Publicado em 08 de Março às 21:00:00
O Genoma Ações foi atualizado! A partir de agora temos um novo modelo de recomendações para atender completamente à demanda dos investidores de ações. Nós expandimos nossa cobertura para incluir todas as empresas do Índice Brasil Amplo (IBRA), proporcionando a você uma visão abrangente do mercado.
Nosso método aprimorado combina uma abordagem quantitativa e qualitativa, através de uma técnica conhecida como Análise de Fatores ou Factor Investing. Esta técnica nos permite criar uma lista de recomendações de ações, cada uma com um preço-alvo e um fator de ponderação associado. O objetivo é facilitar o processo de decisão e otimizar a montagem de carteiras de investimentos.
É importante destacar um aspecto crucial do nosso algoritmo do Genoma: ele foi projetado para avaliar o ciclo de fundamentos de uma empresa em conjunto com um modelo de precificação de ativos. No entanto, tais modelos não levam em consideração fatores além dos resultados das empresas e das expectativas futuras do mercado em torno de uma ação.
Lembramos que os preços e recomendações apresentados podem diferir daqueles apresentados no Genial Analisa. Este último faz suas recomendações com base na avaliação de seus analistas, portanto, são distintas e não correlacionadas com as recomendações apresentadas pelo Genoma Ações. Cada um desses trabalhos é único e oferece uma visão diferente, permitindo a você como investidor uma análise mais completa e diversificada.
💰 Valor (Value): O fator “valor” se refere ao investimento em ações que são consideradas baratas em relação a certos fundamentos contábeis, como o preço em relação ao lucro, o preço em relação ao valor contábil, o preço em relação às vendas, etc. Este estilo de investimento é baseado na ideia de que essas ações estão subvalorizadas e, portanto, devem proporcionar retornos superiores a longo prazo.
📈 Crescimento (Growth): O fator “crescimento” se refere ao investimento em ações de empresas que estão crescendo a uma taxa acima da média em termos de receitas, lucros, fluxo de caixa, etc. Os investidores em crescimento estão dispostos a pagar um preço premium por ações dessas empresas na expectativa de que o rápido crescimento dos lucros se traduza em retornos de ações superiores.
🚀 Momentum: O fator “momentum” se refere ao investimento em ações que têm mostrado um desempenho superior recente, na esperança de que essa tendência de desempenho continue no futuro. A ideia é que as ações que têm desempenhado bem recentemente continuarão a se sair bem, e as que têm desempenhado mal continuarão a se sair mal.
👑 Qualidade (Quality): O fator “qualidade” se refere ao investimento em ações de empresas de alta qualidade. As métricas para determinar a qualidade variam, mas geralmente incluem coisas como lucratividade, estabilidade dos lucros, eficiência operacional e solidez financeira. A ideia é que essas empresas de alta qualidade são mais propensas a gerar retornos de ações estáveis e superiores a longo prazo.
🐢 Baixo Risco (Low Vol): O fator “baixo risco” se refere ao investimento em ações que têm mostrado menor volatilidade ou risco de queda. A ideia é que essas ações de baixo risco irão, em média, superar as ações de alto risco ao longo do tempo, uma vez que as ações de alto risco estão sujeitas a maiores quedas de preço.
Esses fatores de estilo não são mutuamente exclusivos e podem ser combinados de várias maneiras para criar uma estratégia de investimento diversificada. Além disso, é importante notar que, embora esses fatores tenham proporcionado retornos superiores em média ao longo do tempo, não há garantia de que continuarão a fazê-lo no futuro.
A economia dos Estados Unidos enfrenta um período de incertezas, com sinais mistos quanto à inflação e ao crescimento do PIB, levando o Federal Reserve (Fed) a adotar uma postura de cautela em relação à política monetária. As declarações dos dirigentes do Fed oscilaram nos últimos meses, refletindo essa ambiguidade. Inicialmente, a preocupação com a inflação e um mercado de trabalho apertado sugeriam um horizonte distante para a redução das taxas de juros. Contudo, em outubro, uma mudança de postura sinalizou um controle inflacionário e dados econômicos positivos, alimentando expectativas de que a redução das taxas poderia começar já em março.
