Publicado em 01 de Dezembro às 01:00:00
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Em novembro, o Ibovespa rompeu 150 mil pontos pela primeira vez e chegou a superar 158 mil, acumulando valorização superior a 50% em dólar no ano e colocando o Brasil entre os emergentes de melhor desempenho global. O movimento foi sustentado por forte entrada de capital estrangeiro, que atingiu cerca de 30 bilhões de reais no ano com potencial de chegar a 40 bilhões em dezembro. A alocação estrangeira na bolsa alcançou 58%, o maior patamar em muito tempo, refletindo a busca por carry trade em ambiente de juros reais elevados.
A economia doméstica mostrou sinais de desaceleração, com o IBC-Br caindo 0,24% em setembro, evidenciando que a política monetária está produzindo os efeitos esperados com juro real próximo a 10%. A inflação surpreendeu positivamente, com IPCA de outubro em 0,09% contra expectativa de 0,15%, levando o acumulado em 12 meses para 4,68%. Pela primeira vez em muito tempo, a Focus trouxe projeção de inflação para 2025 em 4,46%, abaixo do teto da meta de 4,5%, abrindo espaço para apostas em início do ciclo de corte de juros já no primeiro trimestre de 2026.
O Banco Central manteve a Selic em 15% em novembro, surpreendendo parte do mercado com tom cauteloso no comunicado, mas falas posteriores de Galípolo foram lidas como mais dependentes de dados. O mercado passou a precificar cerca de 85% de chance de corte de 25 pontos-base em janeiro, com o DI para dezembro de 2026 recuando de 13% para 12,20%. Esse fechamento na curva de juros, combinado com perspectiva de afrouxamento monetário global, criou ambiente favorável para ativos domésticos de todos os segmentos.
O Ibovespa está sendo negociado a 9,4x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,6x, sinalizando que mesmo após o rally expressivo do ano, as ações brasileiras permanecem relativamente baratas. Se considerarmos o índice excluindo Petrobras e Vale, o múltiplo sobe para 11,1x P/L, ainda abaixo da média histórica de 12,0x, evidenciando que a descontagem não se limita apenas às commodities mas está presente em todo o mercado.
A análise setorial reforça oportunidades específicas. Ações de empresas ligadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 10,1x P/L projetado, ligeiramente abaixo da média histórica de 10,3x, enquanto empresas exportadoras operam a 9,1x P/L contra média de 11,2x, sugerindo desconto mais acentuado neste segmento. As Small Caps apresentam o maior gap relativo, negociadas a 10,1x P/L versus média histórica de 13,7x, indicando potencial de rerating significativo em ambiente de queda de juros. As Mid-Large Caps estão a 9,3x P/L contra média de 10,1x, completando o quadro de valuations comprimidos em praticamente todos os segmentos do mercado brasileiro.
A dinâmica macroeconômica brasileira em novembro confirmou desaceleração gradual da atividade sob efeito de juros reais extremamente elevados. O setor de serviços cresceu 0,6% em setembro, marcando o oitavo mês consecutivo de expansão e atingindo recorde histórico 19,5% acima dos níveis pré-pandemia, mas o IBC-Br contraiu 0,24%, sinalizando perda de fôlego no terceiro trimestre. O mercado de trabalho deu sinais adicionais de arrefecimento, com o Caged de outubro mostrando criação de 110 mil vagas contra 213 mil em setembro, ficando abaixo das expectativas. O desemprego permaneceu em níveis historicamente baixos em torno de 5,4%, mas o rendimento médio real zerou a tendência de alta, sinalizando que a espiral salários-inflação havia sido contida.
A inflação surpreendeu muito positivamente, consolidando a tese de convergência para a meta. O IPCA de outubro veio em 0,09% contra expectativa de 0,15%, levando a inflação acumulada em 12 meses de 5,17% para 4,68%, a maior queda mensal em vários trimestres. A deflação em alimentos passou de alta de 7,5% em junho para 4% em outubro, retirando aproximadamente 50 pontos-base do índice geral. O IPCA-15 de novembro confirmou a tendência com 0,20% contra 0,48% anterior, levando a inflação em 12 meses para 4,50%, exatamente no teto da meta. Pela primeira vez em muito tempo, a Focus trouxe projeção de inflação dentro da meta para 2025, com economistas reduzindo estimativa de 5,51% no início do ano para 4,46%.
