Publicado em 01 de Fevereiro às 22:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em fevereiro de 2025.
O ano começou com desafios para os ativos globais, marcados por eventos de grande impacto nos mercados financeiros. Entre os destaques, tivemos o início da temporada de balanços nos EUA, a decisão de política monetária do FOMC, a posse de Donald Trump e o evento DeepSeek, que abalou o setor de tecnologia com seu efeito disruptivo. Esses fatores adicionaram volatilidade e trouxeram novas dinâmicas para o mercado.
Apesar desse cenário, continuamos otimistas com inteligência artificial (AI) e criptoativos, mas adotamos uma postura mais conservadora, priorizando maior diversificação. O impacto crescente da IA nos mercados e a evolução do ecossistema cripto ainda representam oportunidades significativas, mas exigem um acompanhamento cauteloso diante das oscilações do cenário macroeconômico.
Para a estratégia de renda fixa, aumentamos nossa exposição a um cenário de fechamento da curva de juros no Brasil. A expectativa de redução das taxas futuras ao longo do ano reforça o potencial desse posicionamento, que contou com uma “stopagem” no final de janeiro.
O Brasil começou 2025 com um panorama misto, refletindo sinais de desaceleração inflacionária, estagnação em alguns setores econômicos e desafios fiscais contínuos. A prévia da inflação em janeiro foi de 0,11%, mostrando uma perda de força em relação ao mês anterior, impulsionada pela desaceleração no aumento das tarifas de energia elétrica residencial.
No campo fiscal, as discussões sobre o equilíbrio das contas públicas e a necessidade de reformas estruturais seguem no centro da agenda econômica. O governo enfrenta dificuldades para ajustar o orçamento, ao mesmo tempo que lida com pressões para ampliar gastos em áreas prioritárias, como saúde e infraestrutura. Esse impasse continua sendo um fator crítico para a trajetória dos ativos locais.
No mercado, os ativos brasileiros vêm passando por uma descompressão de prêmio de risco, refletindo um ajuste de posições por parte de gestores locais que estavam fortemente “vendidos em Brasil”. O pessimismo generalizado que dominou os últimos meses parece estar perdendo força, o que tem levado investidores a revisarem suas estratégias.
Ao mesmo tempo, há sinais de possível queda na popularidade de Lula, o que alimenta a tese de alternância de poder em 2026 – um cenário que historicamente tende a ser positivo para os ativos locais. No entanto, essa mesma queda de aprovação pode levar o governo a adotar medidas populistas de curto prazo, o que, por outro lado, poderia trazer riscos ao mercado. O equilíbrio entre esses fatores favorece, por ora, um viés mais otimista, mas com maior probabilidade de volatilidade ao longo do ano.
Janeiro de 2025 foi um mês marcado por intensos debates sobre política monetária e sinais de moderação no crescimento econômico global. O Federal Reserve (Fed) manteve uma postura cautelosa em relação às taxas de juros, equilibrando o controle inflacionário com a sustentação do mercado de trabalho. Jerome Powell reforçou que o Fed não está com pressa para cortar juros até que haja mais progresso nos dados de inflação e emprego, deixando o mercado atento aos próximos indicadores macroeconômicos. Um dos principais pontos de atenção global segue sendo a possibilidade de reaceleração da inflação nos EUA, o que poderia pressionar a política monetária e retardar cortes nas taxas.
No cenário político, as declarações de Donald Trump sobre tarifas comerciais marcaram sua posse. Embora tenha adotado um tom menos agressivo em relação à China do que se temia inicialmente, voltou a mencionar uma taxa de 25% sobre importações do Canadá e do México, reacendendo preocupações comerciais. No entanto, vale lembrar que Trump já utilizou estratégias similares no passado, anunciando tarifas elevadas e, posteriormente, recuando em algumas delas.
Além disso, o início de 2025 trouxe mudanças disruptivas para o setor de Inteligência Artificial (IA), impulsionadas pelo lançamento do modelo DeepSeek R1. O avanço da DeepSeek mostrou, na prática, o conceito de “inteligência à venda” – algo positivo para consumidores, mas preocupante para empresas que investiram pesado no setor. O DeepSeek R1, com 32B parâmetros ativos, superou benchmarks líderes a um custo operacional significativamente menor, estimado em 1/20 dos concorrentes. Mais impactante ainda, o modelo foi lançado de forma totalmente aberta, incluindo sua metodologia de treinamento e destilações, permitindo que usuários o executem localmente, sem depender de servidores centralizados ou levantar preocupações sobre privacidade de dados.
O impacto desse avanço foi sentido imediatamente nos mercados, afetando tanto o NASDAQ quanto os criptoativos. O modelo utiliza uma arquitetura avançada de “mistura de especialistas”, otimizando o uso de recursos e reduzindo drasticamente os custos operacionais. Esse avanço coloca em destaque investimentos massivos em IA, como o projeto Stargate, avaliado em US$ 500 bilhões, e o aporte privado de US$ 60 bilhões da Meta, que podem precisar de uma recalibração estratégica.
