Filipe Villegas

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Publicado em 12 de Abril às 21:00:00

🇧🇷 Seleção Genial – Abril de 2024

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir com foco em retorno em abril de 2024

Resumo

A Seleção Genial é uma iniciativa do Genial Analisa com o propósito de otimizar a comunicação e oferecer um acompanhamento mais detalhado dos resultados desde novembro de 2022. Inspirada na quantidade de jogadores de um time de futebol, a carteira é composta por 11 ativos escolhidos com o objetivo de superar a performance do Ibovespa a longo prazo. A partir de fevereiro deste ano, será disponibilizada uma atualização mensal dos resultados, sempre na sexta-feira mais próxima do dia 15 de cada mês.

Para este mês específico, o Genial Analisa planeja realizar três substituições na carteira, que serão efetuadas pela mesa de operações no dia 15/4, destinadas aos investidores que acompanham e se baseiam na carteira recomendada.

Esta abordagem busca não apenas a valorização dos ativos selecionados, mas também o alinhamento estratégico com as tendências de mercado e os objetivos de investimento dos assinantes.

Performance até 12/abril

Cenário Macroeconômico

EUA

A economia dos Estados Unidos tem demonstrado notável resiliência frente a uma política monetária rigorosa. A inflação, após atingir picos e depois diminuir consideravelmente e ter mostrado sinais de estabilização, volta a incomodar o mercado. Nos últimos três meses, a tendência de queda da inflação estagnou, situando-se em torno de 3,7% ao ano, acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed). Esse cenário é complementado por um mercado de trabalho forte, onde os salários continuam a crescer acima da inflação projetada. Com a economia crescendo a uma taxa de 3,4% no quarto trimestre de 2023, o futuro próximo apresenta incertezas consideráveis.

Desde agosto do ano passado, os comunicados do Fed após as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) destacam que as decisões serão baseadas nos dados, evidenciando uma grande indecisão. Esta falta de clareza prejudica a gestão de expectativas e a eficácia da política monetária, já que uma das principais funções de um banco central é orientar o ajuste dessas expectativas.

As expectativas quanto à política de juros nos EUA têm sido particularmente voláteis. Inicialmente, previu-se que os cortes de juros poderiam começar em março. Depois, as expectativas mudaram para maio e, mais recentemente, para junho, com alguns analistas antecipando que o início dos cortes possa ser adiado para o segundo semestre, por volta de agosto. Apesar dessa volatilidade, o gráfico de pontos dos dirigentes do Fed sinaliza 3 cortes de 0,75 ponto percentual em 2024. Essa oscilação nas expectativas, que no início do ano incluía uma previsão de redução de 1,75 ponto percentual na taxa básica de juros, ilustra a incerteza que domina as previsões econômicas atuais que precificam menos de três cortes em 2024.

BRASIL

No Brasil, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe à tona uma mudança sutil, mas significativa, no comunicado do Banco Central, reflexo do aumento da incerteza global, especialmente devido à política monetária dos Estados Unidos. Ao modificar a expressão de futuros cortes de “nas próximas” para “na próxima reunião”, o Banco Central limitou seu compromisso a um corte de 0,5 ponto percentual na reunião de maio, permitindo maior flexibilidade para ajustar a política monetária conforme necessário. Projetamos o fim do ciclo de cortes em 9,75% ainda em 2024, enquanto a o mercado passou a precificar Selic em 10%.

A resiliência do mercado de trabalho brasileiro diante de uma política monetária restritiva é outra fonte de preocupação para o Banco Central. A taxa de desemprego caiu para 7,8%, a mais baixa desde janeiro de 2015, e o rendimento médio real teve um aumento anual de 4,3%, com a massa de rendimento real subindo 6,7% a/a. Porém, a inflação medida pelo IPCA-15 de março ficou acima das expectativas do mercado, em 0,36% mensal, com a inflação de serviços subjacente a 0,40%, sinalizando possíveis pressões inflacionárias futuras devido à política de juros e à demanda.