Entretanto, o Fed ajustou novamente as expectativas em janeiro, indicando incertezas nos dados econômicos e adiando as projeções para o início da redução das taxas para maio. Recentemente, a ata da última reunião do Fed veio mais rigorosa do que o previsto, fazendo com que a maioria dos investidores ajustasse suas expectativas para junho, com alguns prevendo o início no segundo semestre.
Esta sequência de eventos tem gerado volatilidade nos mercados, com os preços dos ativos flutuando a cada nova declaração do Fed. As expectativas para o início da redução das taxas de juros permanecem em constante ajuste, dependendo dos futuros indicadores econômicos, como PIB e gastos de consumo nos Estados Unidos, que podem influenciar as próximas decisões do Fed.
A economia dos Estados Unidos exerce uma influência direta sobre o Brasil, especialmente na gestão da taxa Selic pelo Banco Central do Brasil. Desde agosto do ano passado, a taxa Selic vem sendo reduzida, passando de 13,75% para 11,25%. Existe uma expectativa de que a redução das taxas de juros nos EUA possa influenciar o ritmo de redução do diferencial de juros entre Brasil e EUA, o que poderia afetar a capacidade do Banco Central do Brasil de continuar diminuindo a Selic. Se o Federal Reserve (Fed) postergar a redução de suas taxas de juros, o Banco Central do Brasil pode enfrentar desafios em prosseguir com cortes na Selic, que atualmente é projetada para terminar em 9,5%, dependendo fortemente da política monetária americana.
No contexto brasileiro, outro aspecto crítico é a meta do governo de alcançar um déficit primário zero em 2024. Enfrenta-se uma dualidade de fatores: por um lado, a resistência do Congresso à Medida Provisória 1202, que impacta a folha de pagamento e outros setores, representa um desafio; por outro, o aumento de 6,7% na arrecadação tributária em janeiro em comparação ao ano anterior surge como um indicativo positivo para o equilíbrio do orçamento. No entanto, a sustentabilidade desse aumento de receita no longo prazo é essencial para assegurar o déficit zero.
Diante do esgotamento de medidas de arrecadação existentes, é imperativo que o governo identifique novas fontes de receita para evitar a deterioração dos resultados primários a partir de 2025, garantindo a saúde fiscal do país.
Na Zona do Euro, embora a perspectiva para o primeiro semestre permaneça cautelosa, o processo de desinflação traz sinais positivos, sugerindo que o pior pode ter passado. As declarações dos dirigentes do Banco Central Europeu mantêm um tom cauteloso, visando moderar as expectativas otimistas do mercado sobre o início dos cortes de juros.
Na China, o novo ano traz esperanças, mas os primeiros sinais não indicam uma mudança de trajetória econômica significativa. Espera-se uma ligeira recuperação da economia no curto prazo, influenciada pelo feriado do Ano Novo Lunar. No entanto, essa melhoria é vista mais como um efeito transitório do que uma reversão da tendência, com os desafios de 2023 persistindo ao longo de 2024.
O Ibovespa está atualmente sendo negociado a 8,1x o P/L projetado para os próximos 12 meses, representando um desconto de 26% em relação à sua média histórica de 11,0x. Quando excluímos grandes players como Petrobras e Vale do cálculo, o índice é negociado a 10,3x P/L, ainda abaixo da média histórica de 12,2x, com um desconto de 16%. As ações de empresas ligadas à economia doméstica são negociadas a 9,8x P/L, também abaixo da média de 12,1x, refletindo um desconto de 18%. Em contrapartida, as ações de empresas exportadoras apresentam um desconto ainda mais acentuado de 28%, sendo negociadas a 7,2x P/L, comparado à média histórica de 10,1x. Por fim, as empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 9,6x P/L, significativamente abaixo da média histórica de 14,4x, com um desconto de 33%, indicando uma oportunidade de valorização para essas categorias de ativos no contexto atual.
Apesar do início turbulento de 2024 para as ações brasileiras, mantemos uma perspectiva otimista para o ano, impulsionada pelas expectativas de cortes nas taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Historicamente, esse cenário tem sido favorável para o mercado de ações. Contudo, é importante reconhecer que os riscos permanecem presentes. Internacionalmente, há a possibilidade de uma desaceleração significativa da economia americana. No Brasil, a situação fiscal requer monitoramento cuidadoso, dada sua influência na confiança do mercado e nas decisões de política monetária.
