Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Agosto às 06:00:00

Carteira Recomendada de Ações – Agosto 2023

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em agosto de 2023.

Um olho no peixe e outro no gato

Para este mês, nossa carteira recomendada de ações está sintonizada com as expectativas do mercado e os desenvolvimentos macroeconômicos. Diante da expectativa de um corte na taxa Selic, estamos inclinando nossa carteira para ações domésticas, que devem se beneficiar de um ambiente de juros mais baixos. Acompanharemos de perto as discussões fiscais no Brasil, que podem impactar a confiança dos investidores e o desempenho do mercado. Adicionalmente, permanecemos atentos ao andamento da economia global, que, em meio a incertezas e volatilidades, pode trazer oportunidades de investimento.

Confira agora a carteira recomendada de ações para agosto de 2023!

Instabilidade na economia chinesa “favorecendo” as commodities

Durante o mês de julho de 2023, a economia chinesa experimentou mais um período de volatilidade significativa. A crescente incerteza em torno das políticas econômicas e comerciais do país, combinada com preocupações em relação a uma potencial desaceleração econômica, tem sido um fator de tensão para os mercados globais. Em resposta, o governo chinês tem implementado uma série de medidas de estímulo para tentar equilibrar a situação e incentivar o crescimento.

Embora a situação seja complexa e ainda incerta, uma consequência clara dessas medidas tem sido um aumento na especulação dos preços commodities. As políticas de estímulo têm encorajado o investimento em infraestrutura e a produção industrial, o que, por sua vez, gerou um aumenta nas especulações em torno da demanda por matérias-primas.

Esse cenário tem beneficiado os países exportadores de commodities, que têm visto uma alta nos preços e na demanda por seus produtos nos mercados futuros. Entretanto, a situação permanece volátil, com muitos observadores atentos aos próximos passos do governo chinês e ao impacto potencial dessas ações na economia global. Atentos à essas movimentações, estamos aumentando nossa exposição em commodities nas carteiras, mesmo diante da incerteza do cenário à frente.

Será o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA?

O Fed, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros em 25 pontos-base, alcançando 5,25%-5,5% ao ano, deixando incerto o próximo passo. Apesar das recentes estatísticas de atividade, mercado de trabalho e inflação mais baixos, o Fed decidiu por um aumento estratégico. O presidente do Fed, Jerome Powell, mencionou a esperança de que a inflação americana siga a taxa mais moderada do último CPI, sugerindo que uma nova alta de juros pode não ser necessária para alcançar a meta de inflação de 2%. A estratégia futura do Fed permanece indefinida.

Resiliência americana convida ao otimismo, mas a precificação das ações preocupa

A economia dos EUA apresentou sinais de resiliência notável, com a inflação começando a ceder. Este cenário, conhecido como “goldilocks”, tem sido favorável para investidores que continuam a apostar em ações. A política monetária, apesar de hawkish ganha a cada dia apostas de final de ciclo de alta, o tem sido um pilar de sustentação nesse ambiente.

No entanto, mesmo em meio a este cenário favorável, há sinais de instabilidade econômica emergindo. O mercado de ações, por exemplo, tem sido caracterizado por um nível de precificação que parece precificar um cenário de perfeição para os resultados corporativos. Isso tem gerado preocupações de que as ações podem estar superestimadas, criando um risco de reajuste significativo se os resultados corporativos não corresponderem às expectativas elevadas.

Portanto, embora o cenário econômico atual nos EUA seja, em muitos aspectos, encorajador, os investidores devem permanecer cautelosos. A precificação das ações sugere que o mercado pode estar desconsiderando alguns riscos importantes, o que poderia resultar em volatilidade adicional à frente.

Otimismo cauteloso domina o mercado financeiro brasileiro em meio a sinais de corte na Selic

Julho de 2023 marcou um momento interessante para a economia brasileira. O país registrou dados de inflação (IPCA) melhores do que o esperado, o que trouxe algum alívio para os mercados. Além disso, o andamento da agenda de reformas e o fluxo de investidores estrangeiros ajudaram a sustentar a demanda por ações brasileiras.

Esses fatores, combinados com a perspectiva de um iminente corte na taxa Selic, parecem ter criado um clima de otimismo cauteloso entre os investidores. Apesar de alguns sinais de instabilidade na economia e nas contas públicas, os investidores optaram por “ver o copo meio cheio”, focando nos aspectos positivos e na perspectiva de um ambiente de juros mais baixos.

No entanto, não se pode ignorar que a economia brasileira enfrenta alguns desafios. A situação fiscal continua sendo uma preocupação importante, e a implementação bem-sucedida das reformas é essencial para garantir a estabilidade econômica a longo prazo.

Em suma, enquanto o Brasil mostra sinais promissores, com a inflação sob controle e a perspectiva de taxas de juros mais baixas estimulando o mercado de ações, os investidores devem permanecer atentos. A volatilidade potencial decorrente da instabilidade econômica e das contas públicas exige uma abordagem cuidadosa e estratégica para investir no mercado brasileiro.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionado

(1) Investimentos em commodities: Em resposta às recentes medidas de estímulo à economia anunciadas pelo governo chinês, decidimos aumentar nossa exposição a empresas ligadas a commodities. Ainda que haja um grau de incerteza que possa ocasionar volatilidade no mercado, identificamos atraentes oportunidades de investimento com base na precificação atual de algumas ações dessas empresas.

