Publicado em 11 de Abril às 18:00:00
O Genoma Ações foi atualizado! A partir de agora temos um novo modelo de recomendações para atender completamente à demanda dos investidores de ações. Nós expandimos nossa cobertura para mais de 200 empresas negociadas da B3, proporcionando a você uma visão abrangente do mercado.
Nosso método aprimorado combina uma abordagem quantitativa e qualitativa, através de uma técnica conhecida como Análise de Fatores ou Factor Investing. Esta técnica nos permite criar uma lista de recomendações de ações, cada uma com um preço-alvo e um fator de ponderação associado. O objetivo é facilitar o processo de decisão e otimizar a montagem de carteiras de investimentos.
É importante destacar um aspecto crucial do nosso algoritmo do Genoma: ele foi projetado para avaliar o ciclo de fundamentos de uma empresa em conjunto com um modelo de precificação de ativos. No entanto, tais modelos não levam em consideração fatores além dos resultados das empresas e das expectativas futuras do mercado em torno de uma ação.
Lembramos que os preços e recomendações apresentados podem diferir daqueles apresentados no Genial Analisa. Este último faz suas recomendações com base na avaliação de seus analistas, portanto, são distintas e não correlacionadas com as recomendações apresentadas pelo Genoma Ações. Cada um desses trabalhos é único e oferece uma visão diferente, permitindo a você como investidor uma análise mais completa e diversificada.
💰 Valor (Value): O fator “valor” se refere ao investimento em ações que são consideradas baratas em relação a certos fundamentos contábeis, como o preço em relação ao lucro, o preço em relação ao valor contábil, o preço em relação às vendas, etc. Este estilo de investimento é baseado na ideia de que essas ações estão subvalorizadas e, portanto, devem proporcionar retornos superiores a longo prazo.
📈 Crescimento (Growth): O fator “crescimento” se refere ao investimento em ações de empresas que estão crescendo a uma taxa acima da média em termos de receitas, lucros, fluxo de caixa, etc. Os investidores em crescimento estão dispostos a pagar um preço premium por ações dessas empresas na expectativa de que o rápido crescimento dos lucros se traduza em retornos de ações superiores.
🚀 Momentum: O fator “momentum” se refere ao investimento em ações que têm mostrado um desempenho superior recente, na esperança de que essa tendência de desempenho continue no futuro. A ideia é que as ações que têm desempenhado bem recentemente continuarão a se sair bem, e as que têm desempenhado mal continuarão a se sair mal.
👑 Qualidade (Quality): O fator “qualidade” se refere ao investimento em ações de empresas de alta qualidade. As métricas para determinar a qualidade variam, mas geralmente incluem coisas como lucratividade, estabilidade dos lucros, eficiência operacional e solidez financeira. A ideia é que essas empresas de alta qualidade são mais propensas a gerar retornos de ações estáveis e superiores a longo prazo.
🐢 Baixo Risco (Low Vol): O fator “baixo risco” se refere ao investimento em ações que têm mostrado menor volatilidade ou risco de queda. A ideia é que essas ações de baixo risco irão, em média, superar as ações de alto risco ao longo do tempo, uma vez que as ações de alto risco estão sujeitas a maiores quedas de preço.
Esses fatores de estilo não são mutuamente exclusivos e podem ser combinados de várias maneiras para criar uma estratégia de investimento diversificada. Além disso, é importante notar que, embora esses fatores tenham proporcionado retornos superiores em média ao longo do tempo, não há garantia de que continuarão a fazê-lo no futuro.
A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos provocou uma reação intensa nos mercados globais, com destaque para a disparada nas taxas de juros de longo prazo e quedas expressivas nas bolsas de valores. O sentimento de insegurança com as decisões iniciais do novo mandato, ainda dentro dos primeiros 100 dias, tem aumentado a aversão ao risco e a volatilidade nos ativos financeiros.
O pacote de tarifas comerciais anunciado por Trump representa uma ruptura com a ordem global vigente desde a Revolução Industrial. O protecionismo ressurge como um fator central da política econômica americana, reacendendo temores de uma estagnação econômica global semelhante à vivida na década de 1930.
A chamada “trampulência” é o reflexo direto das políticas de desengajamento internacional dos EUA, combinadas com uma postura tarifária agressiva. A saída dos Estados Unidos de tratados e instituições multilaterais cria instabilidade nas relações comerciais e amplia o grau de incerteza nos mercados globais.
As empresas americanas, que nas últimas décadas transferiram produção para países como China, Índia e México, agora enfrentam a necessidade de repensar suas cadeias produtivas. As novas tarifas impõem custos elevados, aumento da complexidade logística e riscos à lucratividade e competitividade global dessas companhias.
