Publicado em 01 de Janeiro às 21:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em janeiro de 2025.
A partir de janeiro de 2025, nossas recomendações serão segmentadas entre Ações e BDRs & ETFs, com o objetivo de oferecer novas e mais amplas oportunidades de alocação para investidores de diferentes perfis, desde os mais conservadores até os mais agressivos. Essa decisão reflete nosso compromisso em atender à crescente demanda por diversificação e acesso a ativos globais.
O interesse por BDRs e ETFs cresceu significativamente nos últimos anos, acompanhando as tendências de alocação que indicam um maior foco em diversificação geográfica e setorial. Essa segmentação permitirá aos investidores construir portfólios mais alinhados aos seus objetivos e tolerância ao risco, aproveitando as vantagens desses instrumentos em um cenário de mercados globais cada vez mais dinâmicos.
Para 2025, embora os desafios sejam reais, mantenho uma visão otimista em relação a ativos de risco, com uma posição comprada em ações e criptoativos nos Estados Unidos e uma postura inicial conservadora em Brasil apesar da deterioração dos mercados locais e assimetria positiva. Os fundamentos ainda sustentam uma perspectiva de crescimento nos EUA, mas a volatilidade deve retornar, trazendo dias de maior incerteza. Os mercados, embora precificando a continuidade das tendências atuais, permanecem suscetíveis a surpresas positivas ou negativas, capazes de gerar resultados imprevisíveis.
O Brasil inicia 2025 sem avanços significativos no campo político e econômico, o que continua pressionando o câmbio, os juros e a bolsa de valores. A falta de ajustes fiscais e o aperto da política monetária impactam negativamente as empresas cíclicas brasileiras, enquanto o país ainda carece de reformas estruturais para resolver o desequilíbrio fiscal.
A política monetária brasileira segue isolada na tarefa de conter a inflação, mas enfrenta o risco crescente de Dominância Fiscal, que limita sua eficácia e dificulta o controle de preços. Apesar das sinalizações de apoio de Lula ao Banco Central, o impacto é apenas paliativo, sem alterar o preocupante cenário de longo prazo.
Intervenções como recompra de títulos e operações cambiais aliviam momentaneamente as pressões, mas não solucionam a crise de confiança dos mercados. Os ajustes econômicos necessários são amplamente conhecidos, mas sua não implementação coloca o país em um beco quase sem saída.
O ambiente macroeconômico e microeconômico atual favorece investimentos em ativos de risco, com destaque para as ações nos Estados Unidos. Uma retomada da inflação em economias-chave, como EUA e China, impulsionada por estímulos ao crescimento econômico, deve estimular uma expansão significativa nos próximos anos. Nos Estados Unidos, as políticas pró-crescimento da administração atual criam um cenário favorável para inovação e expansão corporativa, fortalecendo ainda mais o ambiente para investidores.
A projeção de queda nas taxas de juros reais em economias desenvolvidas contribui para tornar o crédito mais acessível, incentivando investimentos e consumo. Esse movimento deve sustentar o crescimento econômico global, enquanto as perspectivas de lucro corporativo para 2025 permanecem otimistas, com expectativas de taxas de crescimento em dois dígitos, dando suporte à valorização dos mercados acionários.
Por outro lado, o mercado acionário já precificou grande parte das notícias positivas, com o S&P 500 operando em níveis historicamente elevados. Essa valorização torna o índice mais vulnerável a correções, especialmente em um cenário onde os spreads de crédito estão em mínimas recordes, indicando que os investidores não estão sendo devidamente recompensados pelo risco de inadimplência. Com valuations elevados, qualquer notícia negativa inesperada pode gerar fortes pressões de baixa nos mercados, ampliando a probabilidade de volatilidade.
O cenário global atual favorece os EUA, que continuam demonstrando solidez econômica, enquanto outras regiões enfrentam desafios mais severos. No Brasil, a situação econômica é marcada por um ciclo repetitivo de volatilidade, sem avanços estruturais significativos na política econômica. Apesar das reservas cambiais estarem sendo utilizadas para conter a volatilidade no câmbio, a falta de reformas fiscais limita o impacto dessas medidas.
Os rendimentos das NTN-Bs atingiram níveis comparáveis a momentos de crises passadas, evidenciando o ambiente de instabilidade. Sinalizações recentes do presidente Lula em defesa do Banco Central oferecem algum alívio no curto prazo, mas não alteram a perspectiva de longo prazo, que ainda demanda reformas estruturais para trazer estabilidade fiscal e credibilidade econômica. Nesse cenário, o Brasil permanece em desvantagem em relação aos EUA, que continuam atraindo investidores devido à sua resiliência econômica e ambiente propício ao crescimento.
A relação entre a macroeconomia e o preço do Bitcoin está cada vez mais evidente. Fatores como liquidez no mercado, taxas de juros e inflação têm impacto direto no valor dos ativos financeiros. Quando há aumento de liquidez no mercado, ativos como Bitcoin e ações tendem a se valorizar. Por outro lado, a redução dessa liquidez, geralmente impulsionada por políticas monetárias mais restritivas, costuma desvalorizar esses ativos.
Mesmo que reduzida, a expectativa de quedas nas taxas de juros nos Estados Unidos pode impulsionar os preços das criptomoedas. Historicamente, os ciclos de mercado mostram que o Bitcoin apresenta potencial de valorização, mesmo com flutuações, dependendo das condições macroeconômicas. Nesse cenário, a entrada de grandes investidores institucionais e mudanças significativas nas políticas monetárias são vistas como os principais catalisadores para o crescimento desse mercado nos próximos anos.
Um marco importante foi a eleição de parlamentares norte-americanos com uma postura mais favorável às criptomoedas, sinalizando o início de uma nova era para o setor. Após anos enfrentando barreiras regulatórias, espera-se que o governo dos EUA adote uma abordagem mais amigável, o que pode abrir caminhos para maior adoção institucional e inovação.
Outro fator que merece destaque é a aprovação de ETFs ligados a criptomoedas como Solana e Ethereum. Essa medida não só facilita o acesso de investidores institucionais ao mercado, mas também abre portas para a criação de outros índices e produtos baseados em ativos digitais. A entrada desses instrumentos financeiros reforça a legitimidade do setor, atraindo novos fluxos de capital e fortalecendo a base para um crescimento sustentado do mercado de criptoativos.
(1) Renda Fixa: Nossa recomendação em renda fixa adota uma postura conservadora, com maior concentração em ETFs que incluam títulos pós-fixados. Essa estratégia reflete o atual ambiente de baixa previsibilidade, no qual faltam gatilhos claros para uma mudança significativa no cenário econômico. A alocação conservadora prioriza estabilidade e proteção contra volatilidade, enquanto aguardamos sinais mais concretos de alterações nas condições de mercado.
(2) Empresas Internacionais: As gigantes da tecnologia, conhecidas como “Magnificent 7” (ou “7 Magníficas”), continuam a liderar o mercado global, com estabilidade e crescimento comprovados. Essas empresas possuem recursos robustos e posições estratégicas para se beneficiar de políticas econômicas favoráveis, consolidando sua liderança em inovação. Além disso, vemos grande potencial na indústria de semicondutores, essencial para avanços em inteligência artificial, data centers e eletrônicos de alta tecnologia. Investir em líderes desse setor proporciona exposição direta às inovações tecnológicas e à crescente demanda por capacidades computacionais avançadas, que continuam a impulsionar o futuro digital.
(3) Cripto: A administração norte-americana com postura mais favorável ao setor de criptoativos abre espaço para o mercado digital atingir novos patamares. O Bitcoin, atualmente o sétimo maior ativo global em valor de mercado, segue subrepresentado em muitas carteiras, oferecendo uma oportunidade estratégica. Além disso, o ecossistema cripto está em plena expansão, com avanços que oferecem oportunidades promissoras para investidores dispostos a capturar o potencial de crescimento desse mercado disruptivo. Essa classe de ativos continua a ser um pilar fundamental em estratégias voltadas para inovação e diversificação.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 2,93% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 4,64%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade alta de 76,60% contra uma alta de 70,59%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Berkshire Hathaway (BERK34) e Nike (NIKE34). Com Inclusão das ações da Broadcom (AVGO34) e Alphabet (GOGL34).
A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.
Para o mês de Janeiro de 2025, recomendamos compra de Ishares BOVA (BOVA11), Hashdex Nasdaq Crypto Index FI (HASH11), Teva Tesouro Selic (LFTS11), S&P500 (SPXR11) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de dezembro de 2024, a Carteira de ETF MACRO avançou 1,34% contra o Ibovespa que apresentou queda de -4,28% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.
A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.
A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)