Olhando para o futuro, o cenário de longo prazo para o Brasil apresenta desafios. Após um crescimento do PIB de 2,9% no ano passado, impulsionado principalmente pela agropecuária e mineração, a economia mostrou sinais de estagnação no segundo semestre. A despeito das surpresas positivas na arrecadação no início deste ano, há preocupações com o aumento dos gastos e possíveis frustrações nas arrecadações das medidas propostas pelo governo. Isso pode tornar a meta de déficit zero temporária e, juntamente com a queda no investimento, pode levar a um crescimento mais lento, aumentando a relação dívida/PIB e, por sua vez, as taxas de juros exigidas pelos investidores para financiar o país.

CHINA e EUROPA

Na Europa, a recuperação econômica mostra sinais mistos após uma fase de alta inflação e atividade econômica reduzida, exacerbada pelos altos custos de energia e o conflito na Ucrânia. A desaceleração recente da inflação e a melhoria no setor de serviços trazem um alívio cauteloso, embora persistam desafios fiscais significativos. O Banco Central Europeu (BCE) está em um momento crucial, com decisões futuras buscando equilibrar o apoio à recuperação e o controle inflacionário, em meio a incertezas sobre a estabilidade financeira.

Na China, 2024 começa com desafios continuados, mesmo com a meta de crescimento estabelecida em cerca de 5%, refletindo esforços para fortalecer a confiança doméstica face a uma crise imobiliária duradoura. Há progressos na produção industrial e investimentos em ativos fixos, especialmente em veículos elétricos e projetos estatais, sugerindo esforços para revigorar a economia. Contudo, o consumo varejista permanece cauteloso, especialmente para bens duráveis. A inflação ao consumidor mostra ligeira recuperação, contrapondo-se à intensificação da deflação nos preços ao produtor. Este panorama sublinha os desafios em alcançar um equilíbrio entre crescimento econômico e estabilidade de preços, a despeito das medidas de estímulo como cortes nas taxas de juros e ajustes nas reservas bancárias.

Trocas na Carteira

Estamos atualizando nossa carteira de investimentos com três alterações: a saída das ações da Ânima (ANIM3), Eletrobras (ELET3) e Yduqs (YDUQ3), para a entrada das ações da 3R Petroleum (RRRP3), Vale (VALE3) e Wiz Seguros (WIZC3). De maneira geral, nossas trocas ocorrem na busca de um portfólio mais conservador e mais exposto às empresas exportadoras de commodities.

#1 | ASAI (ASAI3)

Antecipamos um trimestre positivo para a companhia, com expectativas de crescimento tanto em vendas quanto em rentabilidade operacional, à medida que as unidades inauguradas nos últimos 12 meses continuam seu processo acelerado de maturação.

Para 2024, mantemos uma perspectiva positiva para a companhia. Acreditamos que uma combinação de melhorias no cenário macroeconômico e a contínua maturação de seu projeto de expansão, implementado nos últimos anos, colocará o Assaí em uma trajetória crescente de lucro e de redução da alavancagem financeira, que atualmente está em 4,4x, considerando a visão IFRS16, incluindo recebíveis descontados e arrendamento.

Com o Assaí negociando a um P/E de 17,5x para 2024 e de 12,0x para 2025 (Estimativas Genial), reiteramos nossa recomendação de COMPRAR para ASAI3, com um preço-alvo de 12 meses de R$ 18,00.

#2 | ECORODOVIAS (ECOR3)

Ecorodovias já demonstra um início de ano vigoroso, seguindo um quarto trimestre de 2023 com resultados de tráfego de pedágio superiores ao esperado. Em janeiro de 2024, a empresa reportou um aumento anual de +5,5% no tráfego comparável, já considerando a Ecovias do Araguaia, enquanto o tráfego total cresceu +29% ano a ano. Esses resultados reforçam a perspectiva de que a Ecorodovias está posicionada para uma revisão positiva dos lucros e uma reavaliação múltipla.

O Governo de São Paulo autorizou a Ecorodovias a realizar estudos e projetos necessários para a futura expansão da capacidade do Sistema Anchieta-Imigrantes. A empresa será responsável pelos custos relacionados à produção de todos os estudos preliminares e à elaboração do projeto funcional e executivo. Foi estabelecido um prazo de 24 meses para a conclusão, com possibilidade de prorrogação por mais 12 meses.

