Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Fevereiro às 22:00:00

Carteira Recomendada de Ações – Fevereiro 2025

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em fevereiro de 2025.

Diferente do que foi observado no mês passado, o início de 2025 para os ativos brasileiros tem sido bastante positivo, marcado pela queda do dólar, fechamento da curva de juros e alta da bolsa. Esse movimento reflete uma combinação de fatores, incluindo um tom mais ameno no noticiário fiscal, a postura mais dovish do último COPOM e sinais de desaceleração inicial da economia brasileira. Além disso, a assimetria favorável nos valuations também contribuiu para essa recuperação.

Apesar desse começo de ano mais positivo, mantemos uma postura conservadora diante dos desafios esperados ao longo de 2025. A incerteza em torno da condução fiscal e da política monetária global ainda exigem cautela na alocação de recursos. Nosso foco permanece em estratégias que busquem capturar as melhores oportunidades, especialmente com o início da temporada de balanços no Brasil, um período que pode trazer novas leituras sobre a dinâmica corporativa e setorial no país.

Desempenho no mês

Valuation

O Ibovespa segue sendo negociado a múltiplos descontados, refletindo o pessimismo do mercado em relação ao cenário econômico e fiscal do Brasil. Atualmente, o índice opera a 7,2x o preço/lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses, abaixo de sua média histórica de 10,7x.

Se excluirmos Petrobras e Vale, o Ibovespa apresenta um múltiplo de 8,8x P/L, ainda abaixo da média histórica de 12,1x. Esse dado mostra que, mesmo sem o peso das grandes exportadoras de commodities, o mercado continua precificando as ações brasileiras com cautela.

Valuations por Segmento

  • Empresas ligadas à economia doméstica: negociadas a 8,2x P/L, abaixo da média histórica de 11,9x.
  • Empresas exportadoras: operando a 6,6x P/L, abaixo da média histórica de 9,7x.
  • Small Caps: continuam sendo o segmento mais descontado, negociadas a 8,7x P/L, abaixo da sua média histórica de 14,1x.

Esses múltiplos reforçam a assimetria positiva do mercado brasileiro, indicando que há espaço para recuperação caso haja melhora no cenário macroeconômico e na percepção de risco dos investidores. Com valuations historicamente baixos, oportunidades podem surgir em setores específicos, especialmente se houver avanços na agenda fiscal e sinais mais claros de estabilidade econômica.

Curva de Juros

O Brasil começou 2025 com um panorama misto, refletindo sinais de desaceleração inflacionária, estagnação em alguns setores econômicos e desafios fiscais contínuos. A prévia da inflação em janeiro foi de 0,11%, mostrando uma perda de força em relação ao mês anterior, impulsionada pela desaceleração no aumento das tarifas de energia elétrica residencial.

No campo fiscal, as discussões sobre o equilíbrio das contas públicas e a necessidade de reformas estruturais seguem no centro da agenda econômica. O governo enfrenta dificuldades para ajustar o orçamento, ao mesmo tempo que lida com pressões para ampliar gastos em áreas prioritárias, como saúde e infraestrutura. Esse impasse continua sendo um fator crítico para a trajetória dos ativos locais.

No mercado, os ativos brasileiros vêm passando por uma descompressão de prêmio de risco, refletindo um ajuste de posições por parte de gestores locais que estavam fortemente “vendidos em Brasil”. O pessimismo generalizado que dominou os últimos meses parece estar perdendo força, o que tem levado investidores a revisarem suas estratégias.

Ao mesmo tempo, há sinais de possível queda na popularidade de Lula, o que alimenta a tese de alternância de poder em 2026 – um cenário que historicamente tende a ser positivo para os ativos locais. No entanto, essa mesma queda de aprovação pode levar o governo a adotar medidas populistas de curto prazo, o que, por outro lado, poderia trazer riscos ao mercado. O equilíbrio entre esses fatores favorece, por ora, um viés mais otimista, mas com maior probabilidade de volatilidade ao longo do ano.

Fluxo do Investidor na B3

Em janeiro, o mercado acionário brasileiro registrou uma entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 4,1 bilhões, marcando o segundo mês consecutivo de fluxo positivo. Apesar dessa recuperação recente, o saldo acumulado de capital estrangeiro nos últimos 12 meses segue negativo, com uma saída de R$ 20,6 bilhões até o dia 29 de janeiro. Esse movimento indica um retorno gradual do apetite dos investidores internacionais, embora ainda haja cautela diante das condições macroeconômicas.

No caso dos investidores institucionais locais, janeiro trouxe uma entrada líquida de R$ 585 milhões, a maior desde abril do ano passado, quando o segmento registrou sua última entrada positiva. Nos últimos 12 meses, no entanto, os institucionais acumulam uma saída expressiva de R$ 35,7 bilhões, consolidando sua postura mais conservadora no mercado.

