Publicado em 01 de Fevereiro às 03:00:00
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A reabertura da economia chinesa foi um dos principais eventos deste começo de ano. O movimento contribuiu para uma recuperação dos preços das commodities e das empresas exportadoras listadas na B3. Nos EUA, dados macroeconômicos indicam uma redução da atividade econômica e inflação cedendo, mas mercado de trabalho resiliente.
No Brasil, ações ligadas à economia doméstica presenciaram um mês de grande volatilidade com o atual governo questionando reformas e marcos aprovados nos últimos anos, meta de inflação e independência do Banco Central. Por outro lado, membros da equipe econômica buscaram um contraponto com discurso mais liberal.
Estamos mantendo nossa postura mais defensiva nas carteiras recomendadas, com alocação maior em exportadoras e fazendo alguns ajustes em empresas que sofreram alguma mudança em seus fundamentos. Para as carteiras que permitem maior diversificação, estamos também buscando alocações em empresas ligadas ao mercado local diante da atratividade dos preços.
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Inflação: em janeiro, nos EUA, e em algumas regiões da Europa, observamos dados melhores de inflação, indicando que há uma conversão para a meta. Nos EUA, a redução da atividade econômica e os custos mais baixos com energia contribuíram para esse movimento. Na Europa, um inverno muito menos rigoroso do que o esperado trouxe um impacto significativo nos preços do gás natural, utilizado para aquecimento residencial. Redução da atividade econômica e custo de energia mais barato são fatores que estão contribuindo para a queda dos índices de inflação, porém, os principais bancos centrais ainda estão mantendo o discurso mais duro, no entendimento de que, apesar de a inflação caminhar para a meta, chegar lá pode ser um processo demorado. Outro fator que devemos monitorar durante o ano é o quanto a reabertura da economia chinesa poderia contribuir com efeitos inflacionários.
Estados Unidos: já temos sinais evidentes de deterioração econômica nos EUA, a grande dúvida é quando isso chegará ao mercado de trabalho e como o Fed irá atuar diante desse desafio de levar a inflação para a meta sem esfriar demais a economia, o sonhado “Pouso Suave”. A temporada de balanços, iniciada na segunda quinzena de janeiro, já nos mostra alguns sinais de preocupação sobre o desempenho das empresas. O que nos preocupa até o momento é o nível de valuation atual do S&P500, que, em nossa opinião, ainda não precifica uma queda nos lucros corporativos. Seguimos com uma postura conservadora e na busca por alocações em empresas mais resilientes.
Nosso time de macroeconomia elaborou um texto sobre a possibilidade dos EUA e Europa conseguirem evitar uma recessão. Saiba mais
China: O noticiário envolvendo a reabertura da economia chinesa foi intenso durante o último mês. No geral, a maioria das commodities subiu, porém, seguimos ainda cautelosos com o mercado imobiliário. Sendo assim, estamos diminuindo nossa exposição a mineradoras e siderúrgicas. Acreditamos que o evento da reabertura está relacionado ao aumento da mobilidade social, intensificando a demanda por alimentos e combustíveis. Será importante monitorarmos as consequências da reabertura chinesa e seus efeitos sobre a inflação global.
Nosso time de macroeconomia atualizou suas projeções para a economia brasileira em 2023
Atividade: sinais de desaceleração na margem; piora das variáveis macroeconômicas neutralizada pelo impacto positivo sobre a atividade da PEC da Transição; crescimento de 0,7% do PIB devido ao carrego estatístico de 2022.
Inflação: altamente dependente da volta dos impostos federais sobre combustíveis e da alíquota média do ICMS sobre os bens não essenciais; mercado de trabalho aquecido; inflação de serviços em patamar elevado; inflação de 2023 maior que a de 2022, devendo fechar o ano em 7,0%.
Juros: diferencial de juros entre Brasil e EUA impedindo maior desvalorização do câmbio; Fed subindo os juros nos EUA representa risco para nosso cenário de juros; projeção de alta de 0,75 ponto-base da Selic, para 14,5%, devido à possibilidade de o país entrar em uma trajetória explosiva da dívida pública.
Com esse cenário em mãos, entendemos que o governo tem um papel importante quando discute e se posiciona sobre a questão fiscal. Até o momento, temos observado o presidente Lula discursando para sua base e eleitores, enquanto a equipe econômica tem atuado como contraponto. Diante dessa “guerra fria”, escolhemos não dar o benefício da dúvida e seguir com um cenário de inflação mais resiliente e a necessidade de juros altos por mais tempo.