Esta autorização destaca o compromisso da Ecorodovias com a melhoria contínua de sua infraestrutura e capacidade operacional, prometendo contribuir significativamente para o crescimento sustentado da companhia e o valor agregado aos seus acionistas no longo prazo.

#3 | ENERGISA (ENGI11)

A Energisa está sendo negociada com uma TIR atraente de 11,5%, refletindo uma perspectiva positiva para a companhia. No segundo trimestre de 2023, o segmento de distribuição reportou um EBITDA ajustado de R$ 1,31 bilhão, alinhado às expectativas e representando um crescimento de 4% ano a ano. Esse desempenho foi impulsionado por melhores volumes de venda (+2,9% a/a), melhorias marginais nas perdas de energia (com uma redução de 42 bps ano a ano), destacando-se que a EMT é a única concessão ainda acima de seu limite regulatório, e uma redução significativa na inadimplência (-17% ano a ano para R$97 milhões).

Apesar dos riscos reduzidos associados à divulgação dos números preliminares na proposta de renovação da concessão das distribuidoras, a Energisa continua sendo negociada a um nível de TIR real bastante atraente, evidenciando um potencial de valorização para os investidores no longo prazo.

#4 | ITAÚ (ITUB4)

Itaú segue com expectativa de mais um bom trimestre, com expansão de ROE, acreditamos que o aumento payout pode ajudar a sustentar o desempenho da ação no curto prazo. O Itaú deve encerrar 2023 com um lucro no meio do guidance (R$ 35,4b), para o 4T23, esperamos que o principal driver de geração de lucro venha do custo de crédito que deve começar a se estabilizar com a inadimplência mostrando sinais positivos, enquanto as receitas seguem evoluindo. Também esperamos um aumento relevante de dividendos no trimestre por conta uma combinação de capital em excesso e decisões regulatórias favoráveis (limite de juros no cartão de crédito, aumento de Basiléia operacional e modificações no JCP).

Para 2024, esperamos lucro crescendo acima de 10%, ROE crescente e payout de dividendo aumentando, ou seja, continuidade do desempenho do 4T23. Estimamos que a carteira de crédito cresça em linha com o mercado e que a receita de juros acompanhe essa evolução. Além disso, esperamos que as receitas com tarifas apresentem uma melhora com a retomada do mercado de capitais. Estimamos que o custo de crédito deve ficar estável nominalmente a/a com a melhora dos indicadores de inadimplência. Por fim, acreditamos que o Itaú deve melhorar a distribuição de lucro para 2024 (payout) devido ao capital estar em níveis satisfatórios e a determinação de que a nova regulação do BACEN será implementada de forma faseada.

#5 | GRUPO SOMA (SOMA3)

O Grupo Soma iniciou sua trajetória em 2010, fruto da fusão das renomadas marcas de moda feminina ANIMALE & FARM, consolidando-se como líder no segmento. Essa fusão marcou o início de uma jornada voltada ao fortalecimento de marcas que despertam paixão e servem de inspiração. Com um foco em operação, inteligência e planejamento, o Grupo Soma permite que suas marcas se concentrem no aspecto criativo, mantendo-se como objetos de desejo para seus diversos públicos.

A abordagem do Grupo Soma em gerenciar eficientemente várias marcas, aliada à sua exposição a consumidores de alta renda, confere ao grupo um poder de precificação superior e uma maior proteção contra a inflação em comparação à maioria de seus concorrentes. A aquisição da Hering, que representou 41% das vendas em 2022, abriu caminho para o Grupo Soma explorar oportunidades de otimização operacional por meio de cinco iniciativas principais: reestruturação da área de desenvolvimento de produtos, criação de uma nova área de planejamento comercial, reestruturação da cadeia de suprimentos e produção, investimentos digitais, e inaugurações de lojas.

Negociando a um valuation atraente, próximo à mediana do setor, e com um CAGR de 31% previsto para seu Lucro Por Ação (LPA) consolidado entre 2022-25, o Grupo Soma ainda apresenta um potencial de valorização para suas ações, especialmente em um contexto de cortes da taxa de juros. Este cenário otimista reflete a capacidade do Grupo Soma de continuar se destacando no mercado de moda, alavancando tanto sua expertise operacional quanto seu apelo junto ao público de alto poder aquisitivo.

