Publicado em 11 de Fevereiro às 21:00:00
O Genoma Ações foi atualizado! A partir de agora temos um novo modelo de recomendações para atender completamente à demanda dos investidores de ações. Nós expandimos nossa cobertura para mais de 200 empresas negociadas da B3, proporcionando a você uma visão abrangente do mercado.
Nosso método aprimorado combina uma abordagem quantitativa e qualitativa, através de uma técnica conhecida como Análise de Fatores ou Factor Investing. Esta técnica nos permite criar uma lista de recomendações de ações, cada uma com um preço-alvo e um fator de ponderação associado. O objetivo é facilitar o processo de decisão e otimizar a montagem de carteiras de investimentos.
É importante destacar um aspecto crucial do nosso algoritmo do Genoma: ele foi projetado para avaliar o ciclo de fundamentos de uma empresa em conjunto com um modelo de precificação de ativos. No entanto, tais modelos não levam em consideração fatores além dos resultados das empresas e das expectativas futuras do mercado em torno de uma ação.
Lembramos que os preços e recomendações apresentados podem diferir daqueles apresentados no Genial Analisa. Este último faz suas recomendações com base na avaliação de seus analistas, portanto, são distintas e não correlacionadas com as recomendações apresentadas pelo Genoma Ações. Cada um desses trabalhos é único e oferece uma visão diferente, permitindo a você como investidor uma análise mais completa e diversificada.
💰 Valor (Value): O fator “valor” se refere ao investimento em ações que são consideradas baratas em relação a certos fundamentos contábeis, como o preço em relação ao lucro, o preço em relação ao valor contábil, o preço em relação às vendas, etc. Este estilo de investimento é baseado na ideia de que essas ações estão subvalorizadas e, portanto, devem proporcionar retornos superiores a longo prazo.
📈 Crescimento (Growth): O fator “crescimento” se refere ao investimento em ações de empresas que estão crescendo a uma taxa acima da média em termos de receitas, lucros, fluxo de caixa, etc. Os investidores em crescimento estão dispostos a pagar um preço premium por ações dessas empresas na expectativa de que o rápido crescimento dos lucros se traduza em retornos de ações superiores.
🚀 Momentum: O fator “momentum” se refere ao investimento em ações que têm mostrado um desempenho superior recente, na esperança de que essa tendência de desempenho continue no futuro. A ideia é que as ações que têm desempenhado bem recentemente continuarão a se sair bem, e as que têm desempenhado mal continuarão a se sair mal.
👑 Qualidade (Quality): O fator “qualidade” se refere ao investimento em ações de empresas de alta qualidade. As métricas para determinar a qualidade variam, mas geralmente incluem coisas como lucratividade, estabilidade dos lucros, eficiência operacional e solidez financeira. A ideia é que essas empresas de alta qualidade são mais propensas a gerar retornos de ações estáveis e superiores a longo prazo.
🐢 Baixo Risco (Low Vol): O fator “baixo risco” se refere ao investimento em ações que têm mostrado menor volatilidade ou risco de queda. A ideia é que essas ações de baixo risco irão, em média, superar as ações de alto risco ao longo do tempo, uma vez que as ações de alto risco estão sujeitas a maiores quedas de preço.
Esses fatores de estilo não são mutuamente exclusivos e podem ser combinados de várias maneiras para criar uma estratégia de investimento diversificada. Além disso, é importante notar que, embora esses fatores tenham proporcionado retornos superiores em média ao longo do tempo, não há garantia de que continuarão a fazê-lo no futuro.
A economia global apresenta sinais claros de desaceleração, afetando diversas regiões de forma distinta. Nos Estados Unidos, os índices PMI indicam que a economia caminha para um cenário de recessão moderada, refletindo um ambiente de crescimento mais lento. Na China, a desaceleração continua, com efeitos notáveis no setor imobiliário e na confiança dos investidores. Em Europa, países como Alemanha e França enfrentam dificuldades estruturais, aumentando a incerteza na região, especialmente em um contexto de diminuição da liquidez nos mercados do Hemisfério Norte.
O tema da inflação global permanece crucial para investidores e formuladores de políticas. Apesar da possibilidade do Fed cortar juros devido à desaceleração, o controle inflacionário atual gera dúvidas sobre a intensidade desses cortes. O mercado já precifica reduções graduais na taxa de juros ao longo do ano, o que pode favorecer os ativos de risco. Esse cenário global de cortes de juros também pode ter reflexos na economia brasileira, impactando a taxa de câmbio e o fluxo de investimentos estrangeiros.
