Publicado em 01 de Fevereiro às 07:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em fevereiro de 2024.
O final do ano de 2023 foi marcado por um período excepcionalmente positivo para a bolsa brasileira, mas a chegada de 2024 trouxe um necessário choque de realidade para o mercado. As ações brasileiras enfrentaram uma correção significativa, reflexo das incertezas em relação ao desempenho econômico global e à política monetária nos Estados Unidos. Adicionalmente, no Brasil, os desafios fiscais, especialmente a tentativa do governo em atingir a meta de déficit zero, também pesaram nas expectativas dos investidores.
Apesar deste início de ano conturbado, mantemos uma visão otimista em relação ao mercado acionário brasileiro. Os preços dos ativos, ainda considerados atrativos em termos de valuation, parecem apresentar uma assimetria mais favorável e um aspecto técnico mais saudável após a recente correção.
Uma série de fatores pode contribuir para uma melhora no sentimento do mercado local. Entre eles, uma temporada de balanços mais construtiva e a continuidade da queda dos juros são elementos-chave. Estes fatores podem impulsionar um ambiente mais favorável para as ações brasileiras, especialmente se os resultados corporativos mostrarem sinais de recuperação e estabilidade.
Ademais, na segunda quinzena de janeiro, observamos uma retomada nas compras por parte do investidor institucional, sinalizando um potencial reaquecimento do interesse pelo mercado acionário brasileiro. Este movimento sugere que, apesar dos desafios iniciais e das incertezas globais, ainda existe um espaço significativo para otimismo e oportunidades no mercado de ações do Brasil.
O mês foi caracterizado por uma série de movimentos significativos no mercado financeiro global. Houve uma valorização do dólar e alta das taxas de juros nos Estados Unidos, o que favoreceu o desempenho de ativos ligados às economias desenvolvidas, especialmente dos EUA. Em contrapartida, ativos de países emergentes, commodities e os mercados na China e na bolsa brasileira enfrentaram um período de intensa realização de lucros.
Esse cenário reflete uma postura mais cética dos investidores em relação à condução da política monetária nos EUA. O mercado, atualmente, antecipa uma economia americana mais resiliente, que não apresenta espaço, no curto prazo, para um afrouxamento da política monetária. Essa expectativa tem influenciado diretamente o comportamento dos investidores, gerando um movimento de reavaliação de riscos e oportunidades, principalmente em ativos de mercados considerados mais voláteis ou sensíveis às mudanças na política monetária americana.
O mercado acionário brasileiro, representado pelo índice Ibovespa, está apresentando descontos significativos em diferentes segmentos quando comparados às médias históricas. Estes descontos podem indicar tanto oportunidades de investimento quanto potenciais riscos.
O Ibovespa está sendo negociado a um múltiplo Preço/Lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses de 8,2 vezes, o que representa um desconto de 26% sobre sua média histórica de 11,0 vezes. Isso sugere uma avaliação geral das ações listadas no índice abaixo do valor médio histórico.
Excluindo Petrobras e Vale, o Ibovespa apresenta um múltiplo P/L de 10,2 vezes, ainda abaixo da média histórica de 12,2 vezes, resultando em um desconto de 16%.
As ações de empresas voltadas para a economia doméstica estão sendo negociadas a um múltiplo P/L de 9,8 vezes, inferior à média histórica de 12,1 vezes, com um desconto de 19%.
As empresas exportadoras estão sendo negociadas a 7,2 vezes o P/L projetado para os próximos 12 meses, muito abaixo da média histórica de 10,1 vezes, representando um desconto de 29%.
As Small Caps, empresas de menor capitalização, estão sendo negociadas a 9,6 vezes o P/L projetado para os próximos 12 meses, significativamente abaixo da média histórica de 14,4 vezes, com um desconto de 34%.
Janeiro foi um mês marcado por intensa volatilidade nos juros no Brasil, com as flutuações sendo fortemente influenciadas por especulações sobre a política monetária nos Estados Unidos e por um noticiário negativo relacionado à situação fiscal brasileira. O mês terminou com a curva de juros na parte intermediária e mais longa recuando das máximas anteriores, porém ainda apresentando uma tendência de abertura em comparação com o fechamento do mês anterior.
Quanto aos vencimentos mais curtos, houve um movimento de fechamento da curva, impulsionado por dados de inflação que se mostraram mais favoráveis do que o esperado pelo mercado. Esse fechamento nos vencimentos mais curtos reflete uma reação positiva do mercado às perspectivas de inflação mais controlada, o que pode ter implicações na política de juros do Banco Central.
Por outro lado, a abertura na parte mais longa da curva de juros teve impactos significativos, especialmente para as empresas mais alavancadas e de menor capitalização. Empresas com maior alavancagem financeira são geralmente mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros, pois isso afeta diretamente o custo de seu endividamento e suas condições financeiras. Da mesma forma, empresas de menor capitalização frequentemente enfrentam maior volatilidade e podem ser mais impactadas por mudanças no ambiente macroeconômico.
