Publicado em 05 de Junho às 07:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir com foco em dividendos em junho de 2024
Em maio, a carteira de Top Dividendos registrou uma queda de 1,8%, apresentando um desempenho superior ao Ibovespa, que caiu 3%, mas inferior ao índice de dividendos, que registrou uma queda de 1%. O mês começou com sinais positivos em relação aos juros nos Estados Unidos, desencadeando uma recuperação nas bolsas globais que, infelizmente, não foi absorvida pelo mercado brasileiro. Os ativos locais apresentaram desempenho ruim no mês, impactados pela desconfiança dos investidores quanto à condução da política fiscal. Esse cenário resultou na abertura da curva de juros e na desvalorização do real frente ao dólar, evidenciado na queda generalizada dos ativos em nosso portfólio. Desde a última atualização, de 11 empresas na carteira, apenas duas encerraram o mês no positivo. Por fim, alguns eventos importantes como as enchentes no Rio Grande do Sul, a aquisição da AES Brasil pela Auren e a entrada do Nubank no setor de telecomunicações também influenciaram nossos ativos.
Apesar do valuation atrativo, o começo do mês de junho não traz indícios de que teremos uma melhora no curto prazo. No acumulado do ano, o Ibovespa apresenta uma queda de 9,1%, enquanto o IDIV cai 5,1%, indicando uma tendência dos investidores em buscar proteção em um ambiente marcado por instabilidades fiscais e políticas. Nossa estratégia continuará a refletir essa postura cautelosa, concentrada em ativos geradores de caixa, com baixa alavancagem e risco abaixo da média do mercado.
A Carteira Top Dividendos visa superar o desempenho do IDIV no longo prazo por meio de empresas que apresentarão retornos totais acima da média do mercado. Elaboramos esta carteira para potencializar os retornos dos investidores via recebimento de proventos.
A seleção dos ativos se baseia em critérios fundamentalistas, alinhados com as opiniões do time do Genial Analisa. Analisamos as dinâmicas dos setores, a qualidade das empresas, a geração de caixa e a necessidade de investimento projetada das empresas no médio/longo prazo.
O cenário macroeconômico para junho ainda demanda cautela, especialmente em relação ao desenvolvimento das políticas fiscais e monetárias tanto local quanto globalmente. A persistência da inflação nos Estados Unidos, que continua acima do dobro da meta do Fed, e o ambiente fiscal deteriorado no Brasil, marcado por mudanças nas metas fiscais e uma crescente desconfiança nas políticas econômicas do governo. Estamos atentos aos dados econômicos que serão divulgados nas próximas semanas, sempre com o objetivo de posicionar nossa carteira de forma a maximizar os retornos ajustados ao risco. Permanecemos vigilantes e prontos para ajustar nossa estratégia caso necessário.
A partir de maio de 2024, observamos uma mudança sutil, mas crucial na comunicação do Federal Reserve, que agora indica uma postura mais cautelosa em relação à redução dos juros, fundamentada na resiliência da economia americana e na estabilização da inflação. Essa nova postura sugere que qualquer corte nas taxas de juros só ocorrerá quando houver certeza de que a inflação está se encaminhando para a meta.
Esperamos que junho de 2024 seja mais uma mês de volatilidade, onde os mercados globais e domésticos poderão reagir a qualquer nova informação sobre política monetária e fiscal. Nos Estados Unidos, se a inflação continuar a mostrar sinais de estabilização sem queda, sustentamos a expectativa de que o Fed mantenha os juros por um período mais prolongado, ao contrário das expectativas anteriores de cortes iminentes. Esta mudança nas expectativas do Fed já começou a reduzir a volatilidade nos mercados, mas qualquer desvio dos dados previstos poderia reverter essa tendência.
