Publicado em 20 de Maio às 21:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir com foco em retorno em maio de 2024
A Seleção Genial é uma iniciativa do Genial Analisa com o propósito de otimizar a comunicação e oferecer um acompanhamento mais detalhado dos resultados desde novembro de 2022. Inspirada na quantidade de jogadores de um time de futebol, a carteira é composta por 11 ativos escolhidos com o objetivo de superar a performance do Ibovespa a longo prazo. A partir de fevereiro deste ano, será disponibilizada uma atualização mensal dos resultados, sempre na sexta-feira mais próxima do dia 15 de cada mês.
Para este mês específico, o Genial Analisa planeja realizar duas substituições na carteira, que serão efetuadas pela mesa de operações no dia 21/5, destinadas aos investidores que acompanham e se baseiam na carteira recomendada.
Esta abordagem busca não apenas a valorização dos ativos selecionados, mas também o alinhamento estratégico com as tendências de mercado e os objetivos de investimento dos assinantes.
Apesar dos recentes alívios nas tensões monetárias nos EUA, o cenário global continua desafiador, com sinais mistos que exigem uma abordagem cautelosa. Em abril, o panorama econômico global mostrou sinais de deterioração, com dados destacando a resiliência da economia americana, mas também evidenciando desafios persistentes no controle da inflação. A força do mercado de trabalho americano e as revisões nas expectativas para a política monetária têm gerado volatilidade nos mercados financeiros, afetando as taxas de juros e as expectativas dos investidores globalmente. O índice de contratações superou as estimativas do consenso, indicando uma pressão contínua no mercado de trabalho e nos salários. Este cenário tem complicado a tarefa dos bancos centrais, tanto do Fed quanto do Banco Central do Brasil, de moderar a inflação sem desacelerar o crescimento econômico. Essas condições reforçam a perspectiva de manutenção dos atuais níveis de juros por um período prolongado, com alguns analistas especulando que cortes significativos só ocorreriam em 2025.
Após um período de pessimismo, a reunião do Fed trouxe algum alívio. As declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e a ata da reunião afastaram o risco de não haver cortes de juros em 2024 e de uma retomada no ciclo de alta. O mercado reagiu positivamente, com a redução desses dois riscos de cauda, trazendo um certo alívio para o mercado de juros.
Para consolidar essa melhora, em abril, a criação de empregos não agrícolas ficou bem abaixo do consenso de mercado, refletindo em uma taxa de desemprego maior que a esperada. Esses dados, juntamente com o crescimento salarial abaixo do previsto, possibilitaram movimentos significativos de queda nos juros globais. É importante lembrar que as frequentes revisões retroativas nos dados de payroll requerem cautela na interpretação desses números, que ainda se mantêm próximos do nível necessário para estabilizar a taxa de desemprego.
O cenário econômico global tem implicações diretas para a política monetária e as condições econômicas no Brasil. A valorização do dólar, impulsionada pelas expectativas de manutenção dos juros nos EUA, afeta a economia brasileira ao pressionar a inflação e complicar o ciclo de afrouxamento monetário planejado pelo Banco Central do Brasil. Esse contexto exige uma estratégia de investimento cautelosa, considerando a volatilidade dos mercados e a incerteza sobre as políticas monetárias futuras.
A robustez no mercado de trabalho brasileiro sugere um impacto potencial sobre a demanda interna, que pode resultar em pressões inflacionárias, especialmente no IPCA de serviços. O aumento nos pedidos de demissão voluntária indica um mercado de trabalho flexível, com trabalhadores confiantes em mudar de emprego, refletindo um ambiente favorável ao consumo.
Os dados recentes do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que mostraram um mercado ainda aquecido, solidificam nossa expectativa de que o Banco Central brasileiro continuará com a trajetória de afrouxamento monetário, mesmo diante de um cenário internacional complicado. Estamos confortáveis com essa projeção, consistentemente mantida desde fevereiro, à medida que os dados mais recentes reforçam essa percepção.
No âmbito fiscal, a divulgação recente da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para os próximos anos sugere um relaxamento nas metas de superávit primário, refletindo um ajuste de 0,5% do PIB para um equilíbrio fiscal em 2025, com revisões subsequentes para 2026 e 2027. Essa redução nas metas fiscais teve um impacto significativo nos mercados, questionando a credibilidade do arcabouço fiscal brasileiro e levantando preocupações sobre a flexibilidade das metas fiscais em resposta a desafios econômicos.
