Filipe Villegas

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Publicado em 31 de Julho às 22:00:00

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Agosto 2025

Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em agosto de 2025.

Nos mercados globais, as bolsas americanas, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, registraram novas máximas históricas ao longo de julho. Esse desempenho foi sustentado pela percepção de uma economia dos EUA resiliente, porém em desaceleração controlada, o chamado “pouso suave”, além da queda da volatilidade, com o índice VIX atingindo níveis mínimos históricos.

O dólar global, medido pelo índice DXY, indicou uma recuperação após dados econômicos mais fortes nos EUA. Já as taxas de juros de longo prazo nos EUA, especialmente títulos de 10 e 30 anos, sofreram pressão para alta, com os títulos de 30 anos se aproximando de 5%. Esse movimento reflete a atuação dos chamados “bond vigilantes”, mercado que exige juros maiores para financiar o crescente endividamento americano.

Por fim, os recentes acordos comerciais dos EUA com Japão e Zona do Euro, que estabeleceram tarifas de 15%, junto à extensão por mais 90 dias da trégua tarifária com a China, reduziram os riscos de uma desaceleração global mais severa, trazendo maior estabilidade ao cenário econômico internacional.

Desempenho no mês

Cenário Macro

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, dados recentes indicam que a economia segue resiliente, com um mercado de trabalho ainda robusto. Em junho, o Payroll surpreendeu positivamente, com a criação de 140 mil novas vagas, embora o setor privado tenha gerado 77 mil. O índice ISM de manufatura mostrou desempenho melhor que o esperado, apesar da desaceleração em novas ordens e emprego, enquanto o ISM de serviços registrou expansão nas novas ordens.

A confiança do consumidor atingiu sua maior alta desde fevereiro, impulsionada pela valorização das bolsas, que também refletiu nas vendas no varejo, que superaram estimativas após dois meses de queda. O Federal Reserve mantém postura cautelosa, afirmando que a economia não está “gritando por ajuda” e que há espaço para “esperar para ver” o efeito das tarifas na inflação. A possibilidade de cortes de juros em julho foi praticamente descartada, com o mercado projetando apenas dois cortes no ano. A taxa de desemprego recuou para 4,1%, enquanto a inflação de bens teve leve alta e a inflação de serviços se manteve estável.

Caso os dados permaneçam fortes, o Fed pode adotar uma postura mais rígida, com juros “mais altos por mais tempo”. A política fiscal expansionista, com aumento da dívida acima de US$ 3 trilhões sob o governo Trump, é um fator de atenção para juros longos e inflação.

China

Na China, a economia apresentou resultados mistos. O PIB cresceu 5,2%, acima do esperado, impulsionado pela produção industrial. Porém, preocupa a deflação persistente no preço ao produtor, que já dura 33 meses consecutivos, e a fragilidade do setor imobiliário, com investimentos caindo 11% e preços recuando 15%. Esses indicadores reforçam a necessidade de mudança no modelo de crescimento chinês, priorizando o consumo interno em vez das exportações. Em resposta, o governo sinalizou medidas para frear a guerra de preços deflacionários e reduzir o excesso de capacidade industrial. O minério de ferro reagiu positivamente a essas ações, atingindo US$ 105.

Brasil

A curva de juros brasileira de longo prazo registrou alta, com as taxas subindo devido à combinação de pressões nos juros globais e a situação fiscal doméstica desafiadora. A taxa Selic, mantida em 15%, reflete um custo elevado que o país paga para financiar seu crescimento baseado em endividamento.

Atualmente, a dívida pública bruta alcança 89,92% do PIB, e as projeções do Tesouro Nacional indicam que essa dívida pode chegar a 79% do PIB até 2026, representando a segunda maior deterioração fiscal em um mandato presidencial desde 1993, comparável ao período pós-Dilma. Esse contexto fiscal limita a possibilidade de quedas mais expressivas nos juros de longo prazo no Brasil.