(2) Investimentos em empresas ligadas à economia local: Mantemos uma alocação substancial em ações vinculadas à economia doméstica, considerando os acontecimentos recentes e seus impactos sobre as curvas de juros de curto e longo prazo. A expectativa de uma redução nas taxas de juros em agosto já está amplamente refletida nos preços atuais, deixando a pergunta: até que ponto ainda há margem para novas altas? Apesar dessas incertezas, continuamos a concentrar nossos investimentos em empresas que possuem potencial de se beneficiar com a queda nas taxas de juros e de olho na temporada de divulgação de balanços referente ao segundo trimestre de 2023.

(3) Dolarização da carteira: Continuamos a manter uma exposição reduzida a ativos dolarizados, levando em consideração o contexto atual tanto no Brasil quanto no mundo. O Real apresenta bons fundamentos e, embora o cenário continue desafiador, existem várias forças que podem manter a tendência de depreciação do dólar global.

(4) ETFs e BDRs: Mantemos exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois entendemos que o futuro ainda apresenta desafios. Continuamos focados em setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e empresas boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia e criptoativos.

Carteira recomendada de ações agosto: o que esperar?

Para o mês de agosto, mantemos um viés otimista, mas com cautela. Estamos aumentando nossa exposição a commodities, dada a expectativa de aumento da demanda devido aos estímulos anunciados pela China. Acreditamos que essa movimentação proporcionará uma oportunidades para ganhos com empresas do setor de mineração e energia.

Com a expectativa de um corte na taxa de juros, continuamos a favorecer ações que se beneficiam deste cenário, como empresas de consumo e imobiliárias. Acreditamos que estas podem oferecer retornos atrativos em um ambiente de taxa de juros mais baixa.

No entanto, reconhecemos a necessidade de monitorar atentamente a temporada de balanços, que pode trazer mais clareza sobre as condições corporativas e o cenário econômico. Este monitoramento nos permitirá identificar as melhores oportunidades e ajustar nossa estratégia de acordo.

Adicionalmente, não estamos negligenciando algumas proteções em nossa carteira. Dada a volatilidade potencial e incertezas no cenário macroeconômico global, continuamos mantendo posições defensivas e diversificadas para proteger nosso portfólio contra eventuais desequilíbrios do mercado.

Em suma, nossa estratégia para agosto é equilibrada, com um viés otimista. Estamos buscando oportunidades nas commodities e em ações sensíveis à taxa de juros, mas sem deixar de lado a prudência e a proteção necessárias em um cenário de incertezas.

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -3,72% no mês de julho. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 3,27%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 7,05% contra uma alta de 11,13% do Ibovespa. Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Cemig (CMIG4), Copel (CPLE6), Grupo Mateus (GMAT3), Porto Seguro (PSSA3) e Indústrias Romi (ROMI3). Com Inclusão das ações da Aliansce Sonae (ALSO3), Ecorodovias (ECOR3), Petro Rio (PRIO3), Vale (VALE3) e Weg (WEGE3).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 1,02% no mês de julho. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 3,27%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 16,50% contra uma alta de 11,13% do Ibovespa. Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Ambev (ABEV3), BTG Pactual (BPAC11) e Cemig (CMIG4). Com Inclusão das ações da Aliansce Sonae (ALSO3), Petro Rio (PRIO3) e Weg (WEGE3).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -2,21% no mês de julho. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 3,12%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 15,99% contra uma alta de 16,80%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Grupo Mateus (GMAT3), Oceanpact (OPCT3) e Indústrias Romi (ROMI3). Com Inclusão das ações da Aliansce Sonae (ALSO3), Ecorodovias (ECOR3) e Três Tentos (TTEN3).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 9,10% no mês de julho. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 3,12%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 6,82% contra uma alta de 16,80%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Desktop (DESK3), Brisanet (BRIT3) e Track&Field (TFCO4). Com Inclusão das ações da ClearSale (CLSA3), Lavvi (LAVV3) e Tenda (TEND3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -1,16% no mês de julho. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 2,84%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 4,88% contra uma alta de 12,41%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Cemig (CMIG4), Copel (CPLE6) e Telefônica Vivo (VIVT3). Com Inclusão das ações da CPFL Energia (CPFE3), Transmissão Paulista (TRPL4) e Vale (VALE3).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 5,67% no mês de julho. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade Empresa (ISE) obteve um desempenho positivo de 1,27%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 19,73% contra uma alta de 15,25%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da BTG Pactual (BPAC11) e Neoenergia (NEOE3). Com Inclusão das ações da Aliansce Sonae (ALSO3) e Weg (WEGE3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 8,94% no mês de julho. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 2,13%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade alta de 2,56% contra uma alta de 17,59%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Carnival (C1CL34). Com Inclusão das ações da Alphabet (GOGL34).

Carteira ETF MACRO

Para o mês de agosto de 2023, recomendamos compra de It Now IMAT (MATB11), It Now DIVO (DIVO11), It Now IFNC (FIND11), Ouro (GOLD11) e Ishare SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de julho de 2023, a Carteira de ETF MACRO avançou +2,09% contra o Ibovespa que apresentou alta de 3,27% no mesmo período.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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