Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Dezembro às 07:00:40

Carteira Recomendada de Ações – Dezembro 2023

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em dezembro de 2023.

Novembro se mostrou um mês bastante positivo para as ações tanto no Brasil quanto no mundo, impulsionado pelas expectativas de uma redução dos juros em economias desenvolvidas em 2024. Diante desse cenário otimista, foram realizadas mudanças significativas nas alocações de investimentos, visando uma maior sintonia com as novas perspectivas e adotando uma postura mais agressiva.

Neste contexto, as carteiras de investimento foram ajustadas para garantir uma ampla diversificação, incluindo tanto ações domésticas quanto exportadoras, além de ações de maior e menor risco. Essa estratégia visa criar um portfólio equilibrado, capaz de aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado atual, ao mesmo tempo em que se mantém resiliente diante de possíveis flutuações e incertezas.

Desempenho no mês

O mês de novembro marcou uma mudança significativa em relação a outubro, apresentando-se como um período bastante positivo para as ações globais e moedas de países emergentes. Esse movimento positivo foi amplamente impulsionado pela queda das taxas de juros nos Estados Unidos e pela desvalorização do dólar.

Os ativos brasileiros se destacaram nesse cenário, mesmo diante de um mês caracterizado por uma baixa nas commodities em geral. Esse desempenho notável é atribuído principalmente ao bom desempenho das ações ligadas à economia doméstica no Brasil.

Esse cenário reflete a dinâmica global do mercado financeiro, onde as mudanças nas políticas monetárias das principais economias, como os Estados Unidos, podem ter um impacto substancial em mercados emergentes, incluindo o Brasil.

Valuation

Apesar da recente alta, a avaliação do Ibovespa mostra que ele ainda está sendo negociado com um desconto significativo em relação à sua média histórica. O índice está a 8,0x o Preço/Lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses, comparado à média histórica de 11,0x, o que representa um desconto de 27%. Se excluirmos Petrobras e Vale do Ibovespa, o índice é negociado a 10,1x o P/L projetado para os próximos 12 meses, ainda abaixo da média histórica de 12,2x, indicando um desconto de 17%.

Focando nas ações de empresas ligadas à economia doméstica, estas estão sendo negociadas a 9,7x o P/L projetado para os próximos 12 meses, inferior à média histórica de 12,0x, o que reflete um desconto de 20%. Quando consideramos somente as empresas exportadoras, elas estão sendo negociadas a 7,1x o P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,1x, um desconto de 29%.

Por fim, as Small Caps, empresas de menor capitalização, estão sendo negociadas a 9,3x o P/L projetado para os próximos 12 meses, o que é bastante inferior à média histórica de 14,5x, representando um desconto expressivo de 36%.

Esses dados sugerem que, apesar dos recentes ganhos, o mercado de ações brasileiro ainda oferece oportunidades de investimento a preços relativamente baixos em comparação com os padrões históricos, especialmente em certos segmentos do mercado.

Curva de Juros

A dinâmica dos juros no Brasil recentemente seguiu a tendência observada nos Estados Unidos, com uma queda nos rendimentos (yields), apesar de um cenário fiscal interno desafiador, marcado por sinais do governo de um aumento do déficit público para o próximo ano. A influência dos juros externos, especialmente a diminuição das taxas nos EUA, teve um papel significativo nesse movimento.

Além disso, os dados mais recentes de inflação e atividade econômica no Brasil contribuíram para moldar as expectativas dos investidores. Essas informações sugerem que há espaço para uma política monetária mais relaxada, reforçando a possibilidade de que a taxa Selic possa terminar 2024 abaixo dos 10%.

Fluxo Investidor


O desempenho positivo dos ativos locais no Brasil foi influenciado significativamente pela entrada de capital por parte do investidor estrangeiro, que retornou ao mais alto nível de alocação do ano, revertendo uma tendência de três meses consecutivos de saídas. Até o dia 28 de novembro, aproximadamente R$ 18 bilhões foram injetados por investidores estrangeiros no mercado brasileiro.

Em contraste, o investidor local reduziu sua exposição no mercado. O investidor institucional registrou saídas de R$ 15 bilhões, enquanto o investidor pessoa física retirou cerca de R$ 6 bilhões. Para o investidor pessoa física, novembro marcou o primeiro mês de saída após quatro meses consecutivos de entradas. Quanto ao investidor institucional, ele alcançou o menor nível de alocação no ano, com uma saída acumulada de R$ 49 bilhões. Apesar das recentes retiradas, o saldo anual do investidor pessoa física ainda se mantém positivo, em torno de R$ 4,7 bilhões.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionado

(1) Empresas Exportadoras: Atualmente, estamos direcionando algumas alocações para empresas exportadoras, principalmente por causa dos preços atrativos destas empresas no mercado externo, visando a diversificação das carteiras. No entanto, elas não são nossa principal alocação devido ao potencial risco associado a um cenário de hard landing no próximo ano, que poderia impactar negativamente o desempenho desses ativos.