O governo brasileiro enfrenta desafios consideráveis para aumentar as receitas através de uma maior carga tributária, necessária para cobrir aumentos de gastos já contratados que correspondem a aproximadamente 2% do PIB. Até o momento, os esforços para aumentar a arrecadação têm sido insuficientes, colocando pressões adicionais sobre a situação fiscal do país. Essas dinâmicas serão cruciais nas discussões no Congresso, influenciando decisões sobre programas de preservação do emprego e exonerações fiscais para municípios e setores específicos.
Estamos atualizando nossa carteira de investimentos com duas alterações: a saída das ações da Ecordovias (ECOR3) e Weg (WEGE3), para a entrada das ações da Rede D’or (RDOR3) e Serena (SRNA3). Esses ajustes foram feitos para inclusão de empresas em melhor momento do ciclo operacional.
Antecipamos um trimestre positivo para a companhia, com expectativas de crescimento tanto em vendas quanto em rentabilidade operacional, à medida que as unidades inauguradas nos últimos 12 meses continuam seu processo acelerado de maturação.
Para 2024, mantemos uma perspectiva positiva para a companhia. Acreditamos que uma combinação de melhorias no cenário macroeconômico e a contínua maturação de seu projeto de expansão, implementado nos últimos anos, colocará o Assaí em uma trajetória crescente de lucro e de redução da alavancagem financeira, que atualmente está em 4,4x, considerando a visão IFRS16, incluindo recebíveis descontados e arrendamento.
Com o Assaí negociando a um P/E de 17,5x para 2024 e de 12,0x para 2025 (Estimativas Genial), reiteramos nossa recomendação de COMPRAR para ASAI3, com um preço-alvo de 12 meses de R$ 18,00.
A Energisa está sendo negociada com uma TIR atraente de 11,5%, refletindo uma perspectiva positiva para a companhia. No segundo trimestre de 2023, o segmento de distribuição reportou um EBITDA ajustado de R$ 1,31 bilhão, alinhado às expectativas e representando um crescimento de 4% ano a ano. Esse desempenho foi impulsionado por melhores volumes de venda (+2,9% a/a), melhorias marginais nas perdas de energia (com uma redução de 42 bps ano a ano), destacando-se que a EMT é a única concessão ainda acima de seu limite regulatório, e uma redução significativa na inadimplência (-17% ano a ano para R$97 milhões).
Apesar dos riscos reduzidos associados à divulgação dos números preliminares na proposta de renovação da concessão das distribuidoras, a Energisa continua sendo negociada a um nível de TIR real bastante atraente, evidenciando um potencial de valorização para os investidores no longo prazo.
O Grupo Soma iniciou sua trajetória em 2010, fruto da fusão das renomadas marcas de moda feminina ANIMALE & FARM, consolidando-se como líder no segmento. Essa fusão marcou o início de uma jornada voltada ao fortalecimento de marcas que despertam paixão e servem de inspiração. Com um foco em operação, inteligência e planejamento, o Grupo Soma permite que suas marcas se concentrem no aspecto criativo, mantendo-se como objetos de desejo para seus diversos públicos.
A abordagem do Grupo Soma em gerenciar eficientemente várias marcas, aliada à sua exposição a consumidores de alta renda, confere ao grupo um poder de precificação superior e uma maior proteção contra a inflação em comparação à maioria de seus concorrentes. A aquisição da Hering, que representou 41% das vendas em 2022, abriu caminho para o Grupo Soma explorar oportunidades de otimização operacional por meio de cinco iniciativas principais: reestruturação da área de desenvolvimento de produtos, criação de uma nova área de planejamento comercial, reestruturação da cadeia de suprimentos e produção, investimentos digitais, e inaugurações de lojas.
Negociando a um valuation atraente, próximo à mediana do setor, e com um CAGR de 31% previsto para seu Lucro Por Ação (LPA) consolidado entre 2022-25, o Grupo Soma ainda apresenta um potencial de valorização para suas ações, especialmente em um contexto de cortes da taxa de juros. Este cenário otimista reflete a capacidade do Grupo Soma de continuar se destacando no mercado de moda, alavancando tanto sua expertise operacional quanto seu apelo junto ao público de alto poder aquisitivo.
