos ainda o crescimento do faturamento (TPV) de 63% a/a, atingindo R$ 9,6 bilhões.

Pontos Negativos  

  • Aumento de competição no setor. Com os seus pares ganhando marketshare no setor, enxergamos o ambiente se tornando cada vez mais competitivo.
  • Prolongamento da pandemia ainda deve afetar as operações físicas.

Lojas Americanas e Americanas (LAME4 e AMER3): Não se deixe enganar…

O primeiro resultado reportado com o novo DNA não nos impressionou. O crescimento de 32,6% a/a do GMV pode parecer impressionante, mas foi inferior ao reportado da Via e da Magalu, de 51% e 60% a/a respectivamente. Destacamos ainda o EBITDA de R$1,1 bilhões, o que implica em uma valorização a/a de 45%. Entretanto, reforçamos que há um resultado não recorrente de R$ 418 milhões advindo dos impostos diferidos da fusão das 2 companhias, que ao retirarmos da base de cálculo, chegamos no EBITDA ajustado de R$ 653 milhões, uma queda de 11,6% a/a. Do lado positivo, destacamos a robusta operação do e-commerce, contendo 49 milhões de clientes ativos, o maior número entre as varejistas listadas no Brasil. Gostamos também do aumento do número de sellers e SKU´s (Unidade de Manutenção de Estoques) no marketplace, alcançando os valores de 105 e 70 milhões, também os maiores valores entre os players brasileiros.

Pontos Positivos 

  • Ganho de participação de mercado: GMV total cresceu 32,6% a/a, atingindo R$ 12,6 bilhões.
  • Marketplace em expansão: Crescimento de 34,7% a/a, impulsionado pelo aumento do número de clientes ativos, bem como o maior número de vendedores na plataforma.
  • Entrega rápida: O prazo de entrega segue em rápida evolução. No 2T21, as entregas realizadas em até 3h atingiram 14,5% do total, enquanto as realizadas em até 24 horas, representaram 51% do total.
  • M&A’s: Aquisição da HNT e Grupo Uni.Co alinhada a estratégia da Americanas de oferecer “Tudo. A toda hora. Em qualquer lugar”
  • Confiança: Anúncio do programa de recompra de até 17,5m de ações, mostrando aos investidores a confiança dos controladores na melhora dos resultados futuros.

Pontos Negativos  

  • Queda de margens operacionais.
  • Aumento de competição no setor. Com os seus pares ganhando marketshare no setor, enxergamos o ambiente se tornando cada vez mais competitivo.
  • Prolongamento da pandemia, ainda deve afetar as operações físicas.
Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações