Publicado em 01 de Outubro às 01:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em outubro de 2025.
Setembro marcou o início oficial do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve, com a redução de 25 pontos-base, movimento já precificado pelo mercado e que redefiniu o ambiente para os ativos globais. A economia dos EUA seguiu resiliente, com sinais de desaceleração gradual no emprego e inflação ainda acima da meta, porém controlada. O dólar perdeu força, testando suportes técnicos de longo prazo, o que favoreceu mercados emergentes e commodities. A China surpreendeu positivamente, com forte valorização nos mercados locais após estímulos e recuperação no setor de tecnologia.
Para outubro, o cenário segue favorável ao enfraquecimento do dólar e à rotação para ativos de maior risco, com a China podendo manter o momentum caso siga com medidas de estímulo. O Fed indicou mais dois cortes até o fim do ano, o que sustenta o apetite global por risco, embora preocupações fiscais em economias desenvolvidas, como França, Reino Unido e Japão, sigam pressionando as taxas longas. As commodities metálicas devem seguir beneficiadas pela demanda chinesa e dólar mais fraco, enquanto o petróleo enfrenta instabilidade, diante da expectativa de aumento de oferta por parte da OPEP+.
Em setembro, os Estados Unidos iniciaram uma transição bem-sucedida para um novo ciclo de política monetária, com o Federal Reserve promovendo seu primeiro corte de juros apesar do crescimento robusto da economia no segundo trimestre e projeções ainda sólidas para o terceiro. A decisão refletiu o foco crescente no mercado de trabalho, que mostra desaceleração gradual na criação de vagas, com concentração em setores defensivos. A inflação segue acima da meta, mas sem sinais de aceleração, permitindo ao Fed sinalizar cortes graduais até 2026, trajetória inicialmente recebida com cautela, mas que foi absorvida de forma positiva pelos mercados. No plano fiscal, o aumento do déficit e dos custos da dívida nos EUA passou a ser visto como um risco estrutural relevante, com potencial de limitar respostas futuras a choques.
A China surpreendeu com estímulos direcionados, impulsionando seus mercados e atraindo novamente o interesse internacional, especialmente no setor de tecnologia, onde empresas como Alibaba superaram o desempenho dos pares americanos. Na Europa, a França passou a negociar seus títulos com prêmios semelhantes aos da Itália, refletindo a deterioração fiscal generalizada entre países desenvolvidos. O Japão manteve sua política ultra-acomodatícia apesar das pressões inflacionárias, enquanto a Argentina enfrentou nova rodada de instabilidade política, com apoio dos EUA buscando conter uma crise cambial mais aguda.
O Bitcoin (BTC) recuperou a faixa de US$ 114 mil, reforçando o viés positivo após forte entrada de capital institucional. ETFs da moeda chegaram a registrar US$ 741 milhões em aportes em um único dia, sinal da demanda crescente por veículos regulados. O Ethereum (ETH) manteve firmeza acima de US$ 4.300, embora sua paridade ETH/BTC siga abaixo da média histórica, abrindo espaço para oportunidade de compra de longo prazo. O interesse institucional também é claro, com mais de US$ 10 bilhões em ETFs de ETH entre julho e agosto. A Solana (SOL) brilhou no período, atingindo US$ 240 e se aproximando de sua máxima histórica. O movimento é sustentado por um ecossistema ativo, que gerou US$ 212 milhões em taxas em agosto, o maior volume entre blockchains.
O setor de Finanças Descentralizadas (DeFi) deixou a fase especulativa e passou a atrair capital para protocolos que geram taxas sustentáveis e fluxo de caixa, consolidando-se como parte central do mercado cripto. As corretoras de contratos perpétuos descentralizadas lideram em receita, com a Hyperliquid arrecadando mais de US$ 100 milhões em taxas em um mês. A concorrência aumenta com players como a Asta, apoiada por CZ, e a Júpiter, no ecossistema Solana, que já aparece entre os maiores geradores de taxas semanais. No crédito, o Aave segue como peça-chave, com US$ 40 bi em depósitos (TVL) contra valor de mercado de apenas US$ 4 bi, revelando assimetria relevante. Novas plataformas também surpreendem, como a Pump.fun, que descentralizou a criação de tokens e gerou US$ 57 milhões em taxas em 30 dias. Especialistas apontam que a IA pode ser a próxima grande fonte de demanda para protocolos DeFi.
