Publicado em 01 de Abril às 01:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em abril de 2024.
O primeiro trimestre do ano terminou com o Ibovespa na lanterna em termos de desempenho, ficando atrás das principais bolsas do mundo e de seus pares emergentes. Uma tempestade perfeita, envolvendo mudanças na condução da política monetária nos EUA e Brasil, riscos fiscais, e intervenções políticas, levou a uma fuga de investidores estrangeiros e colocou nossa bolsa em uma posição desfavorável. Apesar disso, acreditamos que ainda existem boas oportunidades de alocação, embora agora estejamos adotando uma postura mais conservadora diante deste novo cenário.
Março consolidou-se como um mês positivo para as principais bolsas globais, exceto por China, a taxa de juros de 10 anos nos EUA, e o Ibovespa, que apresentaram performance negativa. A queda dos juros de longo prazo nos EUA normalmente sugeriria um impulso positivo para o Ibovespa, mas, devido a ruídos locais, o mercado brasileiro novamente ficou atrás de seus principais pares globais.
Analisando o trimestre, o desafio se intensifica, com ações brasileiras de grande e pequena capitalização, além de commodities, registrando performance negativa. Contrariando as expectativas, o trimestre foi extremamente positivo para as ações globais, especialmente aquelas ligadas ao mundo desenvolvido impulsionado pela temática de inteligência artificial. Apesar da alta nos juros de 10 anos nos EUA, este aumento não foi suficiente para ofuscar o excelente desempenho de ativos na Europa, EUA e no âmbito global, destacando a resiliência dos mercados desenvolvidos neste período.
O Ibovespa atualmente é negociado a 7,9x P/L projetado para os próximos 12 meses, o que representa um desconto de 28% em relação à sua média histórica de 11,0x. Quando excluímos Petrobras e Vale da análise, o índice é negociado a 10,3x P/L, abaixo da média de 12,2x, indicando um desconto de 16%. As ações vinculadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 9,7x P/L, abaixo da média de 12,1x, resultando em um desconto de 19%. Já as ações de empresas exportadoras são negociadas a 6,7x P/L, significativamente abaixo da média de 10,0x, com um desconto de 34%. Por fim, as Small Caps apresentam negociação a 9,8x P/L, também abaixo da média histórica de 14,4x, representando um desconto de 32%.
Os Juros futuros no Brasil avançaram em março, especialmente na parcela média/longa da curva, indicando uma Selic terminal ligeiramente mais alta devido à percepção hawkish da ata do Copom. O Banco Central expressou preocupações com o mercado de trabalho e alguns membros veem um ritmo mais lento de cortes da Selic como apropriado se a incerteza persistir. O IPCA-15 acima do esperado e serviços subjacentes ainda pressionados reforçam essa dinâmica.
Março marca o terceiro mês consecutivo de saída de capital estrangeiro do mercado acionário brasileiro, com uma retirada acumulada de R$ 6,2 bilhões no mês e R$ 23,6 bilhões no ano, até o dia 26. Contrastando com essa tendência, o investidor local tem demonstrado um crescente interesse em adquirir ações, particularmente o investidor pessoa física, que lidera esse movimento de compra com um saldo positivo de R$ 12,8 bilhões no ano.
Notavelmente, o investidor institucional também reverteu sua postura de retirada vista em 2023, registrando agora um saldo positivo de aproximadamente R$ 1,9 bilhões no ano. Março viu uma entrada significativa de R$ 1,6 bilhão pelo institucional e quase R$ 5 bilhões pelo Pessoa Física, marcando o terceiro mês consecutivo de entradas, sinalizando uma mudança positiva na postura de investimento local em contraste com a retirada de investidores estrangeiros.
(1) Empresas Exportadoras: Diante dos últimos acontecimentos, que incluem uma expectativa de maior crescimento econômico global, mesmo com uma política monetária ainda contracionista, estamos aumentando nossa exposição em empresas exportadoras. Nossas carteiras agora estão balanceadas entre empresas exportadoras e locais, mas com um percentual menor de empresas locais em comparação com recomendações anteriores.
(2) Empresas Domésticas: Apesar de observarmos um movimento de redução dos juros no Brasil, que também se iniciará nos EUA, acreditamos que esse processo será mais demorado e de menor intensidade do que o previsto. Consequentemente, reduzimos nossa exposição em empresas ligadas à economia doméstica. Nossas escolhas atuais se baseiam no momento técnico dessas empresas e em um ciclo microeconômico favorável, identificado após o término da temporada de balanços.