Até o dia 29 de janeiro, o mercado financeiro brasileiro observou movimentações significativas em termos de fluxo de investimentos. Os investidores estrangeiros retiraram R$ 5,3 bilhões, enquanto os institucionais tiveram uma saída de R$ 2,4 bilhões. Em contraste, os investidores pessoa física apresentaram uma entrada de quase R$ 4 bilhões.
O comportamento do investidor estrangeiro, que contrasta com o final do ano passado, foi marcado por saídas. Essa mudança de postura pode ser atribuída à alta dos juros nos Estados Unidos e à realização de lucros após um período muito positivo para as ações brasileiras no final de 2023.
Um ponto que chama atenção é o comportamento do investidor institucional. Apesar do fluxo acumulado de saída em janeiro, notou-se uma entrada significativa de capital por parte desses investidores na segunda quinzena do mês. Esse movimento pode indicar um interesse renovado do investidor institucional pelas oportunidades no mercado acionário brasileiro, sugerindo uma atenção maior às valorações e potenciais de ganho no contexto local.
(1) Empresas Exportadoras: Atualmente, estamos direcionando algumas alocações para empresas exportadoras, principalmente por causa dos preços atrativos destas empresas, visando a diversificação das carteiras. No entanto, elas não são nossa principal alocação devido ao potencial risco associado a um cenário de hard landing no próximo ano, que poderia impactar negativamente o desempenho desses ativos.
(2) Empresas Domésticas: Com os sinais mais claros de um ciclo de baixa dos juros tanto no Brasil quanto nos EUA, reforçamos nossa principal alocação para dezembro e ao longo de 2024 nas empresas domésticas. De olho na temporada de balanços, acreditamos que nossas empresas possam se beneficiar de resultados positivos.
(3) Dolarização da Carteira: As posições em ativos seguem com os mesmos percentuais das carteiras anteriores, considerando os sólidos fundamentos do Real e a expectativa de continuação do fluxo positivo de capital esperados para 2024 esperamos uma manutenção do atual patamar próximo dos R$ 5,00.
Durante o mês, optamos por realizar apenas algumas alterações em nossa estratégia de investimentos para 2024, mantendo confiança no potencial de desempenho dos ativos previamente selecionados. Essa decisão se baseia na expectativa de que a próxima temporada de balanços possa contribuir positivamente para a recuperação dos ativos em questão.
A modificação mais notável na estratégia foi a redução dos betas das carteiras. Essa medida visa diminuir a volatilidade dos investimentos e a exposição ao risco do mercado, refletindo uma abordagem mais cautelosa em relação às incertezas econômicas atuais. Além disso, procedemos com a diminuição da posição em empresas do setor elétrico, setor que, apesar de tradicionalmente ser visto como defensivo, pode enfrentar desafios específicos que impactam seu desempenho futuro.
Por outro lado, aumentamos a exposição ao setor bancário, uma decisão fundamentada na perspectiva de que este setor pode se beneficiar de um ambiente econômico em recuperação. Os bancos, devido à sua sensibilidade à política monetária e à saúde econômica geral, têm o potencial de oferecer retornos atrativos em um cenário de estabilização ou melhora das condições econômicas.
Essas ajustes estratégicos refletem nossa análise contínua do mercado e o compromisso em otimizar as carteiras de investimento diante das mudanças no cenário econômico e nas expectativas para o ano. Continuaremos monitorando de perto os desenvolvimentos econômicos e financeiros, prontos para realizar novas adaptações na estratégia conforme necessário para alinhar as carteiras com o objetivo de maximizar os retornos dos investimentos.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -10,65% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -4,79%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -10,65% contra uma baixa de -4,79% do Ibovespa. Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Azul (AZUL4) e Gerdau (GGBR4). Com Inclusão das ações da 3R Petroleum (RRRP3) e Unipar (UNIP6).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -8,46% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -4,79%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -8,46% contra uma baixa de -4,79% do Ibovespa. Em relação ao mês de janeiro, não houve alterações.
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -17,09% no mês de janeiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -6,55%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -17,09% contra uma baixa de -6,55%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de janeiro, houve a saída da Azul (AZUL4). Com Inclusão da Unipar (UNIP6).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -11,91% no mês de janeiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -6,55%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -11,91% contra uma baixa de -6,55%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Aeris (AERI3). Com Inclusão das ações da Pão de Açúcar (PCAR3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -8,32% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -3,51%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -8,32% contra uma baixa de -3,51%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Auren Energia (AURE3). Com Inclusão das ações da Unipar (UNIP6).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -6,50% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho negativo de -4,96%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -6,50% contra uma baixa de -4,96%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Cemig (CMIG4). Com Inclusão das ações da Itaú Unibanco (ITUB4).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 4,23% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 4,78%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 4,23% contra uma alta de 4,78%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Netflix (NFLX34). Com Inclusão das ações da McdonaldS (MCDC34).
Para o mês de fevereiro de 2024, recomendamos compra de It Now IFNC (FIND11), It Now DIVO (DIVO11), Ishares Ibovespa (BOVA11), Ouro (GOLD11) e Ishare SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de janeiro de 2024, a Carteira de ETF MACRO recuou 5,27% contra o Ibovespa que apresentou queda de 4,79% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)