Publicado em 20 de Maio às 21:00:00
O Genoma Ações foi atualizado! A partir de agora temos um novo modelo de recomendações para atender completamente à demanda dos investidores de ações. Nós expandimos nossa cobertura para as 250 empresas mais negociadas da B3, proporcionando a você uma visão abrangente do mercado.
Nosso método aprimorado combina uma abordagem quantitativa e qualitativa, através de uma técnica conhecida como Análise de Fatores ou Factor Investing. Esta técnica nos permite criar uma lista de recomendações de ações, cada uma com um preço-alvo e um fator de ponderação associado. O objetivo é facilitar o processo de decisão e otimizar a montagem de carteiras de investimentos.
É importante destacar um aspecto crucial do nosso algoritmo do Genoma: ele foi projetado para avaliar o ciclo de fundamentos de uma empresa em conjunto com um modelo de precificação de ativos. No entanto, tais modelos não levam em consideração fatores além dos resultados das empresas e das expectativas futuras do mercado em torno de uma ação.
Lembramos que os preços e recomendações apresentados podem diferir daqueles apresentados no Genial Analisa. Este último faz suas recomendações com base na avaliação de seus analistas, portanto, são distintas e não correlacionadas com as recomendações apresentadas pelo Genoma Ações. Cada um desses trabalhos é único e oferece uma visão diferente, permitindo a você como investidor uma análise mais completa e diversificada.
💰 Valor (Value): O fator “valor” se refere ao investimento em ações que são consideradas baratas em relação a certos fundamentos contábeis, como o preço em relação ao lucro, o preço em relação ao valor contábil, o preço em relação às vendas, etc. Este estilo de investimento é baseado na ideia de que essas ações estão subvalorizadas e, portanto, devem proporcionar retornos superiores a longo prazo.
📈 Crescimento (Growth): O fator “crescimento” se refere ao investimento em ações de empresas que estão crescendo a uma taxa acima da média em termos de receitas, lucros, fluxo de caixa, etc. Os investidores em crescimento estão dispostos a pagar um preço premium por ações dessas empresas na expectativa de que o rápido crescimento dos lucros se traduza em retornos de ações superiores.
🚀 Momentum: O fator “momentum” se refere ao investimento em ações que têm mostrado um desempenho superior recente, na esperança de que essa tendência de desempenho continue no futuro. A ideia é que as ações que têm desempenhado bem recentemente continuarão a se sair bem, e as que têm desempenhado mal continuarão a se sair mal.
👑 Qualidade (Quality): O fator “qualidade” se refere ao investimento em ações de empresas de alta qualidade. As métricas para determinar a qualidade variam, mas geralmente incluem coisas como lucratividade, estabilidade dos lucros, eficiência operacional e solidez financeira. A ideia é que essas empresas de alta qualidade são mais propensas a gerar retornos de ações estáveis e superiores a longo prazo.
🐢 Baixo Risco (Low Vol): O fator “baixo risco” se refere ao investimento em ações que têm mostrado menor volatilidade ou risco de queda. A ideia é que essas ações de baixo risco irão, em média, superar as ações de alto risco ao longo do tempo, uma vez que as ações de alto risco estão sujeitas a maiores quedas de preço.
Esses fatores de estilo não são mutuamente exclusivos e podem ser combinados de várias maneiras para criar uma estratégia de investimento diversificada. Além disso, é importante notar que, embora esses fatores tenham proporcionado retornos superiores em média ao longo do tempo, não há garantia de que continuarão a fazê-lo no futuro.
Apesar dos recentes alívios nas tensões monetárias nos EUA, o cenário global continua desafiador, com sinais mistos que exigem uma abordagem cautelosa. Em abril, o panorama econômico global mostrou sinais de deterioração, com dados destacando a resiliência da economia americana, mas também evidenciando desafios persistentes no controle da inflação. A força do mercado de trabalho americano e as revisões nas expectativas para a política monetária têm gerado volatilidade nos mercados financeiros, afetando as taxas de juros e as expectativas dos investidores globalmente. O índice de contratações superou as estimativas do consenso, indicando uma pressão contínua no mercado de trabalho e nos salários. Este cenário tem complicado a tarefa dos bancos centrais, tanto do Fed quanto do Banco Central do Brasil, de moderar a inflação sem desacelerar o crescimento econômico. Essas condições reforçam a perspectiva de manutenção dos atuais níveis de juros por um período prolongado, com alguns analistas especulando que cortes significativos só ocorreriam em 2025.