A curva de juros futuros reagiu de forma expressiva à combinação de inflação mais baixa com sinais de desaceleração. As taxas do DI para dezembro de 2026 saíram de patamares próximos a 13% para fechar perto de 12,20%, com o mercado precificando aproximadamente 85% de probabilidade de corte de 25 pontos-base em janeiro. O real operou a maior parte do mês na faixa entre 5,27 e 5,35 reais por dólar, estabelecendo-se como a segunda melhor moeda do mundo em total return com valorização de 30% no ano. O Banco Central atuou de forma proativa, oferecendo leilões de 45 mil contratos diários de swaps contra 40 mil dos meses anteriores, contribuindo para manter o real estável mesmo em ambiente de saídas sazonais.
Os principais índices do mercado brasileiro estão sendo negociados entre a média dos últimos seis meses e o segundo desvio padrão. Esse nível técnico indica que há pouco espaço para valorização, sendo esperado uma realização ou lateralização.
Para quem está pensando em entrar agora, o momento exige cautela, já que a assimetria do mercado está negativa. O potencial de retorno começa a diminuir em relação ao risco assumido e para encontrá-lo é necessário buscar por empresas que apresentam maior risco, como as Small Caps.
Para os investidores que já estão posicionados, a recomendação é de manter as posições, ou buscar uma realização parcial para posições muito lucrativas. Para quem investe com horizonte de longo prazo, as empresas de menor capitalização seguem oferecendo as melhores assimetrias e oportunidades de valorização.
Nossa alocação em ativos brasileiros permanece posicionada para capturar a assimetria de cenários que se desenha para 2026. A carteira mantém exposição robusta em empresas de menor capitalização e ligadas ao cenário doméstico. A tese central repousa em três pilares: o ciclo global de corte de juros favorecendo mercados emergentes, a perspectiva doméstica de início da flexibilização monetária no primeiro trimestre de 2026, e a assimetria política associada à possível alternância de poder nas eleições de 2026.
O ambiente externo favorável está se consolidando de forma consistente, com o mundo atravessando um dos maiores ciclos de cortes de juros sincronizados das últimas décadas. Bancos centrais estão reduzindo taxas com economias ainda crescendo entre 2% e 3% ao ano e, principalmente, com lucros das empresas ainda em trajetória de alta. Essa combinação cria ambiente extremamente favorável para ativos de risco, com custo de capital caindo, múltiplos se expandindo e apetite por risco aumentando. O Brasil se beneficia duplamente, tanto pelo vento externo favorável quanto pela magnitude do diferencial de juros que oferece carry extremamente atrativo. A inflação recuou de forma expressiva, e o mercado de trabalho apresentou sinais de enfraquecimento sem colapso, exatamente o que se espera com juro real de 10%. Caso o Banco Central corte 25 pontos-base em janeiro conforme precificado pelo mercado com 85% de probabilidade, seguido de cortes adicionais, o mercado passaria a trabalhar com Selic terminal abaixo de 12% para o final de 2026.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 10,68% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 6,37%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 37,67% contra uma alta de 32,25% do Ibovespa. Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Cogna (COGN3), Direcional (DIRR3), JHSF (JHSF3), Lavvi (LAVV3), Moura Dubeux (MDNE3) e Neoenergia (NEOE3). Com Inclusão das ações da Bradesco (BBDC4), BR Partners (BRBI11), Copasa (CSMG3), Eneva (ENEV3), Track&Field (TFCO4) e Vulcabras (VULC3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão e pertencentes ao IBRA (Índice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 8,16% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 6,37%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 38,64% contra uma alta de 32,25% do Ibovespa. Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Direcional (DIRR3). Com Inclusão das ações da Bradesco (BBDC4).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 12,54% no mês de novembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 6,03%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 51,83% contra uma alta de 35,56%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Lavvi (LAVV3), Moura Dubeux (MDNE3), Direcional (DIRR3), Bemobi (BMOB3), Cury (CURY3) e Aliansce Sonae (ALOS3). Com Inclusão das ações da BR Partners (BRBI11), Banrisul (BRSR6), Copasa (CSMG3), Track&Field (TFCO4), Unipar (UNIP6) e Vulcabras (VULC3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 9,16% no mês de novembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 6,03%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 54,23% contra uma alta de 35,56%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Melnick (MELK3) e Trisul (TRIS3). Com Inclusão das ações da Banco Pine (PINE4) e BR Partners (BRBI11).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 9,96% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 5,31%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 54,05% contra uma alta de 28,11%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Lavvi (LAVV3), Direcional (DIRR3) e MBRF (MBRF3). Com Inclusão das ações da Bradesco (BBDC4), CPFL Energia (CPFE3) e Copasa (CSMG3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 8,49% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 7,62%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 23,29% contra uma alta de 38,69%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Cogna (COGN3) e Neoenergia (NEOE3). Com Inclusão das ações da Bradesco (BBDC4) e Copasa (CSMG3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.