As eleições presidenciais nos EUA adicionam uma camada extra de incerteza aos mercados. A volta de Donald Trump à presidência — um cenário muitas vezes referido como “Trump 2.0” — levanta preocupações com a implementação de tarifas protecionistas e restrições à imigração, medidas que podem tensionar o comércio global e afetar as cadeias de suprimentos.
Paralelamente, os mercados financeiros estão passando por uma transformação significativa, com setores específicos se destacando. As criptomoedas continuam a atrair investidores e desempenham um papel importante na diversificação de portfólios, enquanto o setor de tecnologia, impulsionado por empresas de inteligência artificial, mantém seu papel de destaque no mercado de ações dos EUA.
A economia brasileira apresenta sinais mistos, revelando desafios importantes e, ao mesmo tempo, oportunidades estratégicas para o futuro. Embora o PIB demonstre um crescimento moderado e abaixo das expectativas – impactado por desafios fiscais e pela alta taxa de juros, alguns indicadores apontam caminhos para recuperar a confiança dos investidores e impulsionar um crescimento sustentável.
O cenário econômico e fiscal é marcado por dificuldades estruturais, como o aumento contínuo da dívida pública, que eleva o risco fiscal e os prêmios de risco. A inflação continua sendo motivo de preocupação para o Banco Central e para os investidores. No âmbito da política monetária, a Taxa Selic permanece em patamares elevados com o objetivo de conter a inflação, mas essa estratégia impacta negativamente o consumo e os investimentos. Ao mesmo tempo, os juros altos atraem investidores estrangeiros, embora a volatilidade global mantenha o real sob pressão.
Além dos desafios internos, as eleições presidenciais nos EUA podem influenciar diretamente a economia brasileira. A reeleição de Donald Trump pode resultar na adoção de medidas protecionistas – como novas tarifas e barreiras comerciais – que afetariam as exportações, especialmente dos setores de agronegócio e manufatura. Por outro lado, se os EUA adotarem políticas expansionistas, parte do capital global poderá migrar para mercados emergentes, beneficiando o fluxo de investimentos no Brasil.
Nesse contexto desafiador, surgem também oportunidades estratégicas. O setor de energia e infraestrutura mostra potencial de crescimento, impulsionado pela demanda global por energia limpa. O agronegócio continua a ser um pilar fundamental da economia, embora precise se adaptar às novas dinâmicas do comércio global. Ademais, investimentos em transformação digital e inovação podem aumentar a competitividade das empresas brasileiras e diversificar suas fontes de receita.
Em suma, o Brasil enfrenta um momento crucial, com desafios internos e impactos externos moldando sua trajetória econômica rumo a 2025. A combinação de uma política monetária rigorosa, incertezas das eleições americanas e mudanças no comércio global exige uma abordagem cautelosa e estratégica. Reformas fiscais, inovação e diversificação de mercados serão essenciais para garantir a estabilidade e promover um crescimento sustentável.
O Ibovespa continua sendo negociado a múltiplos descontados em relação à sua média histórica, refletindo a cautela do mercado em meio a um cenário macroeconômico ainda desafiador. Atualmente, o índice opera a 7,1x o preço/lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,7x, evidenciando uma desvalorização significativa.
Se excluirmos Petrobras e Vale, o P/L do Ibovespa sobe para 8,9x, ainda abaixo da média histórica de 12,1x. Isso demonstra que, mesmo retirando duas das maiores companhias da bolsa, o mercado continua precificando os ativos brasileiros com um desconto relevante.
Empresas ligadas à economia doméstica: negociadas a 8,4x P/L, abaixo da média histórica de 11,9x. Empresas exportadoras: operam a 6,4x P/L, significativamente abaixo da média de 9,7x. Small Caps: negociadas a 8,6x P/L, com desconto expressivo em relação à média de 14,1x.
Mantemos uma postura conservadora em nossas recomendações, dadas as condições desafiadoras no cenário doméstico brasileiro, que têm resultado em deterioração nos mercados de juros, câmbio e bolsa. A instabilidade local, combinada com fatores globais, reforça a necessidade de cautela na alocação de recursos. Esse cenário aumenta o custo do capital, reduz a atratividade de ativos de risco e dificulta a recuperação econômica em países como o Brasil.