Redução de 0,25% na taxa básica de juros. Diferentemente do que esperávamos, o Banco Central reduziu a Selic em 0,25pp para 10,5% a.a., alterando o discurso divulgado na reunião de março que antevia um corte de 0,5pp. Além da redução da velocidade dos cortes, a decisão não foi unânime, com um placar de 5 a 4 decidindo o ritmo de flexibilização desta reunião. Esta divergência reforça a percepção de que a composição da diretoria adotará uma postura mais dovish a partir do fim do mandato do presidente Roberto Campos Neto, elevando o risco de que haja uma maior leniência do BC em relação à desancoragem das expectativas.
Tragédia climática na região Sul do Brasil. Com as chuvas e as enchentes assolando a região Sul do país, o governo federal está capitaneando diversas iniciativas para apoiar as pessoas e Estados afetados pela catástrofe. A expectativa é de que o gasto adicional seja na casa de R$ 30b no orçamento de 2024. Além disso, projetamos um impacto de 20 bps (0,2%) na inflação, e uma diminuição de 0,2 p.p. na atividade. Vale ressaltar que os impactos ainda estão sendo calculados e apresentamos uma estimativa inicial.
Desancoragem das expectativas de inflação. O cenário atual tem apresentado uma dualidade: desancoragem da expectativa futura da inflação, em conjunto com a inflação corrente apresentando melhoras. Enquanto a política monetária mais restritiva está fazendo efeito, a mudança na meta de inflação e as divergências no Copom criam preocupações com a situação da política fiscal e monetária a partir de 2025. Com isso, temos expectativas sobre a inflação desancoradas com a trajetória apresentada pela inflação corrente, o que tem preocupado investidores.
Essas dinâmicas, combinadas com o cenário externo, reforçam a percepção de que estamos diante de um ambiente econômico global instável, onde cada novo dado econômico pode influenciar drasticamente as expectativas de mercado. Durante o mês de maio observamos uma abertura significativa da curva de juros, refletindo expectativas de que não há mais espaço para redução da Selic neste ano, e uma pequena probabilidade de elevação a partir de 2025. Assim, o investidor passou a exigir um maior prêmio de risco para alocação em ativos brasileiros.
Maio de 2024 encerrou como um mês desafiador, marcado por um saldo negativo de capital estrangeiro na B3, totalizando uma saída líquida de R$ 1,634 bilhão, continuando a tendência de retiradas ao longo do ano. No acumulado do ano, o investidor estrangeiro já retirou R$ 35,9 bilhões, o pior começo de ano desde 2020. Os investidores seguem cautelosos devido à incerteza sobre o início da flexibilização monetária pelo Federal Reserve dos Estados Unidos, esperada para começar em setembro. Os fatores que continuam afugentando o capital estrangeiro incluem incertezas políticas e fiscais domésticas, além de um cenário global desafiador. Globalmente, o Brasil perdeu atratividade em comparação com outros mercados emergentes, como Índia e México, que até o final de maior se destacavam por uma percepção de maior estabilidade econômica e política.
O Ibovespa está sendo negociado a 7,6x P/L projetado para os próximos 12 meses, em comparação com a média histórica de 11,0x, representando um desconto de 31%. Quando consideramos as ações do Ibovespa, excluindo Petrobras e Vale, o índice está negociando a 9,5x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,2x, com desconto de 22%. As ações de empresas ligadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 9,0x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,1x, com desconto de 26%. As empresas exportadoras estão sendo negociadas a 7,0x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,0x, com desconto de 30%. As empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 8,2x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 14,4x, com desconto de 43%.
Desde seu lançamento, a Carteira Top Dividendos acumula um rendimento de 15,8%, considerando os proventos pagos até o momento. Apesar de maio não ter registrado nenhuma distribuição de renda para nossa carteira, desde o início já superamos a faixa de 10% de retorno somente por meio de proventos.
O dividend yield da carteira é calculado pela diferença entre a performance dos ativos ajustada por proventos e não ajustada.