#6 | 3R PETROLEUM (RRRP3)

A 3R Petroleum tem adotado uma estratégia astuta, adquirindo campos maduros que foram “ignorados” pela Petrobras e postos à venda no processo de desinvestimento da estatal. Essas aquisições têm sido realizadas a múltiplos vantajosos, uma jogada estratégica que, quando combinada com a experiência da equipe de gestão da 3R e um histórico comprovado de revitalização, como evidenciado pelo aumento de 43% na produção do Polo Macau desde que a 3R assumiu sua operação em 2020, sugere um potencial significativo de geração de valor nos próximos anos.

Além disso, ao contrário de outras empresas do setor como a Petrorio (PRIO3), a 3R ainda possui a maior parte de seu portfólio em desenvolvimento, o que significa que esse potencial ainda não está refletido no preço atual das suas ações. Portanto, acreditamos que a 3R oferece o maior potencial de valorização entre as petroleiras nacionais, tornando-a uma opção particularmente atraente para investidores no setor de energia.

#7 | TOTVS (TOTS3)

A Totvs ocupa uma posição de liderança no mercado de software de gestão no Brasil, um mercado ainda com grande potencial de crescimento e penetração. A empresa se beneficia de uma forte rede de distribuição e de um portfólio diversificado e flexível, que inclui soluções de software, serviços de tecnologia, marketing digital e serviços financeiros. A aquisição da RD Station abre novas frentes de crescimento, enquanto a natureza recorrente das suas receitas, associada à capacidade de aumentar preços, oferece uma base sólida para a sustentabilidade dos lucros.

A Totvs também possui um balanço patrimonial robusto, o que facilita a realização de novas aquisições, apoiando sua estratégia de crescimento e diversificação. Contudo, investir em TOTS3 implica em considerar os riscos inerentes:

  • A concorrência de grandes players internacionais é um desafio constante, com empresas globais oferecendo soluções competitivas que podem impactar a participação de mercado da Totvs.
  • A obsolescência de software é um risco para qualquer empresa de tecnologia, exigindo investimentos contínuos em inovação e atualização de produtos.
  • Os riscos de execução relacionados à estratégia de fusões e aquisições (M&A) podem afetar o sucesso dessas operações, impactando a integração das empresas adquiridas e a realização dos benefícios esperados.
  • A dependência macroeconômica é um fator crítico, especialmente em um país como o Brasil, onde flutuações econômicas podem afetar diretamente o investimento das empresas em soluções de TI.

#8 | VALE (VALE3)

A Vale se destaca no cenário global de mineração devido às suas significativas vantagens competitivas, particularmente pela qualidade excepcional de seu minério de ferro. Com teores que ultrapassam 65% de ferro, provenientes da Serra dos Carajás, a empresa não apenas assegura uma demanda robusta, mas também uma preferência no mercado internacional. Além disso, a Vale beneficia-se de um sistema logístico integrado que otimiza a cadeia de distribuição e compensa os custos de frete, especialmente importante considerando que a China é o principal destino de suas exportações.

A capacidade de produção da Vale está em curso de recuperação gradual, seguindo os incidentes de Mariana e Brumadinho, prometendo um aumento na oferta e potencial de crescimento. Importante também destacar a posição financeira da empresa: a Vale é conhecida por ser uma generosa distribuidora de dividendos e por manter um nível de endividamento baixo, o que reforça sua robustez financeira e capacidade de gerar retornos atraentes para os acionistas, mantendo-a como uma escolha sólida para investidores em busca de estabilidade e rentabilidade no setor de mineração.

#9 | VAMOS (VAMO3)

Controlada pela holding SIMPAR, o Grupo Vamos destaca-se como líder no mercado brasileiro de locação de máquinas e equipamentos, com mais de duas décadas de atuação sob a égide da JSL S.A. O grupo gerencia um portfólio impressionante com mais de 15 mil ativos alugados e mantém uma extensa rede de 43 lojas espalhadas por 9 estados. Esta rede inclui 15 concessionárias de caminhões e ônibus Volkswagen/Man, 16 concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas Valtra, além de 3 lojas de empilhadeiras Toyota, 3 lojas Komatsu e 6 lojas Fendt; complementada por uma rede de mais de 2600 oficinas credenciadas responsáveis pela manutenção dos ativos alugados.

