Publicado em 01 de Dezembro às 06:00:00
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Em novembro, nossas expectativas sobre uma redução no “pace” do Fed foram confirmadas, o que é positivo para ativos de risco. Porém, precisaremos acompanhar o impacto que essa política monetária mais restritiva terá sobre a atividade econômica americana e global.
A inflação deu sinais de que o pior poderia ter ficado para trás, e os resultados corporativos mostraram sinais de fragilidade. Assim, uma mudança de narrativa é esperada, em que investidores, agora, estarão atentos à duração e à magnitude da recessão esperada para 2023.
Apesar da situação complexa na China, também acreditamos em ventos melhores nos próximos meses. Sobre Brasil, o mercado acabou penalizando muito o investidor de ações devido à falta de direção e de clareza sobre a PEC da transição e sobre quem fará parte da equipe econômica do próximo governo.
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Inflação: nossas expectativas sobre dados melhores de inflação no mundo foram confirmadas. Políticas monetárias mais restritivas, assim como a queda na atividade, na confiança do consumidor e nos preços das commodities, contribuíram para acreditarmos que o “pior” teria ficado para trás. No entanto, entendemos que não podemos ignorar a inflação, por isso, monitoraremos de perto quaisquer sinais de acomodação ou repique. O mercado de trabalho nos EUA ainda está muito forte, e isso poderia ser um problema.
Esperamos uma mudança de narrativa por parte do investidor, que irá se concentrar, agora, em buscar oportunidades olhando para uma nova fase do ciclo econômico. Como já esperado por grande parte do mercado, o próximo ano será de recessão. Agora, nos resta saber a intensidade e a duração dessa nova parte do ciclo. Acreditamos que a mudança de opinião dos investidores sobre essa situação será responsável por trazer volatilidade aos ativos. E como estamos falando de recessão, buscaremos alocação em ativos mais conservadores, dentro de setores resilientes, com baixa alavancagem e bons pagadores de dividendos.
Estados Unidos: em novembro, o mercado passou por uma mudança importante, ao reagir de maneira desfavorável aos dados negativos. Isso deve soar estranho, mas, quando ocorre, pode indicar que o ciclo de aperto monetário estaria próximo do fim. A atividade nos EUA, aos poucos, vem mostrando sinais de arrefecimento. O desafio do Fed, agora, é se concentrar no tão aguardado “pouso suave”, cujo objetivo é trazer uma política monetária restritiva, com o menor efeito possível sobre a economia real. Estamos olhando com maior atenção para ativos americanos, sendo cautelosos nas escolhas, pois acreditamos ainda existir espaço para uma nova correção de preços, não impactada por mudanças na curva de juros, mas, sim, por uma expectativa de lucros mais baixa à frente.
China: mesmo com o noticiário negativo referente à Covid-19, não observamos reações negativas nos mercados correlacionados. Assim, podemos concluir que o investidor começou, em novembro, a olhar o copo meio cheio. Depois da recondução de Xi Jinping, que deve propor uma China mais focada na prosperidade comum e voltada para fomentar a atividade local, devemos ver mudanças na economia global e no relacionamento entre países. Independentemente dessas mudanças, acreditamos que a demanda por alimentos e combustíveis pode crescer nos próximos meses, devido à reabertura da economia, hoje ainda fragilizada pelas políticas de lockdown. Esse processo tende a ser demorado e volátil, mas a reação positiva do mercado, mesmo diante desses desafios, nos motivou a estar mais atentos a essas possíveis oportunidades.
O mês foi marcado por uma forte deterioração dos ativos ligados à economia doméstica, impactados, sobretudo, pela forte abertura das taxas de juros. Esse movimento foi justificado pela falta de definição da composição da equipe econômica do governo eleito, bem como pelas negociações em torno da PEC da transição, ao fazer com que investidores ficassem preocupados com a situação fiscal para os próximos anos.
A combinação de notícias negativas com a ausência de uma definição deixou os investidores no “escuro”. Esse sentimento pressionou, principalmente, as expectativas do mercado em relação à trajetória da Selic em 2023 e causou uma forte queda dos ativos ligados à economia local – como varejo, construção civil e small caps.
A temporada de balanços foi abaixo das expectativas, com as empresas sentindo os efeitos da política monetária restritiva, os dados da inflação se mostrando mais positivos, e o nível de atividade econômica arrefecendo.
Por conta dessa forte mudança, reduzimos nossas exposições ao mercado doméstico e buscamos oportunidades em uma composição mais diversificada entre empresas exportadoras, dentro de setores mais perenes e com menor alavancagem. Não estamos saindo totalmente das posições locais em empresas mais agressivas, pois avaliamos que existem boas oportunidades relacionadas a preços atrativos. No entanto, estamos mais criteriosos, permitindo exposição a essas oportunidades apenas em carteiras de maior diversificação.