(2) Empresas Domésticas: Com os sinais mais claros de um ciclo de baixa dos juros tanto no Brasil quanto nos EUA, reforçamos nossa principal alocação para dezembro e ao longo de 2024 nas empresas domésticas. A cautela na seleção destas empresas foi primordial, procurando evitar aquelas que possam ter sido tecnicamente afetadas pela forte alta observada em novembro.

(3) Dolarização da Carteira: As posições em ativos dolarizados foram reduzidas, considerando os sólidos fundamentos do Real e a expectativa de continuação do fluxo positivo de capital até o final deste ano.

(4) ETFs e BDRs: Aumentamos nossa exposição em commodities e em empresas mais defensivas, aproveitando os atrativos níveis de valuation. Continuamos com alocações em ETFs e BDRs relacionados à China e ao Ouro. A China é atrativa devido aos seus preços vantajosos, enquanto o Ouro é uma escolha estratégica diante da expectativa de queda dos juros nos EUA.

Carteira recomendada de ações dezembro: o que esperar?

Para o mês de dezembro, adotamos uma abordagem de alocação altamente diversificada em diferentes classes e tipos de ações. A escolha por ativos com preços atrativos e bons fundamentos foi fundamental nas nossas decisões de investimento. Estamos implementando mudanças significativas nas nossas carteiras, preparando-nos para o próximo ano, que acreditamos ser promissor para ações mais vinculadas à economia doméstica, especialmente em função da expectativa de queda dos juros.

Contudo, reconhecemos que esse processo não é linear. Por isso, também optamos por incluir empresas mais defensivas em nossas carteiras. Isso se deve ao fato de que o fator técnico, principalmente os preços esticados no curto prazo, pode impactar negativamente o desempenho no curtíssimo prazo.

Nossas carteiras estão configuradas de forma mais agressiva, com uma concentração maior em ações de beta elevado, buscando assim alcançar um retorno superior aos benchmarks. Esta estratégia é uma resposta ao fato de termos ficado atrás em novembro devido às nossas alocações anteriormente mais defensivas.

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 8,13% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 12,54%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 2,21% contra uma alta de 16,04% do Ibovespa. Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Engie (EGIE3), Eletrobras ON (ELET3), Hidrovias (HBSA3), Marcopolo (POMO4), Porto Seguro (PSSA3), Smart Fit (SMFT3) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Azul (AZUL4), Energisa (ENGI11), Gerdau (GGBR4), Hapvida (HAPV3), Iguatemi (IGTI11), Vale (VALE3) e Yduqs (YDUQ3).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 6,85% no mês de novembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 12,54%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 11,08% contra uma alta de 16,04% do Ibovespa. Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Engie (EGIE3), Eletrobras ON (ELET3), Raízen (RAIZ4) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Energisa (ENGI11), Hapvida (HAPV3), Vale (VALE3) e Yduqs (YDUQ3).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 9,51% no mês de novembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 12,46%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 12,18% contra uma alta de 9,41%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Cury (CURY3), Gol (GOLL4), Hidrovias (HBSA3), Marcopolo (POMO4), SLC Agricola (SLCE3), Smart Fit (SMFT3), Taesa (TAEE11) e Transmissão Paulista (TRPL4). Com Inclusão das ações da Azul (AZUL4), Ecorodovias (ECOR3), Fleury (FLRY3), Iguatemi (IGTI11), Movida (MOVI3), Irani (RANI3), Simpar (SIMH3) e Yduqs (YDUQ3).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 24,15% no mês de novembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 12,46%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 4,51% contra uma alta de 9,41%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Positivo (POSI3) e Tenda (TEND3). Com Inclusão das ações da Trisul (TRIS3) e Wiz Seguros (WIZC3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 8,03% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 10,70%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 4,87% contra uma alta de 18,65%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Cemig (CMIG4), Engie (EGIE3), Porto Seguro (PSSA3) e Transmissão Paulista (TRPL4). Com Inclusão das ações da B3 (B3SA3), CCR (CCRO3), Gerdau (GGBR4) e Wiz Seguros (WIZC3).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 10,75% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 15,06%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 12,59% contra uma alta de 12,39%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Cosan (CSAN3), Engie (EGIE3) e Eletrobras ON (ELET3). Com Inclusão das ações da Assaí (ASAI3), Irani (RANI3) e Simpar (SIMH3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 17,35% no mês de novembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 6,46%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade alta de 25,58% contra uma alta de 22,84%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de novembro, saíram as ações da Amazon (AMZO34) e Coinbase (C2OI34). Com Inclusão das ações da Berkshire Hathaway (BERK34) e Chevron (CHVX34).

Carteira ETF MACRO

Para o mês de dezembro de 2023, recomendamos compra de It Now IMAT (MATB11), It Now DIVO (DIVO11), China (XINA11), Ouro (GOLD11) e Ishare SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de novembro de 2023, a Carteira de ETF MACRO avançou 6,65% contra o Ibovespa que apresentou alta de 12,94% no mesmo período.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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