Após um período de pessimismo, a reunião do Fed trouxe algum alívio. As declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e a ata da reunião afastaram o risco de não haver cortes de juros em 2024 e de uma retomada no ciclo de alta. O mercado reagiu positivamente, com a redução desses dois riscos de cauda, trazendo um certo alívio para o mercado de juros.
Para consolidar essa melhora, em abril, a criação de empregos não agrícolas ficou bem abaixo do consenso de mercado, refletindo em uma taxa de desemprego maior que a esperada. Esses dados, juntamente com o crescimento salarial abaixo do previsto, possibilitaram movimentos significativos de queda nos juros globais. É importante lembrar que as frequentes revisões retroativas nos dados de payroll requerem cautela na interpretação desses números, que ainda se mantêm próximos do nível necessário para estabilizar a taxa de desemprego.
O cenário econômico global tem implicações diretas para a política monetária e as condições econômicas no Brasil. A valorização do dólar, impulsionada pelas expectativas de manutenção dos juros nos EUA, afeta a economia brasileira ao pressionar a inflação e complicar o ciclo de afrouxamento monetário planejado pelo Banco Central do Brasil. Esse contexto exige uma estratégia de investimento cautelosa, considerando a volatilidade dos mercados e a incerteza sobre as políticas monetárias futuras.
A robustez no mercado de trabalho brasileiro sugere um impacto potencial sobre a demanda interna, que pode resultar em pressões inflacionárias, especialmente no IPCA de serviços. O aumento nos pedidos de demissão voluntária indica um mercado de trabalho flexível, com trabalhadores confiantes em mudar de emprego, refletindo um ambiente favorável ao consumo.
Os dados recentes do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que mostraram um mercado ainda aquecido, solidificam nossa expectativa de que o Banco Central brasileiro continuará com a trajetória de afrouxamento monetário, mesmo diante de um cenário internacional complicado. Estamos confortáveis com essa projeção, consistentemente mantida desde fevereiro, à medida que os dados mais recentes reforçam essa percepção.
No âmbito fiscal, a divulgação recente da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para os próximos anos sugere um relaxamento nas metas de superávit primário, refletindo um ajuste de 0,5% do PIB para um equilíbrio fiscal em 2025, com revisões subsequentes para 2026 e 2027. Essa redução nas metas fiscais teve um impacto significativo nos mercados, questionando a credibilidade do arcabouço fiscal brasileiro e levantando preocupações sobre a flexibilidade das metas fiscais em resposta a desafios econômicos.
O governo brasileiro enfrenta desafios consideráveis para aumentar as receitas através de uma maior carga tributária, necessária para cobrir aumentos de gastos já contratados que correspondem a aproximadamente 2% do PIB. Até o momento, os esforços para aumentar a arrecadação têm sido insuficientes, colocando pressões adicionais sobre a situação fiscal do país. Essas dinâmicas serão cruciais nas discussões no Congresso, influenciando decisões sobre programas de preservação do emprego e exonerações fiscais para municípios e setores específicos.
O Ibovespa atualmente é negociado a 7,9 vezes o preço sobre lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses, o que representa um desconto de 28% em relação à sua média histórica de 11,0 vezes. Quando excluímos Petrobras e Vale da análise, o índice é negociado a 10,3 vezes o P/L, ainda abaixo da média de 12,2 vezes, indicando um desconto de 16%. As ações vinculadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 9,7 vezes o P/L, abaixo da média de 12,1 vezes, resultando em um desconto de 19%.
As ações de empresas exportadoras são negociadas a 6,7 vezes o P/L, significativamente abaixo da média de 10,0 vezes, com um desconto de 34%. As Small Caps, por sua vez, apresentam negociação a 9,8 vezes o P/L, também abaixo da média histórica de 14,4 vezes, representando um desconto de 32%.
Esses dados indicam que o mercado brasileiro, especialmente segmentos específicos como as Small Caps e as empresas exportadoras, oferece oportunidades de investimento a preços atrativos em relação aos históricos, refletindo a percepção de risco e as expectativas de crescimento futuras.
