Publicado em 01 de Novembro às 01:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em novembro de 2025.
O mês de outubro foi dominado por novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que aumentaram a aversão ao risco nos mercados globais. A expectativa oscilou ao longo das semanas: em alguns momentos, houve alívio com a possibilidade de um encontro entre Trump e Xi Jinping; em outros, declarações do presidente americano reacenderam o temor de uma escalada tarifária. O encontro entre os dois líderes, realizado no fim do mês, trouxe esperança de um acordo, com negociações envolvendo a redução de tarifas em troca de cooperação da China no combate ao tráfico de substâncias usadas na produção de fentanil.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve anunciou um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, como o mercado já previa. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que um novo corte em dezembro não era garantido, o que frustrou parte dos investidores e provocou ajustes nas expectativas. Powell também destacou riscos crescentes para o mercado de trabalho e informou que o programa de enxugamento do balanço do Fed será encerrado nos próximos meses, medida vista como apoio adicional aos ativos de risco no médio prazo.
A economia americana segue com um desempenho desigual. De um lado, o crescimento tem sido sustentado por fortes investimentos em inteligência artificial e data centers. De outro, setores da economia tradicional mostram sinais de desaceleração, com indícios de fraqueza no mercado de trabalho. No universo das criptomoedas, o Bitcoin recuou após um período de valorização intensa, mas se manteve acima dos 100 mil dólares, refletindo tanto a volatilidade típica do ativo quanto movimentos de ajuste por parte dos investidores diante de um cenário mais incerto.
Em outubro, o cenário internacional foi marcado por forte volatilidade, impulsionada pela instabilidade nas relações comerciais entre EUA e China. Declarações do Tesouro americano sobre novas restrições à China provocaram queda nos mercados e alta do dólar. O clima melhorou com o anúncio do encontro entre Trump e Xi Jinping, que gerou otimismo sobre um possível acordo comercial, envolvendo redução de tarifas e cooperação no combate ao fentanil. A reunião, considerada positiva, contribuiu para a alta histórica dos índices americanos.
O Federal Reserve cortou os juros em 0,25 ponto, mas Jerome Powell adotou postura cautelosa, indicando que um novo corte não era garantido. Ele destacou riscos ao mercado de trabalho e sinalizou o fim próximo do aperto monetário (QT), o que foi visto como apoio à liquidez. O shutdown do governo, já em sua quarta semana, comprometeu a divulgação de dados oficiais, elevando a incerteza nas decisões do Fed.
Nos bancos regionais, o caso First Brands e problemas em instituições como Zions e Western Alliance geraram quedas de até 13% nas ações, com temor de contágio no sistema financeiro paralelo. Ainda assim, o mercado de crédito corporativo manteve liquidez, e ETFs como LQD e HYG seguiram estáveis.
Na China, houve sinais de recuperação, com PMIs em alta e políticas de estímulo ganhando tração. O governo lançou um novo plano quinquenal com foco em consumo e tecnologia, elevando o otimismo nas bolsas locais, que se aproximaram de máximas em 10 anos.
Nas commodities, o petróleo oscilou fortemente, subindo com sanções dos EUA à Rússia, mas recuando com sinais de excesso de oferta. Já o ouro passou por uma correção acentuada, após forte valorização no ano, embora a demanda estrutural siga sólida, sustentada por bancos centrais e consumo asiático.
O mercado de criptomoedas em outubro de 2025 atravessou um momento de alta volatilidade e decisões estratégicas. De um lado, o setor é impulsionado por fluxos institucionais recordes via ETFs, reforçando a tese de investimento de longo prazo. Do outro, incertezas macroeconômicas e geopolíticas, como as tensões entre EUA e China e dúvidas sobre a política monetária, adicionam instabilidade no curto prazo.
A demanda institucional, liderada por ETFs de Bitcoin, segue como principal força do ciclo atual, refletindo uma acumulação consistente e atuando como catalisador estrutural para o ativo. A entrada de grandes instituições financeiras consolida a adoção do mercado cripto e valida sua relevância no sistema financeiro global.