Para junho de 2024, esperamos que a volatilidade continue impactando negativamente às ações, influenciada por fatores externos como as políticas monetárias dos EUA e internos como a política fiscal brasileira. Embora o Ibovespa apresente um valuation relativo muito abaixo da média histórica, lembramos que no pior momento de 2022 a bolsa chegou a negociar a 6x P/L projetado para os próximos 12 meses, ou seja, 18% abaixo dos níveis atuais. Por mais que o pior cenário parece estar precificado, preferimos esperar sinais claros de melhora para voltar a aumentar o risco da nossa carteira.
Nossa estratégia continuará focada em selecionar empresas resilientes, bem posicionadas para superar as adversidades econômicas e capazes de oferecer rendimentos estáveis. Estamos atentos às empresas com fundamentos sólidos e capacidade de gerar fluxo de caixa robusto, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.
As mudanças na carteira para junho refletem uma abordagem mais cautelosa, aumentando a ponderação em ativos com menor beta e maiores ROEs enquanto reduzimos a exposição em setores mais voláteis ou com riscos políticos evidentes. Para tornar a carteira mais defensiva, estamos adicionando Alupar e retirando JBS da carteira. Após um período de bom desempenho e resultados acima do esperado no 1T24 as ações da empresa de alimentos saltaram mais de 40%, assim, tomamos a decisão de realizar lucros e realocar capital em setores com menor volatilidade, trocando por Alupar. Essa troca serve justamente para tornar a carteira mais defensiva, alinhado à estratégia de minimizar riscos e aumentar os dividendos projetado da carteira.
A carteira agora fica com a seguinte concentração:
Estamos mantendo Itaú como a maior posição da nossa carteira. Além disso, estimamos que o banco continue com uma ótima performance para o ano, entregando um bom crescimento de lucro para 2024 de 15% e rentabilidade em patamares atrativos (acima de 20% de ROE). Vemos as ações atrativas negociando apenas 7,7x P/L 2024e, 7,1x 2025e e 1,6x 2024e.
Estamos aumentando nossa posição no Banco do Brasil, que continua apresentando uma valoração atrativa em comparação com seus pares e uma rentabilidade interessante. O banco tem mostrado resiliência em um setor que vem melhorando e parece estar mais isolado das conturbações políticas que afetam outras estatais. Esperamos que o banco continue com fortes resultados para o ano, entregando um crescimento de lucro 9% a/a e uma rentabilidade (ROE) atrativa de 21%, superando outros incumbentes como Bradesco e Santander. Vemos as ações atrativas, negociando apenas 4,1x P/L 2024e, 3,8x P/L 2025e e 0,8x P/VP 2024e.
Aumentamos a posição em BB Seguridade. Esperamos que a companhia seja pouco impactada pelo desastre ocorrido no Rio Grande do Sul e que a taxa Selic para 2024 deve ficar das projeções do começo do ano, beneficiando a composição de lucro da BB Seguridade. O mercado parece ainda não ter revisado para cima as projeções de lucro da companhia após os ajustes nas expectativas de juros no Brasil. Esperamos que as ações da empresa se valorizem conforme as projeções de lucro forem ajustadas. Além disso, vemos as ações atrativas, negociando apenas 8,4x P/L 2024e, 7,7x P/L 2025e e com um robusto dividend yield de 10% 2024e.
A inclusão de Alupar na carteira reflete nossa estratégia defensiva, valorizando a previsibilidade e a estabilidade do setor de utilidades. Consideramos o caso de Alupar particularmente atrativo em termos de avaliação em relação aos seus pares, e o atual valuation justifica uma recomendação mais enfática de compra, alinhada com nossa visão de que ela oferece um risco-retorno favorável.
Aos atuais níveis de preço, observamos um potencial de valorização para as ações de 24%, negociando a uma taxa interna de retorno real implícita de 11% (vs NTN-Bs 2045 de 6,2%) e com um dividend yield esperado para 2024 de 6,4%. Seguimos achando o case da Alupar o mais atraente em termos de avaliação em relação aos pares, mas dessa vez, o valuation permite uma recomendação mais agressiva.