Acreditamos que uma estratégia de investimento que privilegie a diversificação e inclua empresas que possam se beneficiar da queda dos juros deve predominar nas carteiras dos investidores. Esse enfoque não apenas mitiga os riscos associados às incertezas econômicas, mas também posiciona os investidores para aproveitar as oportunidades que surgem em um ambiente de taxas de juros em declínio. Portanto, é essencial para os investidores manter uma visão equilibrada, considerando tanto os potenciais desafios quanto as possibilidades de ganhos ao ajustar suas carteiras para o ano que se inicia.
⚠️ AVISO IMPORTANTE: Os preços-alvo e recomendações estão sujeitos a alterações com base em informações e fatos relevantes divulgados pelas empresas, assim como os resultados da temporada de balanços. O Genoma é um modelo quantitativo de precificação de ações. É importante ressaltar que este modelo não leva em consideração fatos que não estejam estritamente correlacionados com os resultados corporativos apresentados pelas empresas. Além disso, não considera outras variáveis externas, baseando-se exclusivamente nos resultados corporativos e nas expectativas da equipe do Genial Analisa e do mercado em geral. Investidores devem estar cientes de que decisões de investimento devem ser tomadas com base em uma análise abrangente, considerando diversos fatores, incluindo, mas não se limitando, ao contexto macroeconômico, condições do setor e perfil de risco individual.
Conservador | O investidor considerado conservador é aquele que prefere não correr riscos na valorização do dinheiro que decidiu aplicar. |
Moderado | O investidor moderado é aquele que aplica uma parte dos seus recursos em investimentos com maior risco com o objetivo de obter retornos financeiros acima da média no longo prazo, sem abrir mão de ter parte do seu patrimônio em investimentos mais conservadores. |
Arrojado/Agressivo | Arrojado ou Agressivo é aquele investidor que aceita com tranquilidade os riscos de variação em seus rendimentos/retornos ou até mesmo alterações em seu capital investido inicialmente afim de ter um retorno acima da média no longo prazo. |
Conservador | LOWVOL e DYIELD |
Moderado | VALUE e QUALITY + (classes do conservador) |
Arrojado/Agressivo | GROWTH e MOMENTUM + (classes do conservador/moderado) |
Este relatório tem a finalidade de fornecer uma atualização sobre o cenário macroeconômico e corporativo, levando em consideração os dados trimestrais recentemente divulgados pelas empresas e mudanças das expectativas do mercado. No entanto, gostaríamos de informar uma mudança importante no cronograma de publicação: a partir de fevereiro 2024, este relatório será atualizado mensalmente, na primeira na sexta-feira do mês. Vale ressaltar que esses prazos estão sujeitos a alterações. Mudanças nas condições de mercado ou no calendário de divulgação de balanços corporativos podem exigir ajustes em nossa programação.
EMPRESA | Nome da Empresa |
TICKER | Código Bolsa |
PE (24) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para este ano, 2024. |
PE (25) | Múltiplo Preço/lucro que representa o número de anos necessários para se obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. Expectativa para ano que vem, 2025. |
PB | Múltiplo P/VPA é do que preço da ação dividido pelo seu valor patrimonial. Ou seja, o valor do Patrimônio Líquido (PL) por ação. Quanto menor, mais descontado o preço da ação. |
EV/EBTIDA | EV/EBITDA (Valor da Empresa dividido pelo Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é um múltiplo financeiro utilizado para avaliar o valor de uma empresa. Ele compara o valor total da empresa (incluindo dívida e capital próprio) ao seu lucro operacional ajustado (EBITDA). |
BETA | O beta de uma ação indica se ela é mais ou menos volátil do que o mercado como um todo. Quanto menor o indicador, menor deve ser a oscilação em períodos de depressão ou euforia dos mercados. Investidores mais conservadores devem buscar por ações com beta menor, por outro lado os mais agressivos devem buscar por ações com beta maior. |
SETOR | Setor de atuação da empresa. |
FATOR | Refere-se a uma estratégia de investimento em que as ações são escolhidos com base em atributos que estão associados a retornos superiores. |
RECOMENDAÇÃO | Recomendação de COMPRA, MANTER ou VENDA |
PREÇO-ALVO | Preço-Alvo para os próximos 12 meses. |
UPSIDE | Potencial de retorno até o preço-alvo. |