No ecossistema mais amplo, o mercado de stablecoins ultrapassou US$ 308 bilhões, consolidando-se como base da liquidez cripto. Funcionam como ponte entre o sistema tradicional e o DeFi. A visão do CEO da Stripe, de que stablecoins forçarão bancos a oferecer rendimento sobre depósitos, destaca seu potencial disruptivo.
Outra fronteira emergente é o uso de IA no trading de criptoativos. Plataformas como a Alpha Arena já operam com capital real, e modelos de IA, como os da DeepSeek e OpenAI, têm superado traders humanos. A possibilidade de trading autônomo por IA promete novos níveis de eficiência e volatilidade, atraindo atenção de líderes como CZ (Binance) e sinalizando mudanças profundas nas estratégias futuras.
Na alocação internacional (BDRs), nossa estratégia mantém viés positivo para ações de tecnologia e empresas ligadas à inteligência artificial, segmento com forte potencial de crescimento sustentado por investimentos em data centers e avanço na monetização das novas tecnologias. A temporada de balanços das big techs confirmou essa tese, com Alphabet, Amazon e Apple superando expectativas e renovando máximas históricas, reforçando o papel da IA como motor central da economia americana.
Na renda fixa local, a estratégia adota uma alocação diversificada, com 50% em pós-fixados e os outros 50% distribuídos entre CDI+, pré-fixados e papéis atrelados à inflação longa. O destaque vai para as NTN-Bs com vencimento mais longos, consideradas os ativos com maior assimetria de preço no mercado hoje. Esses títulos estão sendo negociados a taxas próximas de 7,5%, patamar observado apenas em momentos de crise profunda, como o subprime em 2007 e o período Dilma. A tese central é que a NTN-B é o único ativo brasileiro ainda precificado em níveis de crise sistêmica, enquanto os demais mercados locais já operam em condições muito mais normais, criando uma oportunidade rara de posicionamento tático de longo prazo.
No segmento de criptomoedas, a estratégia adota postura mais conservadora, com foco em Bitcoin e redução de exposição a altcoins, diante de um ambiente de alta volatilidade e incerteza regulatória, que favorece ativos mais consolidados. Um avanço importante foi o anúncio do JP Morgan, permitindo o uso de Bitcoin e Ethereum como colateral por clientes institucionais, sinal de maior institucionalização dos criptoativos. Ainda assim, o recente recuo do Bitcoin, de máximas próximas a US$ 115 mil para abaixo de US$ 110 mil, reforça a necessidade de cautela e gestão ativa das posições.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 6,01% no mês de outubro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 5,90%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade alta de 1,72% contra uma alta de 7,55%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da Aura 360 (AURA33) e Oracle (ORCL34). Com Inclusão das ações da Broadcom (AVGO34) e Taiwan Semiconductor (TSMC34).
A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.
Para o mês de novembro de 2025, seguindo a estratégia da Carteira ETF, recomendamos compra de XINA11 (China), GBTC11 (Ouro & Bitcoin), GOAT11 (S&P500 + IMA-B), NYSE FANG+ (TECK11) e SMAC11 (Small Caps), com alocação de 20% para cada ativo. A carteira ETF Macro apresentou uma alta de 1,38% no mês de outubro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,05% no mês de outubro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 11,93% contra uma alta de 11,71%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de outubro, foi feita a inclusão das ETF´s, Juro Pré Curto (IRFM11) e Genial Debêntures DI (GICP11).
A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.
A carteira CriptoFIX apresentou uma baixa de -0,56% no mês de outubro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de -1,56% contra uma alta de 11,71%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de outubro, foram feitas apenas alterações nos pesos dos ativos.
A Carteira CriptoFIX tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação diversificada entre ETFs de Renda Fixa e ETFs ligados a criptoativos. A depender do cenário macro econômico poderemos ter exposição maior ou menor dentro dessas duas classes.
A carteira Cripto++ apresentou uma baixa de -2,93% no mês de outubro. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de -5,65% contra uma alta de 11,71%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de outubro, foram feitas apenas alterações nos pesos dos ativos.
A Carteira Cripto+ tem por objetivo superar o desempenho do CDI no longo prazo. Nossa estratégia busca a geração de valor através de uma alocação em ETFs ligados a criptoativos. A carteira também tem por objetivo apresentar uma oportunidade de alocação dolarizada.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)