A empresa está entrando em um novo ciclo de investimentos devido às aquisições recentes nos leilões de transmissão, com expectativa de investir R$4.8 bilhões nos próximos 6 anos, considerando uma eficiência de capex de 20% em relação ao estimado pela ANEEL e com os anos de maior desembolso serão entre 2025 e 2027. Como a maioria dos projetos ainda está em fase inicial de construção ou em processo de assinatura, espera-se que 2024 seja um ano de menor volume de capex, permitindo possivelmente maior distribuição de dividendos antes de a empresa entrar novamente em um período intensivo de investimento e limitar a distribuição ao patamar mínimo de 50% do lucro líquido regulatório (de acordo com sua política de dividendos). Considerando o patamar mínimo, a distribuição de proventos da empresa deverá ser de 4,5% em relação aos preços atuais. Em caso de maior espaço para distribuição, considerando 75% do lucro líquido regulatório, o yield poderia chegar a 7,0%.
Reduziremos nossa exposição em Eletrobras de 12,0% para 9%, refletindo preocupações com o ambiente político e a volatilidade nos preços de energia. Seguimos achando o case mais barato do setor elétrico (TIR implícita estimada 14% em termos reais), confiantes no turnaround da empresa, com foco em redução de custos, venda de ativos non-core e re-precificação do seu portfólio de energia, mas optamos por uma abordagem cautelosa diante dos riscos políticos e regulatórios atuais.
Ainda julgamos que a companhia esteja excessivamente descontada, negociando uma EV/EBITDA 24E de 4,5x (vs. 4,9x da média histórica), porém com muitos ruídos sobre a companhia, decidimos manter o peso de Vale em nosso portfólio inalterado. O preço do minério de ferro 62% Fe permanece atrativo, mas com uma alta volatilidade. Chegou a ~US$98/t em abril, após a forte queda no início do ano, que começou em janeiro com ~US$125/t. Hoje, já voltou para o patamar de ~US$120/t em menos de 60 dias. Essa queda de preço até abril fez com que a Vale reportasse números mais fracos no 1T24, mas como o preço já voltou para patamares mais atrativos, o 2T24 deve apresentar números melhores, além de que há o distanciamento do pior trimestre para as mineradoras (1Ts) devido a sazonalidade natural de chuvas, o que indica que os próximos resultados da companhia devem ser promissores, com trimestres mais secos.
Acreditamos que a Vale deve crescer volume e preço, tanto de maneira sequencial quanto a/a, no 2T24. No entanto, em detrimento dos riscos envolvidos (repactuação de outorgas de ferrovias, acordo de Mariana e eleição de CEO), entendemos que o bom cenário do minério de ferro no curto prazo possa não se refletir inteiramente em uma boa performance do papel.
A mudança na presidência da Petrobras, com a saída do Sr. Jean Paul Prates e a entrada de Magda Chambriard, é vista por nós como um potencial ponto de inflexão na estratégia corporativa da empresa. Dada a forte performance da ação sob a liderança do Sr. Prates e o contexto de incerteza trazido pela nova presidente, estamos cautelosos com o impacto que mudanças na política de alocação de capital e distribuição de dividendos podem ter no valor para o acionista. As visões da Sra. Chambriard, que sugerem um possível aumento nos investimentos e uma postura crítica quanto à distribuição de dividendos, nos levam a questionar a continuidade da trajetória de eficiência e rentabilidade que tem caracterizado a empresa nos últimos anos.
Considerando os riscos associados à mudança de liderança e possíveis políticas que podem alterar significativamente a estrutura de capital e a estratégia de dividendos da Petrobras, optamos por reduzir o peso de Petrobras em nossa carteira. Essa decisão reflete nossa abordagem de mitigar riscos e proteger o portfólio contra a volatilidade potencial e as incertezas políticas que podem afetar a performance da empresa no mercado. Continuaremos a monitorar de perto as ações da nova gestão, especialmente quaisquer novas diretrizes que possam ser anunciadas no próximo Planejamento Estratégico da empresa, para reavaliar nossa posição conforme necessário.
