Publicado em 30 de Maio às 22:00:00
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Maio se encerrou com um tom de cautela renovada, à medida que o cenário fiscal dos Estados Unidos passou a ocupar o centro das atenções, substituindo as tensões tarifárias como principal preocupação de longo prazo. O foco do mercado migrou da desaceleração global para a sustentabilidade da dívida americana e seus efeitos sobre o dólar e os fluxos de capital.
No Brasil, a expectativa pelo fim do ciclo de aperto monetário ganhou força com dados de inflação mais benignos, o que trouxe um otimismo moderado para os ativos locais. O mês foi marcado por uma transição nas narrativas de mercado, com investidores ajustando suas estratégias diante de riscos fiscais persistentes nos EUA e um ambiente doméstico mais favorável à renda variável.
O Ibovespa está sendo negociado a 7,9 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses, um patamar ainda abaixo da média histórica de 10,6 vezes. Esse desconto reforça a percepção de que, apesar da recente valorização, a bolsa brasileira segue atrativa do ponto de vista de valuation.
Excluindo Petrobras e Vale — que têm grande peso no índice e características específicas —, o Ibovespa opera a 9,9x P/L projetado, também abaixo da média histórica de 12,0x. Isso mostra que mesmo entre os demais componentes do índice há espaço para reprecificação.
As empresas ligadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 9,5x P/L, ante média de 11,9x, refletindo o impacto da incerteza local, mas também abrindo oportunidade com a expectativa de queda de juros. Já as exportadoras negociam a 7,4x, abaixo da média de 9,6x, indicando que fatores externos ainda pesam sobre o preço desses ativos.
As Small Caps seguem fortemente descontadas, com P/L de 9,4x contra média histórica de 14,0x, um dos maiores desvios do mercado. As Mid-Large Caps operam a 7,8x, ante média de 10,3x, reforçando o cenário de bolsa barata em quase todos os segmentos.
A atividade econômica brasileira demonstra resiliência, com um mercado de trabalho ainda aquecido, o que, por um lado, sustenta o consumo, mas, por outro, pode exercer pressão sobre a inflação de serviços. A inflação corrente, medida pelo IPCA-15 de maio, surpreendeu positivamente, ficando abaixo das expectativas do mercado. Este dado, somado a um discurso mais brando por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), solidificou a percepção de que a taxa Selic está próxima do seu pico, possivelmente em 14,75% a.a., abrindo caminho para um ciclo de cortes a partir do segundo semestre.
Essa perspectiva tem provocado um fechamento na curva de juros futuros (DI), especialmente nos vértices mais longos (bull flattening), refletindo a confiança do mercado na ancoragem das expectativas inflacionárias. O real tem encontrado suporte nos termos de troca favoráveis, com commodities agrícolas em patamares elevados, e na expectativa de entrada de capital financeiro e produtivo, atraído pelos juros reais ainda elevados e pelos valuations atrativos da bolsa.
Contudo, o risco fiscal permanece como um ponto de atenção crucial. Medidas como o aumento do IOF, buscando o ajuste fiscal majoritariamente pelo lado da receita em vez do controle de despesas, minam a previsibilidade e podem pressionar tanto a curva de juros quanto a taxa de câmbio, limitando a queda das taxas longas e o apetite por risco. Apesar disso, o Brasil se destaca por um ROE (Retorno sobre o Patrimônio) alto e um P/L (Preço/Lucro) baixo em sua bolsa, com uma curva de juros que tem mostrado certa resistência a choques externos.
O impacto dessa conjuntura é favorável para a renda variável local, especialmente para ações de empresas sensíveis à queda de juros (rate-sensitives), como as ligadas ao consumo, varejo e construção civil.
Em maio, o mercado acionário brasileiro registrou uma entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 11,5 bilhões até o dia 28. No ano o fluxo acumulado já supera R$ 22 bilhões.
Já os investidores institucionais locais apresentaram uma saída líquida de R$ 8,1 bilhões, maior saída desde dezembro do ano passado. No acumulado de 2025, as retiradas já somam R$ 21,5 bilhões. Se esse movimento se confirmar, será o 13º mês consecutivo de saída líquida, totalizando R$ 61,5 bilhões nos últimos 12 meses.