Em nossa opinião, como o mercado exterior está marginalmente mais positivo, acreditamos que uma simples definição sobre a PEC da transição e da equipe econômica poderia contribuir para uma melhora dos preços dos ativos, mesmo que o mercado não tenha uma avaliação final positiva para nenhum dos dois temas.
(1) Empresas ligadas a commodities: aumentamos nossa exposição a commodities em todas as nossas carteiras, com foco em energéticas e agrícolas. Também incluímos mineradoras e siderúrgicas, mas somente em carteiras de grande diversificação. No geral, essas empresas são opções interessantes para investidores que gostam de ações boas pagadoras de dividendos.
(2) Empresas ligadas à economia local: reduzimos nossa exposição ao mercado local diante dos últimos acontecimentos e das escolhas políticas adotadas pelo governo eleito. Para as empresas e setores de nossa escolha e que ainda permanecem, estamos em busca de empresas de menor volatilidade, dentro de setores como varejo, construção civil e educacional, que atendam o público de baixa renda. Também acreditamos que os passos rumo ao crescimento econômico brasileiro nos próximos anos virão da infraestrutura e da agricultura.
(3) Dolarização da carteira: mantivemos nossa exposição em ativos dolarizados diante do cenário Brasil e mundo. Globalmente, existe espaço para uma desvalorização do dólar, devido à postura mais “dovish” do Fed. Em relação ao Brasil, a indefinição sobre os planos do governo eleito poderá trazer volatilidade.
(4) ETFs e BDRs: aumentamos nossa exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois ainda entendemos que o cenário à frente é desafiador. Focaremos setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia.
(5) Preços atrativos / Técnico favorável: com a expectativa de uma movimentação mais positiva em dezembro (Rally de Natal) algumas de nossas escolhas ocorreu por critérios técnicos. Essas ações poderão ser retiradas nas recomendações de Janeiro de 2023.
Estamos abrindo um parênteses no cenário macro global e domésticos nos permitindo sermos mais agressivos no último mês de 2022.
Fizemos mudanças significativas em nossas carteiras, aumentando nossa exposição em exportadoras e reduzindo nossas apostas nas empresas ligadas à economia doméstica. Porém, nossas mudanças nos proporcionaram ações mais voláteis e com empresas de menor capitalização.
Com exceção das carteiras Dividendos 5+ e ESG 5+ todas as outras recomendações possuem composição de Beta maior do que 1 e com volatilidade acima da média.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -11,46% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -3,06%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 6,18% contra uma alta de 7,31% do Ibovespa. Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Intebras (INTB3), Transmissão Paulista (TRPL4), Randon (RAPT4), Weg (WEGE3) e Yduqs (YDUQ3). Com Inclusão das ações da Pão de Açúcar (PCAR3), Taesa (TAEE11), Unipar (UNIP6), Vale (VALE3) e Wiz Seguros (WIZS3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -6,30% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -3,06%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -15,34% contra uma alta de 7,31% do Ibovespa. Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Eletrobras ON (ELET3), Itaú Unibanco (ITUB4), Rede D’Or (RDOR3) e Weg (WEGE3). Com Inclusão das ações da Americanas S.A. (AMER3), Cemig (CMIG4), Bradesco (BBDC4) e Sul America (SULA11).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -11,78% no mês de novembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -11,23%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -3,58% contra uma baixa de -12,42%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Arezzo (ARZZ3), Intebras (INTB3), Lavvi (LAVV3), Multiplan (MULT3), Petz (PETZ3) e Randon (RAPT4). Com Inclusão das ações da Boa Vista (BOAS3), Ferbasa (FESA4), Petroreconcavo (RECV3), Sao Martinho (SMTO3), Unipar (UNIP6) e Wiz Seguros (WIZS3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -20,38% no mês de novembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -11,23%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -7,79% contra uma baixa de -12,42%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Plano & Plano (PLPL3) e Boa Safra (SOJA3). Com Inclusão das ações da BMG (BMGB4) e BR Partners (BRBI11).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -7,19% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 0,78%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 17,73% contra uma alta de 14,50%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Itaú Unibanco (ITUB4) e Telefônica Vivo (VIVT3). Com Inclusão das ações da Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -11,56% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho negativo de -10,48%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -19,07% contra uma baixa de -10,03%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Itaú Unibanco (ITUB4) e Weg (WEGE3). Com Inclusão das ações da Assaí (ASAI3) e Engie (EGIE3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 4,06% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 7,09%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -43,82% contra uma baixa de -24,89%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de novembro, não houve alteração da carteira.
Para o mês de dezembro de 2022, recomendamos compra de It Now PIBB (PIBB11), It Now DIVO (DIVO11) e It Now IMAT (MATB11), Ishares Select Dividend (BDVY39) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de novembro de 2022, a Carteira de ETF MACRO recuou -248% contra o Ibovespa que apresentou queda de -3,06% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa que representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)