O mercado de stablecoins já se aproxima de US$ 300 bilhões, dominado por USDT e USDC. Além de sustentar o ecossistema cripto, essas moedas digitais reforçam a soberania do dólar, ao gerar demanda por títulos do Tesouro americano usados como lastro. Já a tokenização de Ativos do Mundo Real (RWA) desponta como tendência com potencial endereçável de mais de US$ 100 trilhões. Projetos como o Ondo permitem negociar ações tokenizadas de empresas como Nvidia e Tesla diretamente na blockchain, 24/7, sem restrições das bolsas tradicionais. A junção de stablecoins e RWAs cria a base de uma infraestrutura financeira global mais eficiente e acessível. Essa integração deve impulsionar protocolos DeFi e abrir espaço para que agentes de IA negociem cripto e ativos do mundo real em tempo integral, gerando nova onda de liquidez no setor.
Na alocação internacional, o foco permanece em tecnologia e inteligência artificial via BDRs selecionados, com o objetivo de capturar uma tendência estrutural ainda dominante nos mercados dos EUA. Mesmo diante de valuations elevados, os fundamentos seguem sólidos, com empresas reportando crescimento consistente de lucros. A diversificação avança para setores potencialmente beneficiados pela mudança na política monetária americana.
Na renda fixa brasileira, foi feito um movimento tático relevante com o aumento da posição em NTN-Bs longas, visando capturar taxas reais consideradas excessivas frente a um cenário base de estabilização fiscal após as eleições. A estrutura de portfólio segue com núcleo em LFTs e pós-fixados para liquidez e preservação de capital, enquanto os papéis indexados à inflação de longo prazo oferecem proteção contra choques inflacionários e carregam prêmios historicamente elevados.
Em criptoativos, a estratégia é mais cautelosa: redução de altcoins e concentração em Bitcoin, que mantém papel como reserva de valor diante de políticas macroeconômicas cada vez menos ortodoxas. O ouro físico complementa a proteção, funcionando como hedge estrutural frente a riscos sistêmicos e à perda de confiança nas moedas fiduciárias.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 11,76% no mês de setembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 3,96%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -4,05% contra uma alta de 1,56%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da Broadcom (AVGO34) e Sea (S2EA34). Com Inclusão das ações da Alibaba Group (BABA34) e Micron Technology (MUTC34).
A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.
Para o mês de outubro de 2025, seguindo a estratégia da Carteira ETF, recomendamos compra de XINA11 (China), GBTC11 (Ouro & Bitcoin), GOAT11 (S&P500 + IMA-B), NASD11 (Nasdaq) e SMAC11 (Small Caps), com alocação de 20% para cada ativo. A carteira ETF Macro apresentou uma alta de 3,51% no mês de setembro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,16%.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,22% no mês de setembro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,21%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 10,78% contra uma alta de 10,35%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de setembro, foi incluído o ETF Inflação Longo Prazo (IB5M11).
A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.
A carteira CriptoFIX apresentou uma alta de 0,19% no mês de setembro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,16%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -1,01% contra uma alta de 10,30%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de setembro, foi retirado o ETF Ethereum (ETHE11). Com Inclusão do ETF Bitcoin (BITH11).
A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.
A carteira Cripto++ apresentou uma alta de 0,10% no mês de setembro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,16%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -2,81% contra uma alta de 10,30%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de setembro, foi retirado a ETF Ethereum (ETHE11). Com Inclusão do ETF Bitcoin (BITH11).
A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)