Filipe Villegas

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Publicado em 30 de Maio às 22:00:00

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Junho 2025

Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em maio de 2025.

O mercado global atravessa uma fase de transição delicada, marcada pela incerteza quanto à intensidade da desaceleração nos Estados Unidos e pelos riscos fiscais em alta. A trégua tarifária entre EUA e China ajudou a conter parte da volatilidade de curto prazo, mas a imprevisibilidade na condução das políticas de Trump continua a gerar cautela entre os investidores.

Vemos oportunidades pontuais no setor de tecnologia dos EUA, onde ampliamos exposição aproveitando a resiliência das empresas de inteligência artificial e semicondutores. Já na Europa, valuations mais atrativos e uma política monetária acomodatícia criam um cenário favorável à diversificação, embora nossa posição siga moderada devido ao crescimento ainda frágil da região.

Desempenho no mês

Brasil e Curva de Juros

A economia brasileira atravessa um momento de inflexão, com o Banco Central sinalizando o fim do ciclo de alta da Selic e abrindo espaço para cortes a partir do segundo semestre. Essa mudança de postura vem apoiada por dados de inflação mais benignos — o IPCA-15 de maio, por exemplo, veio abaixo do esperado, reforçando a tese de pivot monetário.

O real tem se beneficiado de um ambiente externo mais favorável, com o dólar global enfraquecido e expectativa de entrada de capital financeiro e produtivo. A boa performance das commodities agrícolas e metálicas fortalece os termos de troca, oferecendo suporte adicional à moeda brasileira.

Por outro lado, os riscos fiscais seguem no radar. A estratégia de ajuste baseada no aumento de receitas, como demonstrado pela alta do IOF, gera dúvidas sobre a sustentabilidade da trajetória da dívida pública, o que pode limitar o potencial de valorização dos ativos locais.

A força do mercado de trabalho e o consumo doméstico resiliente continuam sustentando o crescimento, mas também mantêm pressão sobre os núcleos de inflação de serviços. Diante desse quadro, mantemos preferência por ativos pós-fixados na renda fixa.

Portfólio Global

Nos Estados Unidos, a narrativa de desaceleração econômica ganhou força em maio, apoiada por indicadores antecedentes e dados mais fracos de emprego e do setor imobiliário. O consumidor americano começa a sentir os efeitos dos juros elevados, enquanto a inflação dá sinais de arrefecimento. Esse contexto permitiu ao Federal Reserve adotar uma postura de “pausa vigilante”, mantendo os juros estáveis enquanto aguarda mais clareza sobre a economia.

As tensões comerciais, que dominaram o início do mês, perderam espaço após a trégua com a China e o uso do IEEPA para bloquear tarifas, embora a Seção 301 ainda esteja à disposição. A retórica de Trump sobre tarifas contra Europa e Apple continua gerando incertezas. O destaque negativo foi a deterioração fiscal americana, com o rebaixamento pela Moody’s e o pacote expansionista “BBB” de Trump, que aumentou a preocupação com o déficit e a dívida pública. Esse cenário rompeu a correlação tradicional entre ações e Treasuries, pressionando os yields dos títulos de longo prazo.

Na Europa, há sinais de aceleração na economia alemã, impulsionada por consumo e exportações antecipadas diante da ameaça de tarifas. A região se beneficia de inflação controlada e pressões salariais moderadas, o que pode permitir ao BCE iniciar cortes de juros antes do Fed — algo não visto desde 2017. Já no Reino Unido, a surpresa inflacionária pode levar o Banco da Inglaterra a adiar o início do ciclo de afrouxamento. Mesmo assim, a Europa voltou ao radar de investidores em busca de diversificação.

Na China, a economia segue frágil, com deflação persistente sinalizando ociosidade e necessidade de novos estímulos. O país se beneficia da trégua comercial com os EUA, mas a desglobalização e a realocação de cadeias produtivas podem favorecer outros emergentes em detrimento da China no médio prazo. A combinação de desafios internos e mudanças estruturais no comércio global mantém a atenção dos investidores sobre os próximos passos de Pequim.

Criptoativos

O mercado de criptoativos, em especial o Bitcoin (BTC), passou o mês de maio em um movimento de alta e posterior lateralização com um viés predominantemente de baixa. A ausência de catalisadores positivos imediatos e a persistente incerteza macroeconômica global contribuíram para esse comportamento. No entanto, em um cenário de dólar estruturalmente mais fraco e questionamentos crescentes sobre a credibilidade fiscal de economias centrais, como os EUA, o Bitcoin pode ser visto por alguns investidores como uma porta de fuga ou um ativo de reserva de valor alternativo.

Para junho, a perspectiva de uma potencial outperformance de altcoins selecionadas se baseia na ideia de que, em momentos de recuperação do apetite por risco ou de rotação dentro do próprio mercado cripto, ativos com maior beta (mais voláteis e com potencial de retorno superior ao do BTC em ciclos de alta) podem se destacar.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

Renda Fixa: A estratégia de maio permanece válida, com a maior parte da alocação em títulos pós-fixados (indexados à Selic ou ao CDI), que oferecem boa rentabilidade com baixo risco no atual patamar de juros. À medida que a confiança no ciclo de cortes se consolidar, posições táticas em prefixados e/ou títulos atrelados à inflação (IPCA+) de prazos mais longos podem ser consideradas.

Empresas Internacionais: Recomendamos um aumento gradual da exposição em tecnologia, especialmente em teses ligadas à Inteligência Artificial, que continuam demonstrando forte potencial de crescimento. No entanto, a diversificação setorial é crucial, dada a concentração atual do S&P 500.

Criptoativos: A alocação em criptoativos deve buscar um equilíbrio entre a estabilidade relativa do Bitcoin e o potencial de valorização de uma seleção criteriosa de altcoins com maior beta, sempre respeitando o perfil de risco individual e com um percentual modesto do portfólio total.

Carteira BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma baixa de -1,14% no mês de maio. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 7,94%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -19,75% contra uma baixa de -8,81%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Alibaba (BABA34), Berkshire Hathaway (BERK34), Mcdonald’s (MCDC34) e Pagseguro (PAGS34). Com Inclusão das ações da Adobe (ADBE34), Broadcom (AVGO34), Citigroup (CTGP34) e Pfizer (PFIZ34).

A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.

Carteira ETF MACRO

Para o mês de junho de 2025, seguindo a estratégia da Carteira ETF, recomendamos compra de ACWI11 (Mundo), FOMO11 (Crypto Momentum), GOAT11 (S&P500 + IMA-B), GOLD11 (Ouro) e BDOM11 (Brasil Domésticas), com alocação de 20% para cada ativo. A carteira ETF Macro apresentou uma alta de 2,16% no mês de maio. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,08%.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Carteira RF+

A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,12% no mês de maio. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,08%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 5,32% contra uma alta de 5,21%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de maio não houve alteração da carteira.

A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.

Carteira CriptoFIX

A carteira CriptoFIX apresentou uma alta de 6,27% no mês de maio. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,08%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de -2,88% contra uma alta de 5,21%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de maio, foram alterados apenas os pesos dos ETFs na composição da carteira.

A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.

Carteira Cripto++

A carteira Cripto++ apresentou uma alta de 11,24% no mês de maio. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,08%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de -9,12% contra uma alta de 5,21%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de maio houve a inclusão da ETF Smart Contracts (WEB311).

A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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