Para contextualizar, o modelo anterior da DeepSeek, o DeepSeek v3, já havia demonstrado uma redução de custo impressionante, com treinamento estimado em apenas US$ 5,6 milhões – cerca de 10 vezes menor do que o necessário para modelos como GPT-4o ou Claude 3.5 Sonnet. Além disso, os custos de API do DeepSeek R1 são drasticamente mais baixos do que os concorrentes. Ele cobra US$ 0,14 por milhão de tokens de entrada para acertos de cache, 98% mais barato que o modelo O1 da OpenAI, que custa US$ 60. Para tokens de saída, o custo do DeepSeek R1 é de US$ 2,19 por milhão de tokens, comparado aos US$ 60 da OpenAI.
Esses números mostram o impacto potencial da DeepSeek no mercado de IA e reforçam que o setor pode estar à beira de uma disrupção ainda maior, colocando em xeque os modelos de negócios das gigantes da tecnologia.
O mercado de alta atual do Bitcoin, que atualmente passa por um período de acomodação, apresenta diversas semelhanças estruturais com o ciclo de 2015–2018. Ao analisar o desempenho de preço e os padrões de retração dos últimos quatro ciclos, emergem tendências-chave que ajudam a contextualizar o momento atual do ativo.
À medida que o setor cripto se torna mais competitivo, investidores institucionais estão cada vez mais atentos a qual ecossistema blockchain se consolidará na liderança. Dois dos principais concorrentes são Ethereum (ETH) e Solana (SOL), ambos apresentando características distintas que podem influenciar sua adoção nos próximos anos.
O Ethereum segue sendo a blockchain mais adotada por investidores institucionais, consolidando-se como a base para contratos inteligentes e aplicações descentralizadas (dApps). Seus principais diferenciais incluem:
Por outro lado, a Solana vem se destacando como uma alternativa de alta performance, atraindo tanto investidores de varejo quanto institucionais devido a sua capacidade de transação superior:
Tanto o Ethereum quanto a Solana possuem fundamentos sólidos para liderar o espaço blockchain em 2025.
Dado o cenário dinâmico do mercado cripto, investidores devem monitorar de perto os desenvolvimentos nesses dois ecossistemas para tomar decisões estratégicas. A disputa pela liderança blockchain segue intensa, e 2025 promete ser um ano crucial para essa evolução.
(1) Renda Fixa: Diante do melhor desempenho da curva de juros, aliado a dados mais fracos sobre a economia brasileira, um tom mais ameno do governo e um Banco Central adotando postura mais dovish, aumentamos nossa exposição em ativos que se beneficiam de um fechamento da curva de juros. No entanto, essa alocação prioriza ativos de duration menor, garantindo maior flexibilidade e proteção contra eventuais mudanças no cenário econômico.
(2) Empresas Internacionais: Após os primeiros resultados corporativos e o impacto inicial do efeito DeepSeek, optamos por trazer um portfólio mais diversificado para fevereiro. Ainda acreditamos no forte potencial das empresas correlacionadas à inteligência artificial, porém, a seletividade será um fator determinante para capturar valor nesse setor. Até o momento, a economia americana tem mostrado sinais de acomodação, mas sem indicar uma recessão iminente. Pelo contrário, os dados seguem resilientes. Diante disso, continuamos acreditando no potencial de longo prazo da IA, mas reconhecemos que o impacto do DeepSeek, embora disruptivo, ainda passará por um período de maturação no mercado. Assim, buscamos um posicionamento mais balanceado, mantendo exposição ao setor, mas ampliando a diversificação do portfólio.
(3) Cripto: Embora mantenhamos uma visão otimista para os criptoativos em 2025, adotamos uma abordagem mais conservadora, aumentando a diversificação dentro do setor. Para isso, reforçamos nossa exposição em Bitcoin e Solana, ativos que demonstram maior solidez e aceitação institucional. Os recentes movimentos do mercado, combinados com a ausência de gatilhos claros no curto prazo, podem levar os criptoativos a um período de acomodação antes da próxima onda de valorização. Diante disso, nossa estratégia prioriza posições mais defensivas, aproveitando as oportunidades do setor sem assumir riscos excessivos.
A carteira BDR 5+ apresentou uma baixa de -2,32% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho negativo de -4,23%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -2,32% contra uma baixa de -4,23%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Aura 360 (AURA33) e Tesla (TSLA34). Com Inclusão das ações da Bank Of America (BOAC34) e Mercado Libre (MELI34).
A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.
Para o mês de fevereiro de 2025, recomendamos compra de It Now IFNC (FIND11), Hashdex Nasdaq Crypto Index FI (HASH11), Gaming / E-sports (JOGO11), Juro Pré Curto (IRFM11) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de janeiro de 2025, a Carteira de ETF MACRO avançou 2,52% contra uma alta de 0,96%, no mesmo período, do CDI.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,19% no mês de janeiro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 0,96%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 1,19% contra uma alta de 0,96%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de janeiro, foi retirado a ETF Debêntures DI (DEBB11). Com Inclusão da ETF, Juro Pré Curto (IRFM11).
A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.
A carteira CriptoFIX apresentou uma alta de 1,87% no mês de janeiro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 0,96%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 1,87% contra uma alta de 0,96%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de janeiro não houve alteração da composição, apenas dos pesos dos ativos.
A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.
A carteira Cripto++ apresentou uma alta de 0,60% no mês de janeiro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 0,96%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 0,60% contra uma alta de 0,96%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de janeiro, não foi retirado nenhum ETF. Com Inclusão da ETF, Solana Hashdex (SOLH11) e alteração dos pesos de cada ETF na carteira.
A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)