Além disso, sinais recentes mostram que a economia começa a reagir ao custo elevado do dinheiro. A confiança nos setores de serviços e comércio caiu, enquanto o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) desacelera. Apesar da taxa de desemprego estar em níveis historicamente baixos, de 5,8%, preocupa a sustentabilidade do crescimento da massa salarial sem ganho de produtividade, situação que pode pressionar a inflação no futuro.

Criptoativos

Julho foi um mês excepcional para o mercado de criptoativos. O Bitcoin atingiu novos recordes, ultrapassando inicialmente a marca de US$ 120 mil e chegando a superar US$ 123 mil. Paralelamente, o ETF $IBIT da BlackRock registrou crescimento histórico, alcançando US$ 80 bilhões em apenas 374 dias, tornando-se o ETF mais rápido a atingir esse valor na história.

A principal novidade para o setor veio dos Estados Unidos, com a aprovação e sanção do GENIUS Act, a primeira legislação federal dedicada às stablecoins. Essa lei exige que as stablecoins tenham reservas em dólar na proporção 1:1, passíveis de auditoria, além de dispensar sua classificação como “security” ou “commodity” quando emitidas por entidades autorizadas. Outros projetos regulatórios, como o Digital Asset Market Clarity Act e o Anti-CBDC Act, também avançaram na Câmara, enquanto o Senado iniciou a tramitação de uma legislação unificada, indicando que uma estrutura regulatória abrangente poderá ser concluída até setembro.

A aprovação do GENIUS Act representa um marco importante, pois confere maior legitimidade às stablecoins, libera a entrada de capital institucional e abre caminho para que as criptomoedas se consolidem como uma classe de ativos reconhecida globalmente.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

Mantemos o foco em ações americanas dos setores de tecnologia e inteligência artificial, que têm sustentado a alta da bolsa, mesmo diante de valuations elevados. As perspectivas favoráveis de lucro e a expectativa de cortes de juros pelo Fed reforçam o potencial de crescimento desses segmentos para impulsionar os índices.

No mercado de renda fixa brasileiro, reduzimos a exposição em títulos pré-fixados, aumentando a alocação em títulos pós-fixados. Essa estratégia busca diminuir os riscos relacionados à incerteza fiscal e à inflação no curto prazo, aproveitando a remuneração atrativa dos juros altos em um cenário de Selic estável, com menor volatilidade de mercado.

Em criptoativos, ampliamos a preferência por projetos além do Bitcoin, focando em ativos com grande capitalização de mercado como Ether e Solana. A aprovação de regulamentações nos EUA para stablecoins, junto à expectativa de uma estrutura regulatória mais abrangente, deve liberar um novo ciclo de entrada de capital institucional, reduzir a incerteza e fortalecer o crescimento sustentável dessa classe de ativos.

Carteira BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 8,19% no mês de julho. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 6,15%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -12,34% contra uma baixa de -1,70%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Citigroup (CTGP34), Asml (ASML34) e Pfizer (PFIZ34). Com Inclusão das ações da Aura 360 (AURA33), Oracle (ORCL34) e Palantir Technologies (P2LT34).

A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.

Carteira ETF MACRO

Para o mês de agosto de 2025, seguindo a estratégia da Carteira ETF, recomendamos compra de XINA11 (China), FOMO11 (Crypto Momentum), GOAT11 (S&P500 + IMA-B), GOLD11 (Ouro) e TECK11 (NYSE Fang +), com alocação de 20% para cada ativo. A carteira ETF Macro apresentou uma alta de 3,82% no mês de julho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Carteira RF+

A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,20% no mês de julho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 7,86% contra uma alta de 7,72%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de julho não houve alteração da carteira, apenas dos pesos do ativos.

A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.

Carteira CriptoFIX

A carteira CriptoFIX apresentou uma alta de 7,71% no mês de julho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,66% contra uma alta de 7,72%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de julho, foram alterados apenas os pesos dos ETFs na composição da carteira.

A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.

Carteira Cripto++

A carteira Cripto++ apresentou uma alta de 16,92% no mês de julho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 1,74% contra uma alta de 7,72%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de julho, foram alterados apenas os pesos dos ETFs na composição da carteira.

A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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