Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Julho às 01:00:00

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Julho 2025

Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em julho de 2025.

O cenário internacional tem se apresentado com grande volatilidade, alternando guerras tarifárias, tensões geopolíticas e, agora, um novo foco na política monetária dos Estados Unidos. As bolsas globais mostram resiliência, enquanto o dólar perde fôlego, sinais de que os investidores procuram diversificar suas carteiras e encontrar oportunidades fora dos mercados tradicionais.

Desempenho no mês

Cenário Macro

Estados Unidos

Os dados econômicos dos Estados Unidos enviam sinais mistos, mas o conjunto de indicadores revela um arrefecimento gradual da atividade. O ISM de Serviços entrou em terreno de contração, o ADP Employment ficou aquém das projeções e a confiança do consumidor recuou para o menor nível em anos, enquanto o mercado de trabalho perde fôlego e sugere alta na taxa de desemprego. Ainda assim, o payroll de 7 de junho mostrou que a economia permanece resiliente, atenuando parte das preocupações.

A inflação, medida pelo Core CPI e pelo Core PCE, tem surpreendido para baixo ou em linha com as expectativas, e, combinada aos sinais de desaceleração, abriu espaço para que membros do Federal Reserve indiquem apoio a cortes de juros já em julho ou setembro. O dot plot oficial ainda projeta dois cortes apenas em 2025, porém a divergência crescente entre os dirigentes, somada à defesa de ajustes mais agressivos por alguns deles, eleva a probabilidade de flexibilização monetária em prazo mais curto.

Brasil

A economia brasileira segue superaquecida, com o IBC-Br confirmando um segundo trimestre bastante robusto. A taxa de desemprego permanece em mínimas históricas, enquanto a massa salarial real continua em alta. Esse vigor, porém, tem um custo: o déficit em transações correntes subiu para 3,3 % do PIB em 12 meses até maio, influenciado pelo avanço das importações, o que revela uma demanda interna aquecida que a produção local não consegue atender.

Mesmo com a atividade forte, a inflação continua no radar. O IPCA de maio e o IPCA-15 vieram abaixo das projeções, com núcleos mais benignos, e o IGP-M de junho registrou deflação. Ainda assim, o Banco Central mantém uma postura firme, elevando a Selic para 15 % em junho e indicando que os juros devem ficar altos por um período prolongado, já que as expectativas de inflação superam a meta até 2027.

No campo político, a popularidade do governo Lula segue em queda e o Congresso evidenciou sua força ao derrubar o decreto do IOF, impondo uma derrota importante ao Executivo. Esse episódio expõe a fragilidade política do governo e limita a adoção de medidas econômicas fora do consenso. O quadro fiscal continua delicado, com o Brasil exibindo a maior deterioração nas projeções de déficit entre os países emergentes.

Portfólio Global

O dólar americano (DXY) tem se enfraquecido significativamente, atingindo o menor patamar desde 2022. Essa é uma tese central, pois um dólar fraco favorece o “carry trade” e impulsiona ativos de mercados emergentes. Há uma percepção de que o mundo busca reduzir sua exposição ao dólar, o que se reflete na superação das ações fora dos EUA em relação às americanas em 2025.

Bolsas europeias e setores de valor demonstram desempenho robusto, impulsionados, em parte, pela nova fase de expansão fiscal na Europa focada em defesa. A China enfrenta deflação persistente, e há sinais de que seu banco central está fortalecendo o Yuan para incentivar o consumo interno, o que também tende a beneficiar outras moedas emergentes.

As tensões geopolíticas no Oriente Médio parecem ter se estabilizado, com o petróleo recuando e o fluxo no Estreito de Ormuz normalizado. Isso remove um risco de curto prazo e permite que o mercado volte a focar nos fundamentos macroeconômicos.

Criptoativos

Apesar de um viés conservador no curto prazo, a Genial acredita no potencial de alta dos criptoativos para 2025.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

Em renda fixa, seguimos com a estratégia do mês anterior, priorizando títulos pós-fixados diante das incertezas do cenário à frente. Para empresas internacionais, mantemos um viés otimista, acompanhando de perto os dados macroeconômicos e qualquer sinal negativo das companhias, especialmente durante a temporada de balanços nos Estados Unidos. Nos criptoativos, adotamos postura mais conservadora, reconhecendo o potencial de valorização, mas ponderando a volatilidade intrínseca do setor.

Carteira BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 0,96% no mês de junho. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 1,55%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -18,98% contra uma baixa de -7,39%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Adobe (ADBE34) e Palantir Technologies (P2LT34). Com Inclusão das ações da Advanced Micro Devices (A1MD34) e Asml Holding (ASML34).

A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.

Carteira ETF MACRO

Para o mês de junho de 2025, seguindo a estratégia da Carteira ETF, recomendamos compra de BOVA11 (Ibovespa), FOMO11 (Crypto Momentum), GOAT11 (S&P500 + IMA-B), GOLD11 (Ouro) e BDOM11 (Brasil Domésticas), com alocação de 20% para cada ativo. A carteira ETF Macro apresentou uma baixa de -2,43% no mês de junho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,10%.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Carteira RF+

A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,20% no mês de junho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,04%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 6,58% contra uma alta de 6,36%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de junho não houve alteração da carteira, apenas dos pesos do ativos.

A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.

Carteira CriptoFIX

A carteira CriptoFIX apresentou uma baixa de -0,90% no mês de junho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,04%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -3,76% contra uma alta de 6,36%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de junho, foram alterados apenas os pesos dos ETFs na composição da carteira.

A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.

Carteira Cripto++

A carteira Cripto++ apresentou uma baixa de -4,26% no mês de junho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,04%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -12,99% contra uma alta de 6,36%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de junho, foram alterados apenas os pesos dos ETFs na composição da carteira.

A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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