Itaú segue com expectativa de mais um bom trimestre, com expansão de ROE, acreditamos que o aumento payout pode ajudar a sustentar o desempenho da ação no curto prazo. O Itaú deve encerrar 2023 com um lucro no meio do guidance (R$ 35,4b), para o 4T23, esperamos que o principal driver de geração de lucro venha do custo de crédito que deve começar a se estabilizar com a inadimplência mostrando sinais positivos, enquanto as receitas seguem evoluindo. Também esperamos um aumento relevante de dividendos no trimestre por conta uma combinação de capital em excesso e decisões regulatórias favoráveis (limite de juros no cartão de crédito, aumento de Basiléia operacional e modificações no JCP).
Para 2024, esperamos lucro crescendo acima de 10%, ROE crescente e payout de dividendo aumentando, ou seja, continuidade do desempenho do 4T23. Estimamos que a carteira de crédito cresça em linha com o mercado e que a receita de juros acompanhe essa evolução. Além disso, esperamos que as receitas com tarifas apresentem uma melhora com a retomada do mercado de capitais. Estimamos que o custo de crédito deve ficar estável nominalmente a/a com a melhora dos indicadores de inadimplência. Por fim, acreditamos que o Itaú deve melhorar a distribuição de lucro para 2024 (payout) devido ao capital estar em níveis satisfatórios e a determinação de que a nova regulação do BACEN será implementada de forma faseada.
A 3R Petroleum tem adotado uma estratégia astuta, adquirindo campos maduros que foram “ignorados” pela Petrobras e postos à venda no processo de desinvestimento da estatal. Essas aquisições têm sido realizadas a múltiplos vantajosos, uma jogada estratégica que, quando combinada com a experiência da equipe de gestão da 3R e um histórico comprovado de revitalização, como evidenciado pelo aumento de 43% na produção do Polo Macau desde que a 3R assumiu sua operação em 2020, sugere um potencial significativo de geração de valor nos próximos anos.
Além disso, ao contrário de outras empresas do setor como a Petrorio (PRIO3), a 3R ainda possui a maior parte de seu portfólio em desenvolvimento, o que significa que esse potencial ainda não está refletido no preço atual das suas ações. Portanto, acreditamos que a 3R oferece o maior potencial de valorização entre as petroleiras nacionais, tornando-a uma opção particularmente atraente para investidores no setor de energia.
Para Rede D’Or, observamos bons sinais operacionais, com uma taxa de ocupação no trimestre acima da média para o período, mesmo com um maior número de leitos operacionais. Do lado da Sul América, o destaque positivo é o controle de sinistralidade, com a companhia alcançando 82,5% no trimestre, um patamar quase equivalente ao período pré-pandemia.
A divulgação dos resultados consolidados da companhia permite analisar separadamente cada um dos negócios, destacando as operações de eliminação e abatimento entre as companhias do grupo, que representam cerca de 20% da receita de RDOR3 e aproximadamente 20% dos custos operacionais de SULA.
Estamos cada vez mais positivos com as perspectivas para a tese de Rede D’Or. Acreditamos que o fundo do poço para o setor de saúde já tenha passado e que a companhia está bem posicionada para colher os frutos da melhora setorial nos próximos trimestres.
Serena apresenta um valuation atrativo e está bem posicionada no mercado, com cerca de 93% de sua energia vendida a preços mais altos em contratos de longo prazo. A empresa se destaca como uma das geradoras menos suscetíveis a mudanças nos preços de energia no longo prazo.
A atuação nos EUA, especialmente com a entrega do projeto Goodnight 1 no Texas, demonstra a capacidade da Serena em replicar seu sucesso no Brasil. A empresa tem mostrado economias de capex (despesas de capital), disciplina e parcerias com parceiros premium para os projetos.
A Serena está focada no aumento de consumo de eletricidade para empresas de tecnologia e centros de dados impulsionados pela inteligência artificial (AI). A nova onda de AI tem gerado alto consumo de energia para suprimento de necessidades computacionais, consolidando a estratégia da Serena para capitalizar nesse crescimento.
