Publicado em 08 de Janeiro às 09:01:00
O ano de 2024 foi marcado por desafios para os ativos de risco no Brasil. O último trimestre foi especialmente negativo, com uma acentuada deterioração do quadro fiscal, o que resultou em quedas no mercado de ações, valorização do dólar e aumento da curva de juros. Esse cenário se contrastou fortemente com o dos Estados Unidos, onde as bolsas atingiram novas máximas históricas, impulsionadas por um ambiente econômico mais estável e favorável.
O Brasil começa 2025 sem avanços substanciais nas esferas política e econômica, o que continua pressionando o câmbio, os juros e a bolsa de valores. A ausência de ajustes fiscais e a restrição da política monetária afetam negativamente as empresas, enquanto o país ainda necessita de reformas estruturais para resolver o desequilíbrio fiscal.
A política monetária brasileira permanece isolada no desafio de controlar a inflação, mas enfrenta o risco crescente de Dominância Fiscal, o que limita sua eficácia e torna mais difícil o controle dos preços. Embora haja sinais de apoio de Lula ao Banco Central, esses gestos têm um impacto apenas paliativo e não alteram o preocupante panorama de longo prazo.
O Copom já sinalizou a possibilidade de uma Selic de 14% nos próximos meses, com duas elevações previstas. No entanto, a curva de juros já precifica uma Selic superior a 15% até o final do ano. Além disso, as taxas de juros reais permanecem elevadas, em níveis similares aos de crises como 2008 e 2014. Os fundos multimercados têm demonstrado recuperação e se mostrado uma ferramenta relevante de diversificação em um cenário econômico complexo. No mercado de ações, a recomendação é manter uma carteira bem defensiva.
Não houve mudanças na carteira em relação ao mês anterior. Recomendamos cautela em relação ao risco, pois, embora os ativos estejam sendo negociados a preços de crise e o Governo tenha ferramentas para superar a atual crise de confiança, o cenário continua repleto de incertezas.
As carteiras de previdência foram criadas para fornecer uma estratégia de alocação mais clara para os investidores, com o objetivo de direcionar seus investimentos no longo prazo. A alocação estratégica dessas carteiras tende a ser estável, sem mudanças drásticas mês a mês. Isso ocorre porque, embora os custos de mudança em previdência sejam baixos — já que não há cobrança de Imposto de Renda na portabilidade entre fundos —, é importante manter uma estrutura consistente ao longo do tempo.
O horizonte de investimento das carteiras de previdência é, em geral, de 24 meses ou mais. Para prazos menores, há produtos mais vantajosos em termos tributários. Além disso, a composição das carteiras de previdência é geralmente focada em renda fixa, multimercados e ações, onde as vantagens tributárias são mais expressivas, especialmente em investimentos de longo prazo.
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A carteira foi construída com o objetivo de ter retorno próximo a CDI+0,5%, volatilidade inferior a 0,50% e exposição a crédito limitada a 60% do PL. O horizonte investimentos é de 24 meses.
Para construção da carteira, foram analisadas diversas janelas móveis desde de 2009 com base no benchmark das classes. Historicamente, essa composição tem um retorno de CDI+0,88% e volatilidade de 0,49%, apesar do principal risco da carteira ser o risco de crédito. No horizonte sugerido, o retorno da carteira bateu o CDI 92% das vezes.
A partir do asset allocation são escolhidos os produtos para compor a carteira. A partir de R$ 10.000 é possível ter um carteira diversificada e líquida para aproveitar as vantagens da previdência privada.
Um dos principais atrativos da previdência é sua liquidez. Isso porque os planos voltados para investidores em geral têm um prazo limite de resgate de até 10 dias úteis, conforme regulamentação da SUSEP, após o período de carência que costuma ser de 60 dias.
O cliente tem a flexibilidade de iniciar sua carteira do zero, com aportes e contribuições mensais, ou ainda pode modificar sua alocação por meio de portabilidade, transferindo recursos entre os fundos conforme sua estratégia de investimento.
Não é necessário fazer o rebalanceamento da carteira a cada nova divulgação. O ideal é fazer a cada 6 meses ou 1 ano ou sempre que a carteira desviar muito da carteira objetivo.
Data de referência: 23/12/2022 a 31/12/2024