A manutenção de Auren da nossa carteira ocorre devido à recente aquisição anunciada pela empresa da AES Brasil. Acreditarmos no potencial de geração de valor no longo prazo após a “digestão” da aquisição, ainda que tenhamos afirmado que o prêmio pago pelo ativo parece alto em relação às sinergias anunciadas. Acreditamos que essa oportunidade interessante para que os acionistas da AESB3 migrem para uma plataforma que julgamos mais robusta em termos de porte, com apropriação de sinergias, maior diversificação de fontes geradoras, redução do custo de capital, um controlador com bom histórico de gestão nesse tipo de ativo, principalmente se considerarmos o turnaround da CESP e histórico de desenvolvimento de projetos.
O management foi muito vocal no continuísmo para o pagamento de dividendos. Qualquer coisa acima do patamar mínimo regulatório (25% do lucro líquido da nova empresa), pode surpreender positivamente o mercado. Sob premissas realistas, a alavancagem inicial deve ficar acima de 5x Dívida Líquida/EBITDA, com desalavancagem gradual ao longo dos próximos anos até o nível esperado de 3,0x-3,5x. Considerando os dados proforma apresentados, estimamos um dividend yield de apenas 2% em relação aos preços de mercado da nova empresa a ser formada. É importante lembrar que essa estimativa é extremamente subestimada por considerar os lucros contábeis a serem entregues nos próximos anos pelas empresas enquanto a Auren em geral tem distribuído seus proventos usando a sua geração de caixa como proxy. Ou seja, em nossa interpretação, a tese da empresa migra de uma dividend player para um case de valor/turnaround baseado na apropriação de sinergias e desalavancagem, o que não vai necessariamente contra nossa estratégia. De acordo com o cronograma anunciado, todo o processo é esperado para terminar em Out/24.
Estamos reduzindo a participação na B3, uma decisão influenciada pelas recentes revisões de corte de juros no Brasil e pela diminuição do apetite dos investidores estrangeiros pelos ativos locais. A B3, sendo uma empresa que se beneficia da alta volatilidade e do aumento nas transações, pode enfrentar desafios se o mercado continuar a se contrair. Não sabemos quando, mas com uma melhora do cenário macro global, pode gerar uma recuperação ao longo do ano. Além do valuation atraente, nossa tese de maior penetração dos produtos da B3 no mercado brasileiro por conta da redução da taxa de juros permanece válida no longo prazo, mas reconhecemos que tanto o cenário local quanto internacional vêm se deteriorando ao longo do ano, jogando contra nossa tese de investimento.
Acreditarmos que a margem de segurança para comprar as ações da B3 aumentaram. Hoje vemos a companhia negociando a menos de 14x P/L 24E, enquanto os pares internacionais negociam próximo de 20x P/L 24E.
Após a empresa reportar um resultado abaixo das expectativas no 1T24, uma nova variável apareceu: a entrada do Nubank no mercado de telecomunicações. Esse aumento de competição em parceria com a Claro pode gerar incertezas em relação a competição no setor para os outros dois principais players: Vivo e Tim, o que pode gerar pressão negativa sobre a ação.
A redução no peso da Cyrela é motivada pelo movimento de abertura da curva de juros, que tem prejudicado o desempenho das ações do setor imobiliário. Apesar de mantermos uma visão positiva para a empresa no longo prazo, especialmente para o segundo semestre, optamos por uma abordagem mais cautelosa no curto prazo. Um ambiente menos incerto pode ser favorável para o setor, impulsionando a demanda por imóveis de média e alta renda. Outro aspecto relevante diz respeito a estrutura de capital pouco alavancada da Cyrela, que permite que ela aproveite oportunidades de crescimento sem comprometer seu balanço. A administração conservadora da Cyrela já começa a demonstrar otimismo para os lançamentos no ano corrente, uma postura que reforça a confiança na sua capacidade de execução e visão estratégica. Com uma estrutura de capital pouco alavancada, a Cyrela está bem posicionada para aproveitar as melhorias do mercado imobiliário sem comprometer seu balanço financeiro.