Nesse contexto, as melhores escolhas para uma alocação tática recaem sobre empresas com forte geração de caixa, baixa alavancagem e que se beneficiam de um dólar valorizado. Empresas exportadoras e ligadas a setores menos vulneráveis às condições internas despontam como opções resilientes. Entre as empresas voltadas à economia doméstica, setores como bancário, seguros, elétrico e saneamento apresentam as melhores oportunidades. Esses segmentos tendem a oferecer maior estabilidade, com modelos de negócios que permitem mitigar parte do impacto das incertezas econômicas e políticas.
Dentre os fatores que avaliamos nas ações, destacamos que o investidor pode encontrar boas oportunidades nos fatores VALUE (Valor), QUALITY (Qualidade), LOWVOL (Baixa Volatilidade) e DYIELD (Pagadoras de Dividendos).
⚠️ AVISO IMPORTANTE: Os preços-alvo e recomendações estão sujeitos a alterações com base em informações e fatos relevantes divulgados pelas empresas, assim como os resultados da temporada de balanços. O Genoma é um modelo quantitativo de precificação de ações. É importante ressaltar que este modelo não leva em consideração fatos que não estejam estritamente correlacionados com os resultados corporativos apresentados pelas empresas. Além disso, não considera outras variáveis externas, baseando-se exclusivamente nos resultados corporativos e nas expectativas da equipe do Genial Analisa e do mercado em geral. Investidores devem estar cientes de que decisões de investimento devem ser tomadas com base em uma análise abrangente, considerando diversos fatores, incluindo, mas não se limitando, ao contexto macroeconômico, condições do setor e perfil de risco individual.
Conservador | O investidor considerado conservador é aquele que prefere não correr riscos na valorização do dinheiro que decidiu aplicar. |
Moderado | O investidor moderado é aquele que aplica uma parte dos seus recursos em investimentos com maior risco com o objetivo de obter retornos financeiros acima da média no longo prazo, sem abrir mão de ter parte do seu patrimônio em investimentos mais conservadores. |
Arrojado/Agressivo | Arrojado ou Agressivo é aquele investidor que aceita com tranquilidade os riscos de variação em seus rendimentos/retornos ou até mesmo alterações em seu capital investido inicialmente afim de ter um retorno acima da média no longo prazo. |
Conservador | LOWVOL e DYIELD |
Moderado | VALUE e QUALITY + (classes do conservador) |
Arrojado/Agressivo | GROWTH e MOMENTUM + (classes do conservador/moderado) |
Este relatório tem a finalidade de fornecer uma atualização sobre o cenário macroeconômico e corporativo, levando em consideração os dados trimestrais recentemente divulgados pelas empresas e mudanças das expectativas do mercado. No entanto, gostaríamos de informar uma mudança importante no cronograma de publicação: a partir de fevereiro 2024, este relatório será atualizado mensalmente, na primeira na sexta-feira do mês. Vale ressaltar que esses prazos estão sujeitos a alterações. Mudanças nas condições de mercado ou no calendário de divulgação de balanços corporativos podem exigir ajustes em nossa programação.
EMPRESA | Nome da Empresa |
TICKER | Código Bolsa |
PE (25) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para este ano, 2025. |
PE (26) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para ano que vem, 2026. |
PB | Múltiplo P/VPA é do que preço da ação dividido pelo seu valor patrimonial. Ou seja, o valor do Patrimônio Líquido (PL) por ação. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. |
EV/EBTIDA | EV/EBITDA (Valor da Empresa dividido pelo Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é um múltiplo financeiro utilizado para avaliar o valor de uma empresa. Ele compara o valor total da empresa (incluindo dívida e capital próprio) ao seu lucro operacional ajustado (EBITDA). |
BETA | O beta de uma ação indica se ela é mais ou menos volátil do que o mercado como um todo. Quanto menor o indicador, menor deve ser a oscilação em períodos de depressão ou euforia dos mercados. Investidores mais conservadores devem buscar por ações com beta menor, por outro lado os mais agressivos devem buscar por ações com beta maior. |
SETOR | Setor de atuação da empresa. |
FATOR | Refere-se a uma estratégia de investimento em que as ações são escolhidos com base em atributos que estão associados a retornos superiores. |
RECOMENDAÇÃO | Recomendação de COMPRA, MANTER ou VENDA |
PREÇO-ALVO | Preço-Alvo para os próximos 12 meses. |
UPSIDE | Potencial de retorno até o preço-alvo. |