(3) Dolarização da Carteira: Com o dólar se fortalecendo globalmente, embora não vejamos um amplo espaço para valorização significativa frente ao real, estamos aumentando o nível de dolarização de nossas carteiras. Esta decisão é baseada na compreensão de que empresas mais conservadoras podem se beneficiar deste cenário de um dólar mais forte internacionalmente.
Diante de um cenário mais adverso no Brasil, tomamos a decisão de reduzir ainda mais o beta de nossas carteiras, agora com a maioria dos ativos possuindo um beta inferior a 1. Esta medida reflete nossa cautela frente às incertezas no cenário doméstico e a redução do interesse dos investidores estrangeiros em ações brasileiras.
Com o encerramento da temporada de balanços, aproveitamos para reorganizar nossas recomendações, priorizando empresas que apresentam um momento técnico favorável e um ciclo microeconômico positivo para os próximos trimestres. Estamos atentos às mudanças no mercado e buscamos posicionar nossas carteiras de forma a otimizar os retornos diante dos desafios atuais, mantendo uma abordagem mais conservadora até que o panorama se torne mais claro.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -2,84% no mês de março. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -0,71%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -14,85% contra uma baixa de -4,53% do Ibovespa. Em relação ao mês de março, saíram as ações da Energisa (ENGI11), Hapvida (HAPV3), Mater Dei (MATD3), 3R Petroleum (RRRP3) e Yduqs (YDUQ3). Com Inclusão das ações da Aura Minerals (AURA33), Klabin (KLBN11), Positivo (POSI3), Petro Rio (PRIO3) e Weg (WEGE3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -5,59% no mês de março. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -0,71%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -12,98% contra uma baixa de -4,53% do Ibovespa. Em relação ao mês de março, saíram as ações da Energisa (ENGI11), Hapvida (HAPV3), JBS (JBSS3) e Yduqs (YDUQ3). Com Inclusão das ações da Assaí (ASAI3), Klabin (KLBN11), Petro Rio (PRIO3) e Weg (WEGE3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -1,90% no mês de março. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 2,15%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -20,61% contra uma baixa de -4,09%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de março, saíram as ações da Duratex (DXCO3), Ecorodovias (ECOR3), Mater Dei (MATD3), Movida (MOVI3), Simpar (SIMH3) e Yduqs (YDUQ3). Com Inclusão das ações da Aura Minerals (AURA33), C&A (CEAB3), Cyrela (CYRE3), GPS Participações (GGPS3), Grupo Mateus (GMAT3) e Iochp-Maxion (MYPK3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -5,02% no mês de março. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 2,15%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -14,89% contra uma baixa de -4,09%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de março, saíram as ações da Ânima (ANIM3), Infracommerce (IFCM3) e Pão de Açúcar (PCAR3). Com Inclusão das ações da ClearSale (CLSA3), Even (EVEN3) e Positivo (POSI3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 0,62% no mês de março. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -1,20%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -7,97% contra uma baixa de -3,81%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de março, saíram as ações da Eletrobras ON (ELET3) e JBS (JBSS3). Com Inclusão das ações da ABC Brasil (ABCB4) e Sao Martinho (SMTO3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -3,94% no mês de março. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 1,21%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -8,74% contra uma baixa de -1,90%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de março, saíram as ações da Duratex (DXCO3), Pão de Açúcar (PCAR3) e Simpar (SIMH3). Com Inclusão das ações da Arezzo (ARZZ3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Klabin (KLBN11).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 2,03% no mês de março. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 4,04%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 12,89% contra uma alta de 15,88%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de março, saíram as ações da Inter & Co (INBR32), Microsoft (MSFT34) e Visa (VISA34). Com Inclusão das ações da Aura 360 (AURA33), Coinbase Global (C2OI34) e Alphabet (GOGL34).
Para o mês de abril de 2024, recomendamos compra de It Now IFNC (FIND11), It Now DIVO (DIVO11), Ishares, MSCI Mundo (ACWI11), Ouro (GOLD11) e Nasdaq Crypto Index (HASH11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de março de 2024, a Carteira de ETF MACRO avançou 2,02% contra o Ibovespa que apresentou queda de -0,71% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)