(1) Empresas ligadas a commodities: seguimos com exposição relevante a commodities em todas as nossas carteiras, com foco em energéticas e agrícolas. Reduzimos parcialmente nossas posições em mineradoras e siderúrgicas. Reabertura da China é um trigger importante, mas podemos passar por uma correção por conta de uma assimetria mais negativa a curto prazo.
(2) Empresas ligadas à economia local: estamos com exposição reduzida a ações ligadas à economia local diante dos últimos acontecimentos e das escolhas políticas adotadas pelo governo eleito. Para as empresas e os setores de nossa escolha, e que ainda permanecem, estamos em busca de empresas de menor volatilidade, dentro de setores como varejo, construção civil e educacional, que atendam o público de baixa renda.
(3) Dolarização da carteira: mantivemos nossa exposição a ativos dolarizados diante do cenário Brasil e mundo. Globalmente, existe espaço para uma desvalorização do dólar, por causa da reabertura da China e da recessão nos EUA. Em relação ao Brasil, a indefinição dos planos do governo eleito poderá trazer volatilidade.
(4) ETFs e BDRs: aumentamos nossa exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois ainda entendemos que o cenário à frente é desafiador. Focaremos setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia.
Nossas carteiras seguem com portfólios mais agressivos (betas maiores do que 1), porém, com maior alocação em empresas exportadoras e boas pagadoras de dividendos.
Nossas recomendações permanecem com foco em empresas que apresentaram bom histórico de distribuição de devindos nos últimos 12 meses, mesmo a carteira de Microcaps (DY 4,19%). Diante do ambiente de incerteza econômica, investidores irão buscar por esse tipo de característica em suas alocações.
Aos portfólios que permitem maior diversificação estamos também alocados em empresas ligadas ao consumo doméstico, mesmo com os receios em torno da questão fiscal brasileira. Entendemos que há possibilidade de grande parte desses riscos já estarem precificados.
Devido ao movimento de alta em janeiro, o IFR (Índice de Força Relativa) das carteiras está mais próximo dos 70 pontos, o que pode abrir espaço para uma realização de lucros (queda) nas primeiras semanas de fevereiro.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 3,44% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 3,37%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,44% contra uma alta de 3,37% do Ibovespa. Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Copasa (CSMG3), Locaweb (LWSA3) e Vale (VALE3). Com Inclusão das ações da CPFL Energia (CPFE3), Grupo Mateus (GMAT3) e Porto Seguro (PSSA3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 6,61% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 3,37%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 6,61% contra uma alta de 3,37% do Ibovespa. Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Bradesco (BBDC4) e Cemig (CMIG4). Com Inclusão das ações da Duratex (DXCO3) e Vibra (VBBR3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 0,32% no mês de janeiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 2,92%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 0,32% contra uma alta de 2,92%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Copasa (CSMG3), Ferbasa (FESA4) e São Martinho (SMTO3). Com Inclusão das ações da Duratex (DXCO3), Indústrias Romi (ROMI3) e Três Tentos (TTEN3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 7,20% no mês de janeiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 2,92%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 7,20% contra uma alta de 2,92%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Kepler Weber (KEPL3). Com Inclusão das ações da Portobello (PTBL3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 2,27% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 5,89%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 2,27% contra uma alta de 5,89%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Cemig (CMIG4), Copasa (CSMG3) e Vale (VALE3). Com Inclusão das ações da Direcional (DIRR3), Taesa (TAEE11) e Telefônica Vivo (VIVT3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 3,33% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho positivo de 2,25%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,33% contra uma alta de 2,25%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4) e Energias BR (ENBR3). Com Inclusão das ações da Cielo (CIEL3), CPFL Energia (CPFE3) e Telefônica Vivo (VIVT3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 0,11% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 4,37%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade alta de 0,11% contra uma alta de 4,37%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Mercado Libre (MELI34). Com Inclusão das ações da Pfizer Inc (PFIZ34).
Para o mês de fevereiro de 2023, recomendamos compra de It Now PIBB (PIBB11), It Now DIVO (DIVO11) e It Now IMAT (MATB11), China (XINA11) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de janeiro de 2023, a Carteira de ETF MACRO avançou +4,62% contra o Ibovespa que apresentou alta de +3,37% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa que representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)