Enquanto isso, os investidores pessoa física mantiveram sua trajetória compradora, registrando o quinto mês consecutivo de entradas líquidas. O saldo positivo em janeiro foi de R$ 1,5 bilhão, e no acumulado dos últimos 24 meses, os investidores individuais somam um fluxo líquido positivo de R$ 28,5 bilhões. Esse comportamento reforça o papel crescente desse segmento no mercado brasileiro, sustentando o fluxo de capital mesmo diante das incertezas econômicas.

Os dados apontam para uma dinâmica de mercado em transformação, com estrangeiros retomando posição, institucionais mostrando sinais de cautela reduzida e investidores pessoa física mantendo sua relevância como força de suporte no mercado acionário brasileiro.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

(1) Empresas Exportadoras: Reduzimos nossa exposição em empresas exportadoras, refletindo uma mudança nas expectativas em relação aos preços do petróleo no mercado internacional. Com políticas fiscais expansionistas ganhando força globalmente, acreditamos que os governos buscarão aumentar a oferta de petróleo para evitar pressões inflacionárias, o que pode limitar o potencial de valorização do setor no curto prazo.

(2) Empresas Domésticas: Estamos adotando um portfólio mais equilibrado entre exportadoras e empresas voltadas ao cenário doméstico, especialmente após a reação positiva do mercado às novas expectativas para a trajetória dos juros no Brasil este ano. Além disso, nossas escolhas também foram influenciadas pela expectativa em torno da temporada de balanços, que pode trazer surpresas relevantes para setores ligados à economia interna. Esse ajuste busca aproveitar oportunidades pontuais, mantendo um posicionamento dinâmico diante das condições macroeconômicas em evolução

Assimetria

Todos os principais índices se distanciaram da região de maior assimetria (entre o 2º e 3º desvio padrão negativo) e agora buscam suas respectivas médias móveis de 6 meses. Esse movimento indica uma recuperação significativa dos preços, reduzindo parte da distorção observada anteriormente.

Ainda acreditamos que há potencial de valorização, mas é prudente adotar uma postura mais seletiva nas alocações. Com os índices menos descontados, o critério de escolha dos ativos se torna ainda mais relevante, priorizando empresas com fundamentos sólidos e boa capacidade de geração de valor.

Levando em consideração apenas esse estudo técnico, há espaço para a continuidade do movimento de alta. No entanto, a ausência de uma mudança estrutural nos fundamentos do Brasil justifica uma abordagem mais conservadora. Sem sinais concretos de melhora fiscal e econômica, o mercado segue vulnerável a volatilidade e ajustes pontuais, reforçando a necessidade de um portfólio equilibrado e criterioso.

Carteira recomendada de ações de fevereiro: o que esperar?

A forte recuperação do mercado local em janeiro resultou em indicadores técnicos de curto prazo esticados, sugerindo um cenário mais cauteloso para novas alocações. Diante disso, reduzimos o beta de nossas carteiras, revertendo o movimento de aumento de risco que adotamos no início do ano.

Nosso foco principal continua sendo empresas de grande capitalização e alta liquidez, que apresentam menor volatilidade e maior resiliência frente às incertezas do mercado. Essa estratégia reforça nossa abordagem de preservação de capital em um ambiente que ainda exige seletividade e prudência.

Ainda assim, mantemos exposições moderadas a ativos de maior risco, especialmente em setores que apresentam ciclos microeconômicos mais favoráveis e perspectivas de resultados positivos nos próximos trimestres. Além disso, o início da temporada de balanços em fevereiro pode representar um diferencial importante para a geração de alpha, permitindo capturar oportunidades em empresas que reportem resultados acima das expectativas do mercado.

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 3,72% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 4,86%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,72% contra uma alta de 4,86% do Ibovespa. Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Marfrig (MRFG3), Petrobras PN (PETR4), Porto Seguro (PSSA3), Sanepar (SAPR11), Vulcabras (VULC3) e Weg (WEGE3). Com Inclusão das ações da Brasil Agro (AGRO3), BTG Pactual (BPAC11), Cemig (CMIG4), Copel (CPLE6), Irani (RANI3) e Santander (SANB11).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 3,76% no mês de janeiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 4,86%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,76% contra uma alta de 4,86% do Ibovespa. Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da CPFL Energia (CPFE3).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 5,21% no mês de janeiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 6,11%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 5,21% contra uma alta de 6,11%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da ABC Brasil (ABCB4), Petroreconcavo (RECV3) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Direcional (DIRR3), Tegma (TGMA3) e Tupy (TUPY3).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 9,09% no mês de janeiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 6,11%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 9,09% contra uma alta de 6,11%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da BR Partners (BRBI11), Iochp-Maxion (MYPK3) e Petz (PETZ3). Com Inclusão das ações da Kepler Weber (KEPL3), Wilson Sons (PORT3) e Tegma (TGMA3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 5,58% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 3,50%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 5,58% contra uma alta de 3,50%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Porto Seguro (PSSA3), Taesa (TAEE11) e Petrobras PN (PETR4). Com Inclusão das ações da B3 (B3SA3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Unipar (UNIP6).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 4,12% no mês de janeiro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 5,72%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 4,12% contra uma alta de 5,72%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da RaiaDrogasil (RADL3). Com Inclusão das ações da B3 (B3SA3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

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