Os investidores pessoa física tiveram uma saída pequena de R$ 38 milhões. No acumulado de 2025, o saldo é positivo, com entrada líquida de R$ 3,5 bilhões, reforçando a presença constante do investidor doméstico no mercado.
Após uma forte movimentação de alta nos meses, os principais índices do mercado brasileiro passaram a ser negociados entre o segundo e o terceiro desvio padrão acima de sua média de 6 meses. Esse patamar técnico acende um sinal de alerta, especialmente para investidores que buscam novas alocações ou que operam com foco tático. A assimetria, neste momento, é negativa.
Para quem já está exposto ao mercado, o momento pode ser oportuno para avaliar a realização parcial de lucros. Quando os índices se aproximam de níveis historicamente elevados, é comum observarmos um aumento da volatilidade ou até correções pontuais.
Diante desse cenário, fizemos ajustes nas carteiras com o objetivo de reduzir o impacto de uma eventual correção e encerrar posições que consideramos apresentar risco-retorno menos favorável. A estratégia busca preservar ganhos recentes e manter um portfólio mais defensivo frente ao novo equilíbrio do mercado.
Mantemos uma carteira com perfil defensivo, priorizando empresas sólidas e com boa geração de caixa. A alocação será de 85% em ações com foco no mercado doméstico, que devem se beneficiar da esperada queda dos juros, e 15% em empresas exportadoras, como forma de mitigar riscos cambiais e capturar eventuais ganhos com a desvalorização do dólar global.
Seguimos monitorando de perto os desdobramentos macroeconômicos e políticos, tanto no Brasil quanto no exterior, prontos para ajustar nossas estratégias conforme necessário. A volatilidade deve continuar presente, mas a seletividade e a diversificação permanecem como pilares fundamentais para a construção de um portfólio resiliente e rentável.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 7,96% no mês de maio. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 1,45%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 23,32% contra uma alta de 13,92% do Ibovespa. Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Cury (CURY3), Engie (EGIE3), Wilson Sons (PORT3), Irani (RANI3), Sanepar (SAPR11) e Tenda (TEND3). Com Inclusão das ações da Alupar (ALUP11), Bradesco (BBDC4), CPFL Energia (CPFE3), Sabesp (SBSP3), SLC Agricola (SLCE3) e Unipar (UNIP6).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -4,32% no mês de maio. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 1,45%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 17,31% contra uma alta de 13,92% do Ibovespa. Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Banco do Brasil (BBAS3), JBS (JBSS3) e Santander (SANB11). Com Inclusão das ações da Bradesco (BBDC4), Caixa Seguridade (CXSE3) e Petro Rio (PRIO3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 11,45% no mês de maio. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 5,94%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 17,23% contra uma alta de 25,12%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Lavvi (LAVV3), Log CP (LOGG3), Tupy (TUPY3) e Vulcabras (VULC3). Com Inclusão das ações da Plano & Plano (PLPL3), BR Partners (BRBI11), CSU Digital (CSUD3) e Tenda (TEND3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 17,48% no mês de maio. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 5,94%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 31,24% contra uma alta de 25,12%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Bemobi (BMOB3), Cruzeiro do Sul (CSED3), Portobello (PTBL3), Track&Field (TFCO4) e Tegma (TGMA3). Com Inclusão das ações da Armac (ARML3), BR Partners (BRBI11), Brisanet (BRST3), Méliuz (CASH3) e CM Hospitalar (VVEO3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 4,79% no mês de maio. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 1,31%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 24,69% contra uma alta de 11,75%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Banco do Brasil (BBAS3), Plano & Plano (PLPL3) e Irani (RANI3). Com Inclusão das ações da Caixa Seguridade (CXSE3), Direcional (DIRR3) e Taesa (TAEE11).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -1,23% no mês de maio. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 3,84%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 12,54% contra uma alta de 23,28%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da B3 (B3SA3), Copel (CPLE6), Equatorial (EQTL3), Wilson Sons (PORT3) e RaiaDrogasil (RADL3). Com Inclusão das ações da Azzas 2154 (AZZA3), Cemig (CMIG4), CPFL Energia (CPFE3), Copasa (CSMG3) e Itaú Unibanco (ITUB4).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.