A Totvs ocupa uma posição de liderança no mercado de software de gestão no Brasil, um mercado ainda com grande potencial de crescimento e penetração. A empresa se beneficia de uma forte rede de distribuição e de um portfólio diversificado e flexível, que inclui soluções de software, serviços de tecnologia, marketing digital e serviços financeiros. A aquisição da RD Station abre novas frentes de crescimento, enquanto a natureza recorrente das suas receitas, associada à capacidade de aumentar preços, oferece uma base sólida para a sustentabilidade dos lucros.
A Totvs também possui um balanço patrimonial robusto, o que facilita a realização de novas aquisições, apoiando sua estratégia de crescimento e diversificação. Contudo, investir em TOTS3 implica em considerar os riscos inerentes:
A Vale se destaca no cenário global de mineração devido às suas significativas vantagens competitivas, particularmente pela qualidade excepcional de seu minério de ferro. Com teores que ultrapassam 65% de ferro, provenientes da Serra dos Carajás, a empresa não apenas assegura uma demanda robusta, mas também uma preferência no mercado internacional. Além disso, a Vale beneficia-se de um sistema logístico integrado que otimiza a cadeia de distribuição e compensa os custos de frete, especialmente importante considerando que a China é o principal destino de suas exportações.
A capacidade de produção da Vale está em curso de recuperação gradual, seguindo os incidentes de Mariana e Brumadinho, prometendo um aumento na oferta e potencial de crescimento. Importante também destacar a posição financeira da empresa: a Vale é conhecida por ser uma generosa distribuidora de dividendos e por manter um nível de endividamento baixo, o que reforça sua robustez financeira e capacidade de gerar retornos atraentes para os acionistas, mantendo-a como uma escolha sólida para investidores em busca de estabilidade e rentabilidade no setor de mineração.
Controlada pela holding SIMPAR, o Grupo Vamos destaca-se como líder no mercado brasileiro de locação de máquinas e equipamentos, com mais de duas décadas de atuação sob a égide da JSL S.A. O grupo gerencia um portfólio impressionante com mais de 15 mil ativos alugados e mantém uma extensa rede de 43 lojas espalhadas por 9 estados. Esta rede inclui 15 concessionárias de caminhões e ônibus Volkswagen/Man, 16 concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas Valtra, além de 3 lojas de empilhadeiras Toyota, 3 lojas Komatsu e 6 lojas Fendt; complementada por uma rede de mais de 2600 oficinas credenciadas responsáveis pela manutenção dos ativos alugados.
O Grupo Vamos atua em três segmentos principais: Vamos Locação, dedicado à locação de veículos e equipamentos; Vamos Concessionárias, que oferece uma linha completa de veículos e maquinário através de suas concessionárias; e Vamos Seminovos, focado na venda de veículos e equipamentos usados.
A nossa recomendação de compra para as ações do Vamos (VAMO3) se fundamenta na crença de que a empresa opera em um “oceano azul”, caracterizado por uma competição limitada e um vasto potencial de mercado à frente. A Vamos destaca-se por sua escala operacional superior, que não só fortalece sua posição competitiva como também eleva as barreiras de entrada para novos competidores no setor. A determinação do preço-alvo para as ações foi realizada por meio de uma análise de fluxo de caixa descontado (DCF) com horizonte de 10 anos, refletindo nossa confiança no crescimento sustentado e na expansão contínua da vantagem competitiva do Grupo Vamos.
A Wiz passou por uma transformação significativa em sua estratégia de negócios para se adaptar às mudanças do mercado. Tradicionalmente conhecida por sua rentabilidade e distribuição de dividendos, a empresa precisou diversificar suas operações. Atualmente, a Wiz está envolvida em parcerias com diversas instituições financeiras, incluindo Banco Inter, BMG e BRB, e expandiu sua atuação para o setor de concessionárias de automóveis.
Este movimento estratégico incluiu a realização de várias aquisições e o estabelecimento de contratos de exclusividade, demandando investimentos substanciais. Esses investimentos tiveram um impacto direto nos resultados financeiros de curto prazo da empresa, refletidos na redução do dividendo distribuído aos acionistas.
Apesar desses desafios iniciais, a visão de longo prazo para a Wiz é otimista. A expectativa é que o novo modelo de negócios se estabilize como um sólido gerador de caixa, o que deverá permitir a retomada dos pagamentos de dividendos aos acionistas no futuro, reforçando o compromisso da empresa com a geração de valor sustentável.