Diante dos recentes desafios que têm afastado o investidor estrangeiro da bolsa brasileira, juntamente com as mudanças nas expectativas sobre a trajetória dos juros nos EUA e no Brasil, estamos recomendando uma postura mais conservadora nas escolhas de investimento. Os fatores LOWVOL (baixa volatilidade) e DYIELD (dividend yield) têm potencial para se destacar em termos de desempenho nesse cenário. Embora a bolsa brasileira esteja atrativa em termos de valuation, não aconselhamos a completa ausência em outros fatores de risco; contudo, sugerimos que as escolhas sejam feitas com cautela e que representem um menor percentual de exposição na carteira. É preferível optar por ações de baixo beta e de setores com histórico de maior resiliência, ajustando a estratégia para navegar com mais segurança diante das incertezas atuais.
⚠️ AVISO IMPORTANTE: Os preços-alvo e recomendações estão sujeitos a alterações com base em informações e fatos relevantes divulgados pelas empresas, assim como os resultados da temporada de balanços. O Genoma é um modelo quantitativo de precificação de ações. É importante ressaltar que este modelo não leva em consideração fatos que não estejam estritamente correlacionados com os resultados corporativos apresentados pelas empresas. Além disso, não considera outras variáveis externas, baseando-se exclusivamente nos resultados corporativos e nas expectativas da equipe do Genial Analisa e do mercado em geral. Investidores devem estar cientes de que decisões de investimento devem ser tomadas com base em uma análise abrangente, considerando diversos fatores, incluindo, mas não se limitando, ao contexto macroeconômico, condições do setor e perfil de risco individual.
Conservador | O investidor considerado conservador é aquele que prefere não correr riscos na valorização do dinheiro que decidiu aplicar. |
Moderado | O investidor moderado é aquele que aplica uma parte dos seus recursos em investimentos com maior risco com o objetivo de obter retornos financeiros acima da média no longo prazo, sem abrir mão de ter parte do seu patrimônio em investimentos mais conservadores. |
Arrojado/Agressivo | Arrojado ou Agressivo é aquele investidor que aceita com tranquilidade os riscos de variação em seus rendimentos/retornos ou até mesmo alterações em seu capital investido inicialmente afim de ter um retorno acima da média no longo prazo. |
Conservador | LOWVOL e DYIELD |
Moderado | VALUE e QUALITY + (classes do conservador) |
Arrojado/Agressivo | GROWTH e MOMENTUM + (classes do conservador/moderado) |
Este relatório tem a finalidade de fornecer uma atualização sobre o cenário macroeconômico e corporativo, levando em consideração os dados trimestrais recentemente divulgados pelas empresas e mudanças das expectativas do mercado. No entanto, gostaríamos de informar uma mudança importante no cronograma de publicação: a partir de fevereiro 2024, este relatório será atualizado mensalmente, na primeira na sexta-feira do mês. Vale ressaltar que esses prazos estão sujeitos a alterações. Mudanças nas condições de mercado ou no calendário de divulgação de balanços corporativos podem exigir ajustes em nossa programação.
EMPRESA | Nome da Empresa |
TICKER | Código Bolsa |
PE (24) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para este ano, 2024. |
PE (25) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para ano que vem, 2025. |
PB | Múltiplo P/VPA é do que preço da ação dividido pelo seu valor patrimonial. Ou seja, o valor do Patrimônio Líquido (PL) por ação. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. |
EV/EBTIDA | EV/EBITDA (Valor da Empresa dividido pelo Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é um múltiplo financeiro utilizado para avaliar o valor de uma empresa. Ele compara o valor total da empresa (incluindo dívida e capital próprio) ao seu lucro operacional ajustado (EBITDA). |
BETA | O beta de uma ação indica se ela é mais ou menos volátil do que o mercado como um todo. Quanto menor o indicador, menor deve ser a oscilação em períodos de depressão ou euforia dos mercados. Investidores mais conservadores devem buscar por ações com beta menor, por outro lado os mais agressivos devem buscar por ações com beta maior. |
SETOR | Setor de atuação da empresa. |
FATOR | Refere-se a uma estratégia de investimento em que as ações são escolhidos com base em atributos que estão associados a retornos superiores. |
RECOMENDAÇÃO | Recomendação de COMPRA, MANTER ou VENDA |
PREÇO-ALVO | Preço-Alvo para os próximos 12 meses. |
UPSIDE | Potencial de retorno até o preço-alvo. |