O Grupo Vamos atua em três segmentos principais: Vamos Locação, dedicado à locação de veículos e equipamentos; Vamos Concessionárias, que oferece uma linha completa de veículos e maquinário através de suas concessionárias; e Vamos Seminovos, focado na venda de veículos e equipamentos usados.

A nossa recomendação de compra para as ações do Vamos (VAMO3) se fundamenta na crença de que a empresa opera em um “oceano azul”, caracterizado por uma competição limitada e um vasto potencial de mercado à frente. A Vamos destaca-se por sua escala operacional superior, que não só fortalece sua posição competitiva como também eleva as barreiras de entrada para novos competidores no setor. A determinação do preço-alvo para as ações foi realizada por meio de uma análise de fluxo de caixa descontado (DCF) com horizonte de 10 anos, refletindo nossa confiança no crescimento sustentado e na expansão contínua da vantagem competitiva do Grupo Vamos.

#10 | WEG (WEGE3)

A WEG S.A. é reconhecida globalmente como uma das principais fabricantes de equipamentos elétricos, abrangendo uma vasta gama de produtos como comando e proteção, variação de velocidade, automação de processos industriais, além de geração e distribuição de energia e tintas industriais. Sua atuação multinacional solidifica sua presença como uma força inovadora no mercado global.

Nossa análise positiva sobre a WEG fundamenta-se em diversos pilares: (i) a transição energética global, que representa um campo fértil para a inovação e crescimento da empresa; (ii) a retomada gradual dos investimentos na indústria brasileira; (iii) a resiliência da empresa diante de um cenário global de recessão, e (iv) a expansão contínua e assertiva da empresa por meio de aquisições estratégicas, que têm resultado em ganhos significativos de participação de mercado.

Apesar do desafio constante na luta por participação de mercado, dado o setor competitivo e a presença de grandes concorrentes, acreditamos que a WEG está bem posicionada para se beneficiar de certas condições atuais. Especificamente, a pressão sobre os custos de energia na Europa e os altos custos de mão-de-obra nos EUA podem favorecer a WEG, graças à sua verticalização e à localização estratégica de suas fábricas no Brasil.

Reconhecemos que os múltiplos da empresa indicam uma avaliação esticada, sugerindo expectativas de crescimento acelerado. No entanto, em um momento marcado por incertezas globais e a perspectiva de fortalecimento do dólar em relação ao real, juntamente com uma agenda positiva de investimentos no Brasil para 2023/2024, a WEG se destaca como uma opção defensiva promissora. A companhia não só demonstra solidez em seus fundamentos como também possui potencial para aproveitar oportunidades de expansão e inovação frente às tendências globais e locais.

#11 | Wiz Soluções e Corretagem de Seguros (WIZC3)


A Wiz passou por uma transformação significativa em sua estratégia de negócios para se adaptar às mudanças do mercado. Tradicionalmente conhecida por sua rentabilidade e distribuição de dividendos, a empresa precisou diversificar suas operações. Atualmente, a Wiz está envolvida em parcerias com diversas instituições financeiras, incluindo Banco Inter, BMG e BRB, e expandiu sua atuação para o setor de concessionárias de automóveis.

Este movimento estratégico incluiu a realização de várias aquisições e o estabelecimento de contratos de exclusividade, demandando investimentos substanciais. Esses investimentos tiveram um impacto direto nos resultados financeiros de curto prazo da empresa, refletidos na redução do dividendo distribuído aos acionistas.

Apesar desses desafios iniciais, a visão de longo prazo para a Wiz é otimista. A expectativa é que o novo modelo de negócios se estabilize como um sólido gerador de caixa, o que deverá permitir a retomada dos pagamentos de dividendos aos acionistas no futuro, reforçando o compromisso da empresa com a geração de valor sustentável.

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