Há também interpretações de que a política tarifária pode servir como ferramenta indireta para desacelerar a economia e, assim, criar espaço para cortes de juros — uma forma de aliviar o fardo da dívida pública, que já atinge US$ 35 trilhões. No entanto, analistas alertam para os riscos colaterais dessa abordagem e para sua viabilidade econômica.
Empresários americanos vêm demonstrando crescente preocupação com os impactos dessas medidas. Elon Musk, por exemplo, com fortes vínculos produtivos na China, tornou-se símbolo da interdependência global que resiste a uma ruptura econômica mais radical.
Embora as tarifas tenham potencial de arrecadação de até 2% do PIB, o risco de recessão pode transformar esse alívio fiscal em um problema maior, com o déficit podendo saltar para 8,5% do PIB. A tensão entre política fiscal e ciclo econômico se torna ainda mais sensível.
O Federal Reserve, sob a liderança de Jerome Powell, enfrenta uma encruzilhada: deve combater uma inflação impulsionada por choques de oferta ou apoiar uma economia em desaceleração? O episódio da década de 1970, em que o Fed cortou juros cedo demais e alimentou nova onda inflacionária, serve como alerta importante.
Indicadores como o CEO Confidence e o ISM apontam para retração da atividade econômica. A crescente incerteza regulatória e a disrupção das cadeias globais desestimulam investimentos, com reflexos diretos sobre produtividade, inovação e o potencial de crescimento de longo prazo.
Pela primeira vez em décadas, os mercados emergentes, como Brasil, Coreia do Sul e China, vêm superando os Estados Unidos em desempenho financeiro. Esse fenômeno é sustentado por uma combinação de fatores macroeconômicos, incluindo a fraqueza do dólar, a redução dos juros globais e o aumento de estímulos fiscais fora dos EUA. Esse novo ambiente favorece os países emergentes, que ganham competitividade relativa e atraem maior fluxo de capital.
No caso brasileiro, o país conseguiu escapar dos impactos mais severos do novo pacote tarifário anunciado por Donald Trump. Com um déficit comercial frente aos EUA, o Brasil ficou fora das principais sanções, ao mesmo tempo em que mantém superávit com a China e relevante participação nas exportações industriais para os americanos. Esse reposicionamento comercial pode beneficiar o país, desde que venha acompanhado de reformas internas que aumentem a confiança do investidor.
Além disso, o cenário internacional vem abrindo novas oportunidades para o Brasil. A perda de atratividade de mercados como China, Rússia e União Europeia destaca o país como alternativa segura e estratégica, principalmente devido à sua segurança alimentar e estabilidade política relativa. Se combinadas com eleições bem conduzidas em 2026 e avanços na agenda de reformas, essas condições podem transformar o Brasil em um polo relevante de atração de capital global.
Do ponto de vista macroeconômico, o país parece ter alcançado um pouso suave. O crescimento econômico segue moderado, a inflação apresenta sinais de desaceleração e os juros tendem à estabilização. Com o mercado já precificando o fim do ciclo de alta da Selic, há espaço para valorização dos ativos brasileiros, desde que o ambiente externo não se deteriore significativamente.
O Ibovespa está sendo negociado a 7,4 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses (P/L), um patamar significativamente abaixo da média histórica de 10,7x. Esse desconto reforça a percepção de que o mercado brasileiro segue com valuations atrativos em relação aos seus parâmetros históricos. Quando excluímos Petrobras e Vale, duas empresas com grande peso e características específicas, o índice é negociado a 9,2x P/L, ainda abaixo da média histórica de 12,1x. Isso evidencia que o desconto não está restrito apenas às grandes exportadoras, mas se estende à maior parte da carteira.
As ações ligadas à economia doméstica são negociadas a 8,8x P/L, frente à média histórica de 11,9x, o que pode refletir cautela do mercado diante dos desafios econômicos internos, mas também indica oportunidades de entrada para investidores com visão de médio e longo prazo. Já as empresas exportadoras apresentam múltiplo de 6,7x P/L, abaixo da média de 9,6x, mostrando o impacto recente das incertezas globais, desvalorização do dólar e imposições tarifárias sobre esse segmento.
As Small Caps, por sua vez, estão sendo negociadas a 9,0x P/L, também com um desconto relevante frente à média histórica de 14,1x. Esse patamar pode representar uma assimetria interessante, especialmente para investidores dispostos a assumir mais risco em busca de maior retorno potencial.
Mantemos uma postura conservadora em nossas recomendações, dadas as condições desafiadoras no cenário doméstico brasileiro, que têm resultado em deterioração nos mercados de juros, câmbio e bolsa. A instabilidade local, combinada com fatores globais, reforça a necessidade de cautela na alocação de recursos. Esse cenário aumenta o custo do capital, reduz a atratividade de ativos de risco e dificulta a recuperação econômica em países como o Brasil.
Nesse contexto, as melhores escolhas para uma alocação tática recaem sobre empresas com forte geração de caixa, baixa alavancagem e que se beneficiam de um dólar valorizado. Empresas exportadoras e ligadas a setores menos vulneráveis às condições internas despontam como opções resilientes. Entre as empresas voltadas à economia doméstica, setores como bancário, seguros, elétrico e saneamento apresentam as melhores oportunidades. Esses segmentos tendem a oferecer maior estabilidade, com modelos de negócios que permitem mitigar parte do impacto das incertezas econômicas e políticas.
Dentre os fatores que avaliamos nas ações, destacamos que o investidor pode encontrar boas oportunidades nos fatores VALUE (Valor), QUALITY (Qualidade), LOWVOL (Baixa Volatilidade) e DYIELD (Pagadoras de Dividendos).
⚠️ AVISO IMPORTANTE: Os preços-alvo e recomendações estão sujeitos a alterações com base em informações e fatos relevantes divulgados pelas empresas, assim como os resultados da temporada de balanços. O Genoma é um modelo quantitativo de precificação de ações. É importante ressaltar que este modelo não leva em consideração fatos que não estejam estritamente correlacionados com os resultados corporativos apresentados pelas empresas. Além disso, não considera outras variáveis externas, baseando-se exclusivamente nos resultados corporativos e nas expectativas da equipe do Genial Analisa e do mercado em geral. Investidores devem estar cientes de que decisões de investimento devem ser tomadas com base em uma análise abrangente, considerando diversos fatores, incluindo, mas não se limitando, ao contexto macroeconômico, condições do setor e perfil de risco individual.
Conservador | O investidor considerado conservador é aquele que prefere não correr riscos na valorização do dinheiro que decidiu aplicar. |
Moderado | O investidor moderado é aquele que aplica uma parte dos seus recursos em investimentos com maior risco com o objetivo de obter retornos financeiros acima da média no longo prazo, sem abrir mão de ter parte do seu patrimônio em investimentos mais conservadores. |
Arrojado/Agressivo | Arrojado ou Agressivo é aquele investidor que aceita com tranquilidade os riscos de variação em seus rendimentos/retornos ou até mesmo alterações em seu capital investido inicialmente afim de ter um retorno acima da média no longo prazo. |
Conservador | LOWVOL e DYIELD |
Moderado | VALUE e QUALITY + (classes do conservador) |
Arrojado/Agressivo | GROWTH e MOMENTUM + (classes do conservador/moderado) |
Este relatório tem a finalidade de fornecer uma atualização sobre o cenário macroeconômico e corporativo, levando em consideração os dados trimestrais recentemente divulgados pelas empresas e mudanças das expectativas do mercado. No entanto, gostaríamos de informar uma mudança importante no cronograma de publicação: a partir de fevereiro 2024, este relatório será atualizado mensalmente, na primeira na sexta-feira do mês. Vale ressaltar que esses prazos estão sujeitos a alterações. Mudanças nas condições de mercado ou no calendário de divulgação de balanços corporativos podem exigir ajustes em nossa programação.
EMPRESA | Nome da Empresa |
TICKER | Código Bolsa |
PE (25) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para este ano, 2025. |
PE (26) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para ano que vem, 2026. |
PB | Múltiplo P/VPA é do que preço da ação dividido pelo seu valor patrimonial. Ou seja, o valor do Patrimônio Líquido (PL) por ação. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. |
EV/EBTIDA | EV/EBITDA (Valor da Empresa dividido pelo Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é um múltiplo financeiro utilizado para avaliar o valor de uma empresa. Ele compara o valor total da empresa (incluindo dívida e capital próprio) ao seu lucro operacional ajustado (EBITDA). |
BETA | O beta de uma ação indica se ela é mais ou menos volátil do que o mercado como um todo. Quanto menor o indicador, menor deve ser a oscilação em períodos de depressão ou euforia dos mercados. Investidores mais conservadores devem buscar por ações com beta menor, por outro lado os mais agressivos devem buscar por ações com beta maior. |
SETOR | Setor de atuação da empresa. |
FATOR | Refere-se a uma estratégia de investimento em que as ações são escolhidos com base em atributos que estão associados a retornos superiores. |
RECOMENDAÇÃO | Recomendação de COMPRA, MANTER ou VENDA |
PREÇO-ALVO | Preço-Alvo para os próximos 12 meses. |
UPSIDE